XVII

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Não quero mais tentar,

dizia.

Não quero mais sonhar,

Afirmava.

Não quero mais viver esta vida

Em que nunca sou correspondida.


Deixei de ser metáforas bonitas,

Deixei de ser metamorfose.

Agora sou apenas isso:

Alguém que sofre calada,

Alguém que evita cilada.


Não quero mais tentar

Entregar o meu coração.

Deixe-me viver

Na minha solidão.


Poemas para o amor que já se foiWhere stories live. Discover now