Segredos da Noite

Sua felicidade é a minha

Notas Inicias:

Nós já conhecemos um pouco do Castiel e dá Cassidy, então por que não entrar na cabeça de certo pintor loiro que com certeza já conquistou um lugar no coraçãozinho de algumas leitoras, hein? Só digo uma coisa: Sou completamente apaixonada por esse coelhinho... rs.

                                                                         ~Sebastian ~

Eu não gostava de conversar enquanto dirigia, achava tão perigoso quanto mexer no celular ao mesmo tempo, porém também não gostava de deixar as pessoas falando sozinhas — principalmente se essa pessoa for a Cassy — Então faço o possível para conciliar ambas as ações, claro, dando preferência ao percurso. Mas como ela sabe desta minha "preocupação" não reclama quando minha resposta consiste em um simples "sim" ou "não".

— E depois disso ele ainda teve a audácia de me insultar — ela continua sua história com uma voz carregada de raiva — Acredita?

Cassidy estava contando sobre sua desastrosa manhã desde o momento em que saímos da faculdade, ao que parece ela teve mais uma discução com seu vizinho, mas pelo que ela conta hoje as coisas foram ainda mais desagradáveis. Nunca falei diretamente com este homem que atende pelo nome de Aidan, mas acho melhor nunca nos encontrarmos mesmo, eu tinha certeza de que se o visse abandonaria minha boa educação e lhe acertaria um dos golpes que aprendi nas aulas de boxe, provavelmente primeiro desferiria um gancho e logo em seguida um cruzado.

— E você não deixou barato, imagino eu — falo com um sorriso de canto sem lhe encarar, porem percebi seu olhar atento sobre mim, ela sempre me observava quando dirigia, assim faz parecer que é divertido ver-me manobrando sobre um volante.

— Claro — ela diz orgulhosa — Eu acertei um soco bem no meio das fuças daquele imbecil!

Era engraçada a forma que ela falava, suas emoções sempre ficavam transparentes sob suas falas, eu adorava isso. Cassidy era simples de se entender, acho que isto se deve por ela mesma querer fazer-se compreender.

Sempre fora assim, esta loira — que para mim continuava a mesma garotinha pela qual me sentia responsável na infância — não era envolta por mistério, mas eu gostava dela por isso, perfeita do seu jeito.

Paramos em um sinal.

— Como esperado da minha mini tigresa — elogio tocando o topo de sua cabeça que no momento estava sem o capuz, então pude sentir seus fios loiros entre meus dedos, macios como sempre, e pensar que ela não tem esforço para manter suas madeixas sedosas torna tudo ainda mais encantador. Sim, ela era maravilhosa e nem se dava conta disso, não importava o quanto eu lhe dissesse.

Minhas mãos descem para sua face e toco sua bochecha, acaricio sua pele delicada com o polegar, ela corou com este toque sem aviso prévio, que fofa. Não importa qual seja nosso grau de intimidade, Cassidy sempre vai acanhar-se perante estes meus gestos inesperados, mas não seria sua vergonha que me faria repensar meus atos, afinal, de que outra maneira poderia ver esta sua expressão?

— Sebastian — ela começa, continuei afagando sua face, este era meu vicio, quando começava acariciá-la parecia impossível parar — O sinal já abriu — avisa-me e percebo que ela está certa ao ouvir o som de uma buzina, eu estava causando um congestionamento.

Por minha demora já era possível escutar alguns xingamentos dos carros mais atrás, aquilo me irritava, odiava palavras de baixo escalão, então provocá-las — assim como ser o alvo dos palavrões — era implausível.

Em frações de segundos arranquei o carro e segui numa velocidade maior, coisa que não era de meu feitio, mas tinha de compensar os segundos em que deixara inerte o automóvel.