Capítulo Único - Nunca é tarde demais

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Você se lembra de quando eu disse que sempre estaria lá. 

Sempre, desde que tínhamos dez anos, baby. 

          Lá estava ele, novamente, lembrando-se da promessa que fizera para ruiva que, naquele tempo, ainda era uma garotinha.

          --Não chore, Erza. – dizia um menino de cabelos rebeldes e azuis. Ele tentava consolar uma menina de cabelos escarlates, que batiam acima dos ombros.

          -- M-Mas estou com medo, Jelly. – choramingava a pequena de cabeça baixa, enquanto agarrava seus joelhos.

          Eles estavam na casa da ruiva, sozinhos, quando o "apagão" aconteceu pelo bairro todo. Seus pais haviam saído comprar a janta, já que os mesmo pediram lanches.

          O garotinho não aguentando ver sua amiga chorando, abraçou-a.

          -- Não precisa chorar, eu estou aqui com você. – disse, acolhendo-a para si.

          -- P-Promete que não vai me deixar sozinha? – perguntou, correspondendo o abraço aconchegante do azulado. Ela se sentia tão segura ali.

          -- Sempre estarei aqui para você... É uma promessa. –afagou os cabelos da mesnina ao perceber que ela havia parado de chorar.

Agora eu percebo que você é a única

Nunca é tarde para demonstrar

Nós crescemos juntos

Ter sentimentos que já tivemos

Voltar para quando éramos tão inocentes.

           Deus! Já se passaram nove anos desde aquela promessa, mas ele ainda a cumpria! E foi pelos seus quinze anos que ele começou a notá-la, mas achava que era apenas carinho pela sua amiga de infância.

          Oh, como gostaria de voltar aquele tempo e demonstrado o que sentia, quando a mesma disse que estava sentindo algo a mais por ele, mas foi tão idiota ao fingir não entender.

          -- J-Jellal... – chamou a ruiva. Ela que estava andando ao lado, havia parado. Seu rosto estava com as maçãs vermelhas, dando um ar extremamente fofo.

          -- O que foi, Erza? – pergunto virando-se para ela.

          -- E-Eu gosto de você... – ela o encarou tão profundamente, que ele poderia ficar horas admirando aqueles olhos, mas não era o momento certo. Ele não tinha certeza de que os sentimentos que estava adquirindo por ela era amor, então tomou uma atitude tola.

          -- Também gosto de você, afinal, nós nos conhecemos desde pequenos. – sorriu desconcertado.

          Ela sorriu, mas um sorriso triste, pois toda a coragem que havia reunido para se confessar foi água abaixo, achando que ele havia entendido errado – pelo menos era o que ela pensava -.

Eu rezo pelo seu amor

Garota nosso amor é tão irreal

Best FriendWhere stories live. Discover now