Um frisbee gigante quase me cortou ao meio

Começar do início
                                    

Mas para minha surpresa e mais ainda do monstro, Maia surgiu com sua adaga mágica e a enterrou nas costas da criatura. Com um urro ensurdecedor ele me largou, cambaleou e explodiu se transformando em nada.

— Você está bem? — perguntou Maia.

— Na verdade, estou me sentindo um pouco constrangido, nunca tinha sido beijado por um lagarto gigante — respondi limpando a saliva reptiliana do meu rosto.

Maia esboçou um pequeno sorriso. Em meio às trevas, esse sorriso era a única coisa que me trazia paz.

— Acho melhor continuarmos correndo, antes que outras criaturas apareçam para beijá-lo — declarou ela com ênfase na última palavra.

Engraçadinha... ABAIXE-SE!

Um segundo após eu puxar Maia para o chão, um machado passou girando sobre nossas cabeças e se enterrou em uma árvore.

Apertei os olhos para enxergar uma sombra enorme, se movendo lentamente em nossa direção. A visibilidade estava muito ruim, mas pude perceber de quem veio o frisbee assassino. Era a mesma espécie de monstro que vi na feira de Austin Street, no dia em que Maia e eu nos conhecemos.

Um Orc.

Era grande, feio e muito forte. Ele não estava usando nenhum tipo de camiseta ou proteção corporal. Usava apenas uma sunga de couro e um colar, com uma pedra vermelha pendurada. Se essa for à nova moda do apocalipse, eu to fora.

Esse cara não é o tipo de criatura que você gostaria de encontrar em um lugar escuro. Infelizmente, nós estávamos em um lugar escuro e o encontramos.

Maia estava agindo por instinto. Mesmo sem lembrar de nada, ela lutava como uma caçadora experiente. Com um movimento involuntário, ela ergueu os braços e o Arco do Sul surgiu em suas mãos. Em um milissegundo uma flecha voava na direção do monstro.

Você quer a noticia boa ou ruim primeiro? A boa é que ela acertou em cheio o Orc

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Você quer a noticia boa ou ruim primeiro? A boa é que ela acertou em cheio o Orc. A ruim é que a flecha apenas ricocheteou na pele da criatura, sem deixar nem mesmo um arranhão.

— HÁ, HÁ, HÁ! — gargalhou o Orc. — Minha pele é impenetrável, suas armas sagradas são inúteis.

Dito isso, vocês devem imaginar que a atitude mais inteligente seria correr para bem longe, não é mesmo? Você já deveria saber que não sou muito inteligente. Invoquei minha espada e investi contra a criatura.

Era como se eu estivesse batendo em metal. O monstro usava os braços como escudo, produzindo faíscas a cada golpe. Minha espada era inútil contra o homem de aço. Maia também não havia desistido, ela continuava lançando flechas esporadicamente, tentando encontrar uma brecha. Mas parecia que a criatura estava sendo atingida por flores ao invés de flechas.

— Você é mesmo durão — falei arfando —, mas vamos ver como reage a isso!

Fiz uma camada de fogo surgir em minhas mãos. Concentrei-me na Chama Sagrada e tentei dar forma as chamas. Mas o máximo que consegui fazer foi uma bola de fogo. Sem hesitar, a lancei na direção da criatura, como se estivesse jogando uma partida de queimada. — Queimada? Entendeu? Desculpem o trocadilho, não resisti.

Oliver Turner e os caçadores de dragões - A chama sagradaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora