― Nada disso senhorita Mariana! Temos uma viagem ainda esqueceu? E por sinal uma viagem muito longa.

― Poxa. Só queria descansar um pouco ― choraminguei me levantando.

― Deixa para descansar quando morrer. Agora anda, vai tomar um banho por favor ― segurando meus ombros, Rafa me empurra em direção ao banheiro.

― Você conseguiu  comprar o que te pedi? ― Perguntei me arrastando.

― Comprei, e uns biquínis também, aqueles que você tem ninguém merece. E fiz as suas malas. De nada querida.

Me volto para ele surpresa.

― Você comprou biquínis?

― Comprei, e daí? Agora vai Mari! ― indicou para a porta do banheiro sem muita paciência.

― Já vou papai ― resmunguei

Tenho um carrinho celta branco porreta de bom que ganhei no ano passado no meu aniversário de dezoito anos, mas era pequeno demais para carregar tantas tralhas e assim fomos viajar com o carro do Rafa, um Honda Civic prata, grande e espaçoso.
Assim pegamos a estrada rumo aos dias de mar e muito sol.

― Parece animada ― disse meu amigo enquanto guiava pela BR.

― Estava pensando no mar, sol e na vida boa que teremos e sem nenhuma preocupação ― Sorrio abertamente e o encarei ― O que mais a gente poderia querer?

― No seu caso, um homem que te pegue de jeito e te faça sentir coisas que nunca sentiu? ― Ele desvia por um segundo a atenção na estrada e pisca para mim malicioso. Franzo a testa antes de responde-lo.

― Eu tenho certeza que não vou conseguir isso onde vamos.

― Quem disse? Estamos indo para o ninho de gente bonita e homens loucos para possuir esse teu corpinho minha querida, inclusive o João Vítor, que aliás mora no mesmo lugar que estamos indo passar as férias.

Torço o nariz quando ele menciona João Vitor, o cara era amigo da Nicole, fomos apresentados no shopping a uns meses atrás, claro que percebi o interesse do cara por mim, era bonito, legal e engraçado, mas tenho certeza que não era ele que me faria sentir coisas que nunca senti.

― Não é ele ― Digo convicta.

― Quem então? A faculdade tem uma porrada homens louco para ficarem com você, mas o que senhorita faz? Passa por eles e finge que não os vê ― Reviro os olhos para as suas bobeiras.

― Que exagero!

― Não é exagero, e você sabe. Posso ser gay, mas ainda frequento aqueles banheiros masculinos. Se você soubesse quantos marmanjos bateram punhetas ali chamando o teu nome...

Dou uma tapinha em sua cabeça, eu disse que ele era exagerado.

― Pare, seu mentiroso. Alunos não ficam batendo punhetas em banheiros das universidades.

― Ah, pode ter certeza que fazem. Você sabe do Afonso né? Aquele que faz o curso com você. Ele bateu uma e os caras que estavam naquele banheiro ouviu inclusive eu e muito bem, acho que por um momento de prazer ele esqueceu onde estava.

Tentei me manter séria, mas em vão, segundos depois dou uma gargalhada seguida pelo Rafa.

― Ele tem problemas, coitado do garoto, agora fica todo vermelho e se esconde como um avestruz quando olho para ele ― Consigo falar algum tempo depois do meu acesso de riso.

― Te amo sabia? ― Rafa diz bagunçando os meus cabelos.

― Sabia ― murmurei e encosto minha cabeça e seus ombros.

OBSESSÃO  DO  AMORजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें