Cap.11

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Eu estava um tanto desnorteada. Como se já não bastasse o que o Bryan quase fez comigo, ele (O Justin) já espancou o Gabriel dois dias após ter tentado me violentar. Não consigo entender a cabeça deles. Nunca fizemos nada contra eles. Será que não percebe que isso fere? Que bosta!

Sai andando e fui até o ponto de ônibus. Por sorte, após uns dez minutos o ônibus chega. Eu estava tão exausta e com vontade de desabafar. Eu não sabia o que fazer.

Chego no hotel e vou até o quarto do Patrick. Após bater duas vezes na porta, Helena atende.

-Você está chorando? -Ela pergunta.

-Me empresta seu namorado ... Por favor.

-Claro. PATRICK! -Ela grita e logo ele vem.

Ele me abraça e eu me permito me aconchega mais. Ele conseguia me entender. Era incrível.

Saímos e fomos até o garagem. Patrick avia alugado um carro. Entramos no carro e aquele cheiro de carro novo invade minha narina.

-E aí? O que tá rolando? -Ele diz.

-O Justin me ligou ... E foi bem estranho.

-Eu acho que ele é bem estranho!

-Mas foi mais estranho que o habitual. Ele falou sobre ... Minha mãe.

-Sua mãe? O que ele disse?

-Não sei ... Eu não quis saber.

-Beleza, nós vamos para aonde? -Ele pergunta ligando o rádio.

-Nikiti.

-E o que é isso? -Ele pergunta sorrindo.

-Niterói. Vamos em um dos meus lugares favoritos aqui ...

-Aé? Beleza ...

Por sorte, não estava tão engarrafado. Após duas horas chegamos no parque da cidade. Lá era um dos raros lugares que eu conseguia pensar na vida. Na verdade, em apenas dois lugares eu consigo organizar meus pensamentos. Parque da cidade e Brighton píer. Dois ótimos lugares.

-Aqui é legal ... -Ele diz sorrindo bobo.

No mesmo instante eu recebo uma mensagem da Helena no meu celular.

"Olha só, para dessa palhaçada de ficar contando segredos para o Patrick. Eu também sou sua amiga! Você tem que confiar mais em mim, oras! To zoando. Bella e eu iremos explorar essa cidade maravilhosa."

"só você mesma. Tem mais ciúmes da amiga do que do namorado! Beleza, cuidado para não ser assaltada e nem esfaqueada."

Não sei, era estranho minha amizade com ele. Eu contava tudo para Patrick, até sobre minhas paixonites de rua. Ele era minha caixinha de segredo, sabe?

-E aí? O que pretende fazer?

-Não sei ... Eu estou com um mau pressentimento.

-Se encontra com o Justin. É a única solução aceitável.

-É aceitável para você e não para mim. Primeiro o amigo dele tenta me violentar, depois ele me ameaça, aí ele espanca o Gabriel, depois ele tenta ficar comigo a força e agora vem de mimimi falando de minha mãe? Não aceito isso.

-Cara, mas deve ser algo importante. Sua mãe, mano.

-Patrick minha mãe morreu. Ela se enforcou. Acabou. Não tem mais nada sobre minha mãe.

-Será que não, Sofia? Essa alta semelhança com a senhorita Judith, esse assunto estranho do Justin. Não é atoa.

-Tá, mas eu não quero falar com ele. Justin é bandido. E me admira você, o senhor sábio me dizer que eu devo falar com ele.

[A garota do 212]Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt