Eu o admiro por isso, Louis

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Não sei ao certo o porquê de dizer aquilo já que o alfa não havia feito nenhum movimento com a intenção de se aproximar.

– Cadê o seu amigo? – ele disse dessa vez um pouco mais alta e firme.

– E-eu não sei. Nós brigamos, ele não está mais aqui. – eu disse com a voz dominada pelo medo, principalmente quando senti uma pontada de dor.

– Vem, fique perto de mim, eu vou te levar pra casa.

– Não, por favor. Eu não quero. Me deixe aqui. Por favor. Eu...

– Louis, confie em mim, ok? Eu não vou fazer nada com você. Vou te levar para a casa. Para a SUA casa! Nós ainda temos alguns minutos, não é?

Eu assenti levemente, ele tinha razão, nós tínhamos alguns minutos antes de meu heat começar de verdade. Alguns minutos antes de eu implorar para que ele ficasse comigo. Portanto, alguns minutos bem perigosos.

Ele agarrou uma de minhas mãos e me puxou para fora do banheiro, caminhando rápido em direção ao estacionamento. Minhas pernas ameaçaram falhar devido a velocidade na qual caminhávamos e antes que eu caísse, suas mãos firmes e grandes me seguraram.

Ele me colocou em seu colo e eu pude ver alguns alfas se erguerem para me acompanhar com o olhar, com as narinas dilatadas. Ele rosnou baixo para alguns garotos que atravessaram seu caminho, fazendo todos se afastarem.

Meu cheiro já devia estar bem forte, o que me fez olhar para o alfa que agora já parava ao lado de seu carro, ele parecia controlado, o que me aliviava um pouco. Ele abriu a porta e me colocou no banco do passageiro, indo para o outro lado com uma rapidez incrível.

Durante o caminho, eu continuei a observar seus movimentos. Suas narinas estavam levemente dilatadas e eu percebia que ele respirava pela boca para que não sentisse o meu cheiro.

Seus cabelos eram longos e tinham cachos nas pontas. Seu rosto era bem desenhado e seus olhos eram profundamente verdes. Eram os olhos que me acompanhavam desde o início das aulas. Os olhos do meu observador cauteloso.

Senti outra pontada e soltei um grito de dor, minha entrada se contraiu, liberando um pouco de minha lubrificação, e eu sabia que agora era o fim, ele não resistiria.

Mas, contrariando tudo o que eu imaginava. Ele apertou suas mãos no volante, não desviou o olhar e travou seu maxilar. Virou em uma rua e eu já pude ver minha casa. Ele saiu rápido do carro, apertou a campainha e depois veio abrir a porta.

Minha mãe saiu de casa e caminhou rápido até mim, seu rosto estava em pânico. Ela tentou me ajudar a caminhar, mas não funcionou muito bem, tanto que o alfa teve que me amparar do outro lado. Ele me colocou no sofá e acenou com a cabeça, partindo sem dizer uma palavra.

– Quem é ele? – minha mãe disse ainda olhando para a porta, acompanhando com os olhos o carro que partia em alta velocidade.

– E-eu não sei. – me contorci e choraminguei no sofá, a despertando do transe.

Lottie e Fizzy apareceram logo depois, ajudando minha mãe a me levar até meu quarto. Tranquei a porta e me joguei na cama, me entregando definitivamente para os instintos.

[...]

Voltar para a faculdade depois daquela semana foi como se eu estivesse voltando ao primeiro dia de aula. Todos olhavam para mim no corredor, falando baixinho um com outro. É claro que eu seria o motivo de tanta conversa depois de entrar no cio na faculdade.

Vi Zayn e Liam conversando em um canto e caminhei rapidamente para lá, tentando sair do foco de todos aqueles olhares.

– Oi. – disse baixinho, um pouco envergonhado.

Dream with me - l.s (a/b/o)Where stories live. Discover now