Payne, meu nome agora é Payne

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– Você pode voltar a respirar. – ele disse calmo, me observando. – Sei que adora o meu cheiro. – ele se aproximou, esfregando seu corpo ao meu.

Funguei em seu pescoço, sendo atingido pelo cheiro doce que tantas vezes me fez sonhar. Não consegui raciocinar muito bem depois disso, para ser sincero eu mal conseguia ver alguma coisa a nossa volta, tudo agora se resumia ao ômega a minha frente.

Juntei nossos lábios em um beijo urgente e puxei seu corpo para junto do meu, fazendo com que ele enlaçasse suas pernas em minha cintura, e o levei até a minha cama. Tirei sua camiseta com urgência, até de forma bruta, fazendo o mesmo com sua calça e cueca.

Comecei a chupar seu membro e sua entrada, sentindo o gosto de sua lubrificação em minha língua, com a intenção de prepará-lo para que não o machucasse. Mas ele me puxou pouco tempo depois.

– Está, tudo bem. – ele disse me encarando com um sorriso doce nos lábios. – Você não vai me machucar.

Eu respirava com muita dificuldade, por isso precisei de sua ajuda para me livrar de minhas últimas peças de roupa. Alinhei-me a sua entrada e me afundei nele, sentindo um rosnado alto rasgar meu peito e um gemido sair dos lábios de Niall.

A partir daí, todo o meu autocontrole se foi. Por mais que eu estivesse preocupado com o ômega abaixo de mim, a sensação de preenchê-lo era tão extasiante que tomava conta de toda a minha mente e meus movimentos tornavam-se rápidos e fortes, além do meu aperto cada vez mais forte em sua cintura.

Quando já estava perto de meu limite, afundei meu rosto em seu pescoço e senti seu cheiro me invadir. Fiz um último movimento, forte e certeiro, fazendo com que eu me desmanchasse dentro dele, formando o nó e, em um ato de total êxtase, mordi seu pescoço.

[...]

Já sentia os efeitos de meu rut passar, para ser sincero, agora eles eram quase inexistentes. Então, pela primeira vez desde que Niall entrou no meu quarto, tive total controle sobre meus pensamentos.

Comecei a analisar o ômega calmo, com a respiração controlada e profunda que dormia sobre meu peito. Ele tinha profundas marcas roxas em seu corpo nu, principalmente na região da cintura, coxas, braços e pescoço.

Mas, sem dúvida alguma, a que chamava mais atenção era a marca de meus dentes em seu pescoço. Nós ainda não tínhamos falado sobre isso e eu sabia que tinha sido um ato involuntário, mas eu não estava arrependido, eu estava aliviado. Estava feliz.

– O que foi isso, Li? – ele disse ainda com a voz rouca de sono, despertando quando eu passei a mão na marca. – O que nós vamos fazer? O que eu vou fazer? – ele se sentou e suspirou, passou a mão em seus cabelos e me encarando. – Isso não podia ter acontecido...

– Você vai comigo para Londres. – disse calmo, o que fez com que ele me olhasse incrédulo.

– Você vai me tirar da minha família? Dos meus amigos? Da minha casa?

– Niall, agora você é meu. Você não aguentaria ficar longe de mim e nem eu longe de você. Você não tem escolha.

– Você não me deu escolha! – ele se levantou furioso.

– Você também não me deu escolha. Se era isso que eu precisava fazer para ter você, eu o fiz.

– Você acha que eu sou o que? Uma propriedade idiota só porque eu sou ômega?

– Eu amo você, Niall! E agora nada mais vai impedir isso.

– E quanto aos meus sentimentos?

– Você não me ama? – o encarei, esperando sua resposta.

– É claro que eu amo. – ele fraquejou, abaixou o tom de voz e seus olhos cintilaram marejados. – Eu só não quero que você me trate como uma propriedade. Isso é sério, Li. Ômegas morreram por conta da ligação feita pela mordida, eu estou com medo. Nós somos jovens, você está indo para a faculdade...

– Não vai acontecer nada a você, eu prometo. – abracei seu corpo e beijei seus cabelos. – Eu vou cuidar de você, Niall Payne.

[...]

– Eu já disse que você não irá, Niall. – disse tentando manter a calma diante de seu pedido totalmente sem noção.

– Eu quero visitar meus pais e meus amigos.

– Nós podemos ir para lá no final de semana.

– Qual o problema de eu ir sozinho? – ele parou a minha frente, em uma pose levemente desafiadora.

– Eu não vou te deixar ir sozinho para lá, Niall! Você não verá seus amiguinhos patéticos sem mim, principalmente o Josh! – esbravejei.

– Qual a merda do seu problema, Liam? Você teve a brilhante ideia de me morder sem que eu concordasse! Você quis nos unir para sempre contra a minha vontade! – ele esbravejou.

– Eu te amo, Niall! – eu gritei.

– Está difícil te amar com toda essa desconfiança, Liam. – ele disse e eu o encarei, sendo atingindo com suas palavras. – Me desculpa, Li. – sua voz tornou-se mansa assim que ele percebeu o peso de suas palavras. – Você sabe que eu te amo. – ele tentou passar a mão em meu rosto, mas eu o empurrei, sem controlar muito minha força, fazendo-o bater em um móvel.

– Eu disse que você não vai! Você ficará dentro dessa casa, Niall Horan! – usei minha voz de alfa, por mais que eu odiasse fazer isso, fazendo-o encolher-se e abaixar a cabeça assentindo.

– É Payne. – ele disse baixinho, chorando, ainda encolhido no canto. – Meu nome agora é Payne.

Sai de casa antes que eu começasse a chorar e cedesse ao pedido dele. Já estava atrasado para chegar à faculdade e meu humor não ajudava muito, principalmente quando eu me perdi pelo caminho do enorme prédio.

Amaldiçoei mentalmente todas as pessoas do mundo enquanto caminhava pelo campus da universidade. E, para melhorar a situação, esbarrei em alguém, fazendo-o cair no chão.

Tentei ajudá-lo a levantar-se, mas ele se encolheu, indo para longe de mim, foi quando eu pude sentir seu cheiro, o cheiro doce de um ômega. Tinha acabado de ouvir algumas pessoas falando sobre ele, incluindo meus mais novos amigos Harry e Gemma Styles.

Tive que escutar o ômega baixinho me desacatando, fazendo um discurso patético e me lembrando de Niall, até nisso ele se fazia presente. De certa forma eu agradeci quando fomos interrompidos por seu amigo.

Parte porque eu queria não pensar nos problemas que eu tinha em casa e Louis me levava direto a eles, na verdade, ele os esfregava em minha cara, como se tivesse me ensinando como eu deveria tratar o meu ômega.

Parte porque o beta, que eu descobri se chamar Zayn era uma pessoa perdidamente interessante.

Seus olhos eram frios, como se não enxergasse nada, mas um sorriso cínico dançava em seus lábios, deixando-me ciente de que, de fato, eu estava sendo observado. Seu queixo perfeitamente traçado a feição de uma escultura e por um segundo cogitei a hipótese de minha mão se encaixar perfeitamente naquela região.

Sai dali, me despedindo rapidamente e caminhando sem olhar para trás, principalmente porque sentia o olhar inquietante de Zayn sobre mim. Eu definitivamente não preciso de mais problemas.  

X

Bom, como podem ver, esse encontro mencionado no final é o encontro do segundo capítulo.
No mais, espero que tenham gostado.
XO

Dream with me - l.s (a/b/o)Where stories live. Discover now