Capítulo 5

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- Joanne! - a minha avó saudou-me alegremente ao me ver entrar na sua casa acompanhada pelo meu pai que envergava umas calças sociais azuis escuras e uma simples camisa branca.

- Olá, avó. - sorri abraçando a senhora que pintava o seu cabelo de um tom avermelhado para parecer mais nova do que era na realidade. - Quer ajuda com alguma coisa? - eu perguntei ao ver o meu pai afastar-se, indo até à sala de estar onde provavelmente estaria o resto da família.

- Podes-me vir ajudar a por a mesa. Aproveitamos para por a conversa em dia, já não me fazias uma visita há tanto tempo. - a velhota queixou-se guiando-me até à elegante sala de jantar que eu tinha ajudado a decorar na última reforma da sua sua casa.

- Que exagero! Vim cá o mês passado, não se lembra?

- Toma. - ela pousou uns bom número de pratos nas minhas mãos e eu comecei a dispô-los na mesa enquanto a ouvia. - Um mês é muito tempo, minha querida! Então e, diz-me, o teu namorado? - E lá está ela com a mesma conversa... Sempre que venho cá pergunta-me sempre o mesmo. Impressionante?

- Avó, já lhe disse mais de mil vezes que não tenho ninguém, por enquanto. - eu ri ligeiramente, desta vez pegando nos copos de cristal com cuidado.

- E eu não acredito, também já to disse mais de mil vezes. - repetiu a minha expressão - Tu tens uma carinha tão laroca! Como é que é possível, ninguém andar atrás de ti? Se eu fosse da tua idade, virava lésbica por ti.

- Avó!? - perguntei/exclamei espantada. Não acredito que ela tinha acabado de dizer isto.

- Estou a brincar contigo, Jo. Sabes bem que eu sempre fui e continuarei ser fiel ao teu avô. - ela riu aliviando a minha expressão facial.

- Sim, sim... Engane-me que eu gosto. - comentei sabendo bem que ela era tão safada quanto eu quando tocava a hora de mostrar o que vale na cama. Não agora, como é óbvio. Isso seria nojento de imaginar. Mas antes, quando era mais nova. Ela olhou para mim demasiado séria e, quando eu pensei que ela me fosse ralhar, ela começou-se a rir às gargalhadas.

- Conheces-me tão bem!

(...)

- Para! - eu gritei para o meu primo que insistia em tirar-me o comando da televisão.Separecíamos crianças? Sim. Se eu odiava? Talvez. Se o trocava por outro? Não!

- A sério, Jo. Deixa-me ver o futebol, eu peço-te por tudo... - fez beicinho ficando ainda mais fofo do que o normal.

- Não, Liam. Já te disse que estou a ver este programa. - respondi calmamente. Sim, ele podia fazer aquela carinha de cachorrinho abandonado mas eu já não caía nessa. São muitos anos a aturá-lo.

- Por favor! Eu nunca te pedi nada... - desta vez levantou-se do sofá colocando-se de joelhos à minha frente.

- Claro que não! - ele voltou a sentar-se ao meu lado - Exceto aquela vez, quando éramos pequenos, em que pediste para passar a noite contigo porque tinhas medo do escuro. E aquela em que me pediste  conselhos amorosos  para conquistar a Sophia. E da outra em que me pediste para ir contigo ao teu baile de finalistas porque ela te deu uma tampa à última da hora. AH! E também não me esqueço daquela vez em que me pediste, ou melhor, imploraste para que eu não contasse à tua mãe que comeste a melhor amiga dela.

- De que é que os meus meninos favoritos estão a falar? - a minha querida tia apareceu na sala nesse preciso momento deixando o Liam super pálido.

- Mãe, por favor, não nos trates como se fossemos crianças. - Liam tentou desviar a conversa fazendo-se parecer indignado. E sem eu notar ele roubou-me o comando mudando para um canal de desporto.

Eu bufei indignadíssima e levantei-me, pronta para sair da sala. Eram quase quatro da tarde e, no fim de almoço, já quase todos tinham ido embora da casa dos avós. Apenas restavam eles, eu, Liam e os seus pais. O meu pai, alegando que teria de descansar pois o seu próximo voo seria de madrugada, também já tinha ido embora. E foi aí que eu me lembrei que não tinha como regressar a casa, uma vez que tinha vindo no carro dele.

- Liam, trouxeste o teu carro? - perguntei ao cabeçudo do meu primo.

- Sim, porquê?

- Porque tu vais-me dar boleia para casa. - constatei estalando a língua - E vai ser já! Levante esse cu do sofá, meu...

Ele olhou para mim com um ar de superioridade e levantou uma das suas sobrancelhas:

- O que é que eu recebo em troca, hm?

- Recebes o meu amor, Liam. Não te chega? - sorri tentando parecer encantadora e ouvi a minha tia a rir-se de nós.

- Não, queridinha! Eu já sei o que quero... Quero que me apresentes a uma amiga tua. Mas tem de ser boa, bem boa! - ele passou a língua pelos seus lábios talvez imaginando alguma delas.

- Hm, combinado! - agarrei na sua mão puxando-o para fora da sala.

- Liam. - a mãe chamou-o - Sabes que eu não me importo que te divirtas. Mas, por favor, eu sou muito nova para virar avó. Não engravides ninguém, ok?

***

Quando chegámos ao meu prédio, convidei-o para subir. Disse até que estaria disposta a lhe oferecer o lanche, acho que foi por isso que ele aceitou. Ao chegarmos à entrada do prédio, depois de cumprimentar o porteiro, fomos até ao elevador.

- Oh, olá, outra vez! - a rapariga loira que vi de manhã disse entre risos quando a porta se abriu. - Que coincidência.

- Sim, realmente! - sorri por simpatia entrando na cabine espelhada e ela saiu.

- Vemo-nos depois. - falou e afastou-se.

- Esta seria uma ótima amiga para me apresentares... - Liam comentou olhando o rabo dela pelo espelho.

- Eu nem sei o nome dela. E para além disso, namora. - disse-lhe ao recordar-me do jeitoso dos caracóis. Hmmm, que delicia! Acho que fico molhada só de pensar.

- Oh! Que pena. - lamentou vendo a porta fechar - Também, duvido que haja alguém que supere a Soph...

- Ai, Liam!Esquece isso... Ela deu-te um pontapé no rabo já há uma eternidade. - rolei os olhos. Ele tinha de seguir em frente. Não       estar sempre a pensar na sua Sophiazinha.

- Cinco anos. - olhou para os pés entristecido.

- Então, esquece.


...

bem, desculpem pela demora. e também sei que este capítulo está uma grande porcaria. eu tenho andada muito desanimada desculpem.

se quiserem, votem comentem e isso

até à próxima amores

Sex Floor | HarryOnde as histórias ganham vida. Descobre agora