Capítulo 2.

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Rafaela Narrando...

    Naquela mesma noite gélida, trancada em meu quarto, eu planejei minha fuga.
    Eu já pensei em fugir outras vezes,porém algo,ou melhor,alguém me impedia de fazer isso.
   
    ERA MINHA MÃE!!!

   Coloquei meu moletom,minha calça jeans escura,uma touca qualquer,passei um batom vermelho vivo em meus lábios e peguei a pequena mochila com algumas peças de roupa e coloquei em meu ombro.
    Já era noite,não ouvia-se barulhos pela casa,talvez,ele tenha saído ou dormido. Destranquei a porta com cuidado e caminhei rapidamente em direção a porta.
     Abri-a com bastante cuidado, e senti um prazer imenso por ser livre agora.
      Começo a caminhar pela rua deserta, o vento gélido,a chuva serena misturaram-se com as lágrimas que caíram ivoluntariamente. Não sabia o quê faria daqui pra frente,mas sabia que não seria mais escrava daquele monstro.
     Com esses pensamentos, nem percebi que tinha feito uma baita caminhada e acabei por parar em uma rua vom alguns moradores de rua. Bom, este era o único lugar que tinha para passar a noite e quem sabe,talvez, resto de minha vida. Deitei-me em um canto qualquer desta rua,até que uma garota me cutuca.

_Ei,garota,acorde.
_Quem é você?(Digo com voz sonolenta)
_Sou Júlia,desculpe-me por ter lhe acordado,sou prostituta,e você é muito bonita,o quê faz aqui na rua?! Você me parece tão nova.
_Fugi de casa.(Disse com uma voz falha, estava tentando digerir o quê ela me falou)
_Entendi,você é virgem?
_Sim.(Não estou gostando do rumo que está conversa está tomando)
_Você vale muito... Parece estar com fome. Gostaria de trabalhar neste ramo?!Não é um emprego digno,mas é melhor que passar fome (Ela diz com um sorriso fraco)
_Ahm. Não,obrigada,estou bem aqui.
_Então tá.Tudo bem. Não vou te forçar a nada,mas aqui está meu cartão,se precisar me ligue.(Ela pega um cartão de sua bolsa e me entrega)

'Eu não tenho nada a perder,muito menos a ganhar estando aqui nessa rua. Na verdade, pode até acontecer algo de ruim comigo aqui, eu posso morrer,passar fome por dias,ser estuprada e por ai vai. Não é um trabalho digno,mas eu não tenho muito o quê escolher,não me orgulho da atitude que eu vou tomar,mas é o quê eu tenho que fazer."

_Eu vou com você .(A minha voz sai falha e num impulso)
_Que bom,acompanhe-me.

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