Prologue

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Autora: Mozis da minha vida, como vão? Eu estou ótima e espero que também estejam. Estou deixando essas notas para dar um recadinho; criei um grupo no facebook para falar sobre o livro e interagir com vocês, publicar fotos e videos relacionados/parecidos com o livro e vocês podem fazer o mesmo, okay?

Boa leiura !

A neve alva caía serena dos céus. Os pequenos flocos branquinhos se amontoavam em todo o canto, formando um imenso tapete gelado e enfeitando os prédios e as árvores em seu caminho.

Meus pais e eu nos preparávamos para uma pequena viajem. Nós iriamos de carro até a casa de minha vó que fica em Milledgeville. Todos os anos, a casa da mais velha dos White se via lotada de parentes e amigos mais chegados para celebrar o maravilhoso natal.

Esse ano não seria diferente. Meus pais estavam muito felizes mas eu me encontrava em um estado de alegria imensurável.

- Assim que chegarmos, irei direto ao telhado! A noite me parece linda...- disse com as mão apoiadas no parapeito da janela de meu quarto. Eu amo o céu e tudo que nele há. Inclusive balões, é magnífica a forma como eles são levados pelo vento para onde o mesmo queira. Não se importam para onde estam indo, só vão.

Vi minha mãe abrir um enorme sorriso ao me ouvir falar e logo de veio em minha direção, tratando logo de me dar um abraço bem apertado, mais apertado que o normal.

- Ver você feliz me faz um bem absurdo, filha. Eu lhe amo mais do que a mim mesma - a matriarca disse, me fazendo sorrir e me aconchegar ainda mais em seus braços.

Dona Ane era minha mãe. Quase todos os dias antes de adormecer, ela subia até meu pequeno e aconchegante quarto para dizer palavras lindas e doces para mim. Ela dizia que assim eu nunca me esqueceria dela, em hipótese alguma.

Ela também dizia que não suportaria me perder, e eu compartilho do mesmo sentimento/pensamento.

- O que tanto fazer nesse telhado, huh?- ela me tira de meus devaneios com sua voz preenchida de um tom divertido, me fazendo sorrir abertamente. Porém, quando vou respondê-la a voz tão conhecida por nós duas preenche a casa. Papai.

O senhor Dave era o meu pai. Ele e minha mãe eram quase extremos opostos, ele sempre agitado e escandaloso e ela sempre calma e serena, tão tranquila.

Meu pai era o tipo de patriarca que não dizia eu te amo para ninguém, mas os seus jestos nos mostravam o quanto ele nos amava e adimirava. Um beijo na testa, um afago nos cabelos ou até o simples ato de abaixar a tampa do vaso sanitário era um modo do mesmo dizer que nos amava. E esse amor, impreterivelmente ,era recíproco.

- Vamos logo meninas! - mais um grito se fez presente nos fazendo revirar os olhos e sorrir com a pressa de meu pai.

Devemos as escadas devagar e assim que chegamos a sala de estar, fui de encontro ao meu pai e me deixei ser envolvida por seus braços confortáveis, fechando os olhos e me sentindo segura.

Um sorriso brotou em meu rosto quando senti mais um par de braços me abraçando. Sempre que nos abraçávamos dessa maneira eu me sentia segura, como se nada pudesse quebrar o elo que nós tínhamos, como se ninguém pudesse interferir na bolha de amor em que nos encontrávamos.

- Eu te amo, meu bebê!- enruguei o nariz ao ouvir o apelido e bufei.

- Sabes que não sou um bebê, pai!- disse com falsa raiva ao que já saíamos porta a fora, indo em direção ao carro.

Uma corrente de ar frio me passou por mim, fazendo meu corpo inteiro se arrepiar por baixo dos casacos pesados. Os flocos de neve caiam em meus cabelos, fazendo com que uma camada fina de neve se formasse sobre eles.

Meus dedos se contorciam dentro dos coturnos. Que inverno rigoroso!

Entramos no carro juntos. Papai dirigindo, minha mãe no carona e eu no banco de trás. Coloquei o cinto e retirei minhas luvas, soprando minhas mãos logo em seguida na tentativa de esquenta-las.

Assim que Dave deu partida no carro, um aperto se fez presente em meu peito. Um nó se formou em minha garganta e eu não sabia o porque.

Alguma coisa ruim aconteceria, eu sinto.

O rádio do carro estava ligado e uma música animada tocava, logo fazendo mais pais se animarem e começarem a cantar junto com o rádio. Porém, não configura ignorar o aperto em meu peito.

Minha saliva estava amarga e o ar dentro do carro cada vez estava mais escasso.

- M-mãe... Pai, eu... - fui interrompido por um grito estridente e uma luz tão intensa que poderia queimar as córneas de quem a olhasse por muito tempo.

A última coisa que lembro foi de um choque com algo e depois senti meu corpo ir de encontro ao chão.

Dali em diante, nada seria igual. E foi pensando assim que a escuridão me tomou.


Hey loves, eu espero que gostem!

Fiz com muito carinho, viu?!

All the love

Anaxx

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