Capítulo 2

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Oi amores!
Vamos conhecer um pouquinho do passado da Janaína?

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Acordei eram quase meio dia.
Estava sozinha em meu apartamento, o que atualmente é muito raro.

Acho que pelo que rolou na noite de ontem, Eduardo decidiu ir para casa de sua mãe, inventando uma desculpa qualquer.

E eu engoli o que ele inventou, afinal quando ele vem com essas cobranças o que eu menos quero é a companhia dele.

Quero meu canto. Meu silêncio e minha solidão.
Basta.

Virei-me várias vezes na cama, pude perceber que uma coisa não saía da minha cabeça.

Tinha anos que eu não me recordava do pior dia da minha vida.

Uma lágrima rolou pelo meu rosto.
Acho que nesta vida há feridas que nunca vão cicatrizar.
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Dez anos atrás

Meu sonho realizou-se.

Eu.
De branco.
Com um longo véu.
No altar aguardando o homem da minha vida.

Parece perfeito né? Bem, vamos começar do início.

O noivo.

Seu nome?
José Álvaro Braga Júnior ou "JJ" para os amigos.
Para mim apenas Júnior.

Eu tinha vinte anos quando o conheci em um show da Madonna.

Ele era elegante, gentil e bem humorado. Como disse minhas amigas na época, ele era fofo.

Depois de um ano de namoro, ele me pediu um casamento. Perfeito não é?

Mais essa porra de vida me ensinou que a perfeição definitivamente não existe!

Hoje estou eu aqui, há mais de uma hora aguardando meu noivo chegar na Igreja.

- Fica calma filha.

Eu olhava para a minha mãe e bufava. Minha cabeça fervia e o telefone celular do Júnior só desligado.

Acho que o cara lá de cima fincou meus pés no chão e com um tapa forte na minha nuca, disse:

"Janaína , acorda!"

Levantei e segurei aquele vestido bufante para que ele não arrastasse pelo chão, afinal essa porcaria foi caríssimo.

Empurrei o motorista da limousine que me trouxe até a igreja afim de pegar emprestado o primeiro carro que eu vi. Dirigi o enorme veículo até o local que eu tinha certeza que Júnior estaria.

Seu escritório.

Não foi difícil entrar, apesar de passar mais feroz que um furacão, o prédio estava parcialmente vazio neste sábado de manhã. Tinham apenas os funcionários da portaria, que nem ousaram impedir a minha entrada.

Subi até o segundo andar do prédio.

A porta de vidro com o brasão da tradicional família paulistana, estava entreaberta.

Como imaginei.

Aquele vestido estava pesando e eu já me imaginava rasgando ele quando meu "saco" explodisse.

Caminhei até a sala do vice presidente desta bosta e entrei sem bater.

Júnior estava ao telefone, sentado em sua cadeira de couro, virado para a janela, a olhar o horizonte dos enormes arranha céus.

Ninguém Precisa Entender - A História de Jana & Edu (DISPONIVEL ATÉ 01/12)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt