Capítulo 8

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Comentem, babys

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Ao estacionar o meu carro em frente do meu café favorito da cidade, que por acaso (e convenientemente) ficava perto do meu local de trabalho, peguei no meu casaco e na mala que estava anteriormente pousados no banco de couro do meu lado. Entrei no recinto e dirigi-me ao balcão, sendo recebida de imediato por um caloroso sorriso por parte da empregada.

- Bom dia, Joanne. É o mesmo de sempre, certo? - e esta é uma das vantagens de frequentar o mesmo espaço todos os dias. Os empregados conhecem a minha cara, o meu nome e o meu gosto. 

- Sim, Eva. - anuí mostrando-lhe também um sorriso. 

Em menos de 2 minutos, um copo médio recheado de café forte sem açúcar foi-me entregue e, depois de pagar, saí do café aquecendo as minhas mãos através do calor que o recipiente transmitia. Enquanto traçava o caminho até à loja, desta vez a pé, apreciava o amargo sabor daquele líquido escuro que eu tanto gostava.

- Bom dia, Bella. - cumprimentei a senhora com cerca de 40 anos que se encontrava por trás do balcão. - Como está?

- Olá, Jo... Estou um bocado atarefada, a D. Harper acabou de me ligar a dizer que não pode vir trabalhar. Parece que o filho dela ficou doente e eles passaram a noite no Hospital. - a empregada começou a contar. Harper era a dona da loja de decoração onde trabalhávamos. Bella tratava do atendimento ao público, assim como pequenas vendas, enquanto eu e Harper, por sermos designers de interior, dedicávamo-nos mais a projetos detalhados e clientes específicos.Segunda-feira era os dias em que Harper tinha várias reuniões com os clientes mais importantes e, então, eu conseguia perceber a preocupação de Bella. Basicamente, por ser segunda, todas as reuniões tinham de ser canceladas. Eu poderia substituí-la, mas a verdade é que eu ainda não estou autorizada a fazer isso.

- Isso é mesmo muito mau. Agora vai ser super difícil para as reagendar. - conclui o óbvio.

- A quem o dizes... - ela bateu com a sua mão na cabeça, pegando no telefone de seguida - Vá, vai lá trabalhar que eu trato disto.

E assim o fiz, disse-lhe um breve adeus e entrei no meu escritório que estava muito mais arrumado do que aquilo que eu me lembrava. Obrigada, senhora das limpezas! Peguei numa pasta cheia de documentos e comecei a folheá-la. Para hoje, teria de começar a organizar as coisas para um evento que seria em menos de duas semanas. Depois, também teria de arranjar tempo para tratar da decoração do casamento que o Flyn me falou. Vai ser uma longa semana...

Mal me sentei na cadeira em frente da secretária de pinho, o telefone, ao lado do meu computador, começou a tocar mostrando que era Bella. Mas ainda agora acabei de falar com ela... O que é que ela quer? De certeza que é para me dar mais trabalho.

- Sim, Bella, diz. - atendi, tentando não parecer mal educada.

- Está aqui fora um senhor que tinha uma reunião com a D. Harper, agora. Eu já lhe disse que ela não está cá e pedi desculpa pelo incomodo. Mas ele recusasse a sair daqui enquanto não for atendido por alguém. A única solução que eu vejo é seres tu a falar com ele, Jo. - falou com um notável nervosismo na voz. Provavelmente o homem tinha sido rude com ela e Bella era uma mulher bastante sensível.

- Claro, manda-o entrar. Encontramo-nos na sala de reuniões. - informei enquanto juntava algumas canetas e um caderno. Levantei-me sem vontade e ajeitei o cabelo. Saí do meu escritório e entrei, logo de seguida, na sala do lado onde havia uma enorme mesa rodeada de cadeiras, algumas plantas e outros elementos decorativos, ou não fosse isto uma loja de decoração.

Sentei-me na ponta da mesa, abrindo o meu caderno e ordenando as canetas que tinha trazido. Não sei porque trouxe tanta caneta sendo que, no fim, só vou usar uma. No inicio da página escrevi a data de hoje e deixei um pequeno espaço para colocar o nome do cliente enquanto escrevia outros detalhes. 

 Eu estava nervosa, nunca tinha tido este contacto tão formal com os clientes. Normalmente só falava com eles depois da sua primeira reunião com Harper ou então por telefone... Eu praticamente não sabia o que lhe dizer ou o que fazer.  

- Pode entrar, por favor... - ordenei assim que ouvi alguém bater à porta.

- Com licença. - a porta abriu-se e a voz soou. Esta voz... Eu acho que a conheço. Levantei os meus olhos do papel e vi-o. Se fiquei surpreendida? Sim! Não estava a espera de o ver novamente. Muito menos no meu local de trabalho.

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Quem é que acham que é o cliente? Ahhahah, quero saber a vossa opinião.

Talvez, só talvez, o próximo capítulo seja smut... Depende

Beijões!




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