Capítulo 2 - Eva

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ESSE LIVRO ESTÁ COM APENAS 5 CAPÍTULOS DE DEGUSTAÇÃO, A MESMA VOLTARÁ COMPLETA EM JANEIRO DE 2022.

Capítulo 2 - EVA
(Capítulo sem revisão)

Entro em casa e tiro o sapato, deixando-o jogado no canto atrás da porta. Tive uma manhã cansativa e estressante, e tudo o que eu queria era um banho quente e meu sofá.

Me mudei para Nova York ontem, caixas de papelão tomam conta da sala e da cozinha. Eu e Johnny - meu irmão mais novo - pretendiamos arrumar tudo ainda ontem, mas eu tinha que acordar cedo hoje para uma entrevista, que por sinal foi um desastre.

Eu sou ótima para qualquer cargo, em qualquer empresa, e acredito que o dono da confeitaria na qual fui recusada hoje, tenha percebido isso, entretanto o machismo incalculável dele não o deixou me contratar.

- Eva? - John questiona ao entrar na sala.

Johnny tem dezoito anos, e não há coisa pior do que ser responsável por alguém dessa idade. Ele é um garoto despojado, e se veste com a primeira roupa que vê na frente. Tenho muito medo de entrar no quarto dele e já encontrar bagunça e posters de bandas de rock espalhadas pela parede. No início do ano ele inventou de querer fazer tatuagem para se sentir mais descolado, e isso me trouxe muita dor de cabeça, não me deixou dormir enquanto eu não desse o dinheiro para chegar na hora ele amarelar. Os olhos e cabelos castanho escuro combinavam muito bem com a sua pele pouco morena. Ele chama atenção de muitas meninas na escola, mas nunca namorou uma tempo o suficiente para que eu pudesse conhecer. Segundo ele, o amor não existe, nessa parte somos iguais. Para que se dedicar tanto à alguém, passar uma vida inteira amando alguém, se amanhã podemos morrer. Nada dura para sempre.

Nossos pais morreram faz dez anos, talvez isso tenha influenciado um pouco nosso pensamento. John era novo, e ele ficou um pouco traumatizado, e com razão. Eu não tinha uma idade tão adequada para largar tudo e cuidar dele sozinha, mas foi ai que eu contei com a ajuda da minha tia.

Ela sofreu muito quando minha mãe morreu, todos nós na verdade. Um acidente fatal de carro, meus pais estavam indo para um simples jantar de sábado à noite, mas uma ponte perto de casa os matou antes mesmo de chegarem ao hospital.

Esse não é um assunto que nós tocamos muito, a saudade é o tempo todo, e a tristeza sempre vem antes de dormir, quando paro para pensar em como é difícil viver sem tê-los aqui conosco todos os dias.

- Eva? Está surda? - John interrompe meus pensamentos jogando uma almofada em mim.

- O que foi? - indago, jogando-me no sofá.

- Você foi ao mercado? Eu estou faminto e não vou comer aquela coisa que você chama de comida. Do que adianta ser chefe de cozinha e não fazer comida.

- Hambúrguer de soja é comida! - corrigi. - E, você já está bem crescidinho, pode se virar.

- Aquilo tem um gosto horrível, podia ao menos ter comprado comida de gente para o seu irmão querido, que por sinal já fez muito arrumando o seu quarto.

- Você arrumou meu quarto? - franzi a testa.

- Sim! Imaginei que fosse chegar cansada da entrevista, aliás, como foi?

Mostra-me como Amar (retirado da plataforma, apenas degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora