A Acompanhante -COMPLETO

Sonhando acordada

{CAPÍTULO HOT}

Não me mexo com medo de
acorda-lo, ou acordar, se isso for um sonho...

Lentamente eu viro a minha cabeça e vejo que são 08:04. Volto a olhá-lo. Ele parece encantador dormindo, seu cabelo está normal, e não a bagunça que estava ontem... Só então percebo que ele está sem camisa...

O que o fez vir pra cá? E onde está André?

Meus pensamentos se pulverizam, quando belos e profundos olhos azuis se abrem me olhando como se eu não fosse real.

Em um movimento lento ele estica a sua mão que estava na minha cintura e a posiciona na minha bochecha, meu coração se aquece com o gesto doce e inesperado.

Suas sobrancelhas estão franzidas agora, e não sei o que ele está a pensar... Coloco minha mão sobre a sua, quase instantaneamente ele relaxa e suas feições se normalizam.

Não sei o que falar, ou mesmo se quero falar. E seu eu falar e acordar, ou se isso for realidade e eu estragar?

-Por que dormiu aqui? -finalmente formulo algo decente para dizer.

-Eu estava dormindo no sofá, mas mais ou menos umas sete e pouca André me disse que estava saindo -ele diz o nome do André com um tom diferente do resto da frase. Qual o problema dele com o André?

-E disse-me que se eu quisesse podia dormir aqui, ficaria mais confortável. Então eu vim -ele prossegue, logo em seguida começa a remover a mão do meu rosto, mas eu o paro segurando-a no lugar.

Fecho meus olhos e aprecio a sensação que faz o meu peito inflar.

-Quero seu toque -digo antes que eu possa me impedir.

Abro os olhos, e o olho talvez na esperança de que ele não tenha me ouvido... Mas ele ouviu e sei disso porque o seu olhar espelha o meu, não tão assustado, mas surpreso.

Ele me analisa e é enervante. Ele não diz nada. Por que ele não está falando?

Lentamente ele sobe em mim me pressionando no colchão. Meu coração acelera e todo o meu corpo se arrepia.

Seus lábios estão a centímetros dos meus, há tempo demais... Quando já não posso suportar essa distância levanto minha cabeça do travesseiro apenas o suficiente para que nossos lábios se encontrem.

Ele geme e aprofunda o beijo, sua língua acaricia a minha lentamente. O gosto da bebedeira excessiva dele de ontem à noite ainda está na sua boca, suave, mas está. É inebriante.

Ele desce os beijos para o meu pescoço, arfo. Ele faz o caminho de volta e me olha nos olhos.

-Quero te tocar -ele diz, respondendo a minha súplica anterior.

Assinto com a cabeça em concordância. Sua mão começa a deslizar pelo meu corpo em direção a minha calcinha...

Uma batida na porta faz os movimentos do Ian pararem. Estamos paralisados olhando para a porta.

-Mel? -ouço a voz da Amanda do lado de fora. Sua voz está estranha...

Olho para Ian. E ele parece aborrecido, entendendo o meu olhar ele sai de cima de mim frustrado, sinto o mesmo...