Capítulo 44

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— Felipe, abre essa porta! - Ela bateu outra vez. — Fê, eu quero fazer xixi, sua filha está pressionando minha bexiga, homem! Sai daí!

— Já vou amor, estou saindo! - Ouviu uns barulhos.

— Você está dizendo isso a meia hora, eu vou descer e fazer lá embaixo! - Ela repetiu a batida na porta.

— Não desça, lembra da quase queda que você levou! - Ele abriu a porta de supetão, deixando a toalha quase cair.

— Até que enfim! - Ela entrou de uma vez e sentou para fazer. — O que você estava fazendo trancado?

— Nada.

— Nada Felipe? Se você estiver se aliviando no meu banheiro, vai dormir no sofá, ouviu? - Ela fez seu xixi.

— Essa menina é uma fábrica de xixi.

— Ela está sentada na minha bexiga, você queria o quê? Mas não mude de assunto, se eu pegar você fazendo o que não deve, te capo!

Mais tarde, entediada com tanto repouso, ela pega o celular do marido para tentar jogar alguns dos jogos que ele tinha, sabia que eram de futebol e tiro, mas o seu estava longe e ela estava com preguiça de ir buscar. Tente carregar uma menina grande dentro da barriga e descer vinte degraus, isso explicaria a preguiça.

— Quem é essa "Bruna", Felipe? - Angelina estava mexendo no celular do marido e encontrou uma mensagem de uma aluna dele.

— Uma aluna minha, amor.

— Posso saber porque ela te chama de "Fê"!? - Ela aproximou dele, que estava no sofá e ralhou.

— Quem ela pensa que é? Você deu essa intimidade para ela?
— Eu não tenho nada a ver com isso.

— Ah, não tem? Vou ligar para ela agora. - Colocou o aparelho no ouvido. Após chamar uma vez, na segunda ela atendeu. — Oi queridinha, aqui é a esposa do Felipe, estou ligando para pedir que você pare de mandar mensagens para o meu marido, ok? Se não quiser perder os dentes, boa tarde, tchau. – E desligou. Felipe riu do jeito da mulher. Acabou levando um tapa depois.

— Quem merecia perder os dentes é você. Porque seu número pessoal está com suas alunas? - Ela perguntou. — Compre outro chip ou outro celular para receber mensagens dessas atiradas, me poupe de mais uma situação dessas.

— Baixinha, eu nunca pensei nisso.

— Mas agora pense, porque não quero ver mais uma mensagem como essa " Fê, que horas vamos dar aquele treino? Estou ansiosa para estar com você, professor. ;)"

Ele ri.

— E você ainda ri? Eu devia era ligar para cada uma das suas alunas atiradas e dizer umas coisas, onde já se viu mexer com homem casado? Até parece que sua aliança não está visível, com essa mão enorme, elas não enxergam? – Felipe gargalhou e disse:

— Amor, elas são meninas cheias de hormônio, natural ficarem assim com homens perto, aquela academia é cheia deles. – Ele tenta explicar, mas a mulher não gosta nem um pouco.

— Então quer dizer que é natural elas mandarem mensagens para o meu homem? - Diz ela com cara de poucos amigos. — Não gosto disso Felipe. Nem um pouco!

— Eu não olho o WhatsApp faz um tempo, amor. Nem tinha visto. - Ele justificou.

— Não importa, arrume outro celular. - Ela disse em tom autoritário.
— Ciumenta!

— Só cuido do que é meu.

— Cuida mesmo, vem cá cuidar de mim, estou carente. - Ele brincou. — Vamos aproveitar que as nossas crias estão lá embaixo com meus pais.

TRILOGIA MFB - COMPLETAWhere stories live. Discover now