-Você. – falou sarcástico, repetindo o que ela lhe dissera outrora. Ela rolou os olhos e continuou caminhando, quando ele a puxou pelo braço, falando firme. – E você vem comigo.
Adam acenou com a cabeça, ainda sorrindo, e virou-se sem parecer minimante abalado.
-Eu não vou com você a lugar nenhum. – falou entre os dentes enquanto andava ainda com os braços dele a apertando.
-Não sou eu quem está obrigando os seus pés a se moverem.
-Babaca. – soltou-se dele e continuou caminhando a sua frente, andando rápido para fora da área de eventos.
-Ele é babaca! – falou alto e ela continuou caminhando. Puxou seu braço novamente, arrastando-a até o carro que estava logo ali perto e apoiando o corpo da garota em uma das portas. – Ele é um babaca e você parecia não ligar de estar agarrando ele agora a pouco.
-Não estava mesmo. – sorriu, sabendo que o irritaria. Adorava irritá-lo.
-Você é muito hipócrita. Me chama de idiota mas se eu não aparecesse já estaria na cama com a droga do meu irmão. E provavelmente na droga da minha casa.
-Sim, você é idiota. E se você não aparecesse hoje, se você não estivesse agindo durante toda a noite como o idiota que você é, eu não teria nem cumprimentado o seu irmão, pra início de conversa. – ele entendeu e não retrucou, como se quisesse ouvir mais. Bem, ela lhe daria mais. - Eu sou hipócrita? Quem você pensa que é para fazer discurso moral? Eu não preciso de permissão para nada! Principalmente para ficar com alguém. E principalmente da pessoa que passou a noite inteira se esfregando em meia dúzia de vagabundas.
Sentiu-se leve. Era estranho. Não costumava fazer cena, discutir daquela forma com alguém, perder o controle. Simplesmente não era ela. Mas se sentia bem. Liam ficara em silêncio por alguns segundos.
- Eu não gostei de ver outro cara com você, não gostei de ver outro cara desejando você. – Aproximou-se dela, sério, enquanto analisava a respiração ofegante da garota voltar ao normal gradativamente.
- Novidade: Eu não ligo pro que você gosta ou não, Liam.
- Pois deveria. Porque eu me importo com tudo que diz respeito a você.
Ele estava flertando? Sério? Será que ele era surdo?
-Bem, azar o seu.
- Você estava com o meu irmão, nem tente me dizer que isso não é pessoal. Eu só quero saber o porquê.
- E o que te faz pensar pensar que isso é da sua conta? – falou quase inconformada, com os olhos apertados para ele.
- Porque eu quero você.
- Então eu acho que você deveria começar a demonstrar.
Ele aproximou-se dela instantaneamente, se hesitar, empurrando seu corpo com força contra o carro e colando seus lábios apressadamente. Ela, no entanto, afastou-se virando o rosto para o lado oposto.
-Não. – fechou os olhos, mas abriu-os novamente ao sentir as mãos do garoto em seu rosto, seus olhos a observando, cravados nos dela, a hipnotizando.
-Amy. – ele a olhava nos olhos, como se tentasse dizer algo apenas com aquele olhar. - Sim. – De alguma forma, ele conseguira. Conseguira dizer com o olhar, dizer o que queria, dizer que era certo, que ambos desejavam aquilo. Ela sorriu e fechou os olhos novamente, deixando que ele se aproximasse novamente, abriu os lábios, permitindo que ele os invadisse, e ele emaranhou a mão em seus cabelos, puxando-a pela nuca, controlando a velocidade do beijo. Ele apertava seu corpo com força contra o dela, que respondia da mesma forma, inclinando o seu para frente. Ele era bom. Muito bom. Ficaram ali por minutos. Ele beijava seu rosto e pescoço enquanto suas mãos acariciavam todo o corpo da garota. Amy afastou-se alguns centímetros, cortando o beijo.
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Second Chance
Romans"Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atração." É um dos conceitos do dicionário para a palavra: Amor. Talvez você queira uma definição menos técnica. Pois bem, dir-te-ei que Camões acert...
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