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— Quais dos dois deixaram-na sozinha? — Henrico questionou encarando os seus dois soldados de joelhos no centro do galpão enquanto arremangava as mangas da camisa social usada por ele.

Nunca em sua mente passou que em uma semana tudo viraria de cabeça para baixo. Sequer imaginou que precisaria apagar um dos seus homens. Agora, ele tinha na sua frente dois ótimos soldados, ainda assim eles eram somente isso. Soldados.

— Desculpe, chefe, eu demorei a render o Brando — Evan respondeu sem demostrar medo, sempre o encarando como o homem ciente de suas atitudes que ele era.

— Brando? — Henrico se direcionou ao homem ao lado de Evan, o garoto não aparentava mais do que 24 anos e Henrico até entendia seus erros, mas no final, erros não eram permitidos naquele negócio.

— Saí um pouco mais cedo, chefe, sinto muito.

Henrico concordou com um aceno e caminhou em direção à pequena mesa localizada logo atrás dele. Pegou o copo com uísque e consumiu. Os olhos caíram sobre a quantidade absurda de armas, facas, alicates, chaves de fendas e outros aperitivos apreciados por ele para uma boa correção. Só estava em dúvida se a atitude dos seus homens exigia a morte como consequência ou uma simples correção.

Henrico estralou o pescoço e tornou a encará-los.

— Sabe — Henrico pegou um alicate e se aproximou dos soldados, analisando a ferramenta em suas mãos —, essa semana tem sido uma puta de uma semana ruim para mim. É uma desgraça e uma péssima novidade em cada esquina e isso tem me deixado louco — o mafioso relatou —, talvez nem um dos dois tenha realmente culpa, mas... — ele parou os observando e os dois o encaravam sem raiva, remorso ou medo nos olhos, eram homens corajosos — acontece que tudo se passou em uma péssima semana e eu estou com muita raiva. — Henrico parou na frente dos dois. — Mão — ele pediu e foi ouvido quando tanto Brando quanto Evan estenderam a mão na direção dele, então Henrico pegou primeiro a mão do Brando e posicionou o dedo mindinho dentro do alicate. — Fique ciente de uma coisa, Brando, quando eu ordenar que você cuide de alguém ou de alguma coisa, você fica até o final, até que seja ordenado a sair ou até que alguém o renda nessa função.

O garoto concordou com um aceno de cabeça e Henrico não se surpreendeu que ele o encarasse. Sem pensar duas vezes, Henrico apertou o alicate contra o dedo do soldado, ouviu o som do osso quebrando e o grito de Brando que eclodiu pelo galpão. As lágrimas caiam no rosto do garoto quando ele se jogou de bruços no chão. Sangue escorria do buraco o qual existia um dedo antes, sem remorso Henrico jogou o dedo no chão pisando em cima, o esmagando, destruindo qualquer chance implante.

Henrico segurou a mão de Evan, e o observou por alguns segundos. Ele não tremia, não suava e nem tentou fugir, mesmo vendo que Brando gemia de dor ao lado dele.

— E você — o mafioso apontou o dedo para o rosto dele —, nunca mais se atrase nas missões que eu o mandar fazer.

— Senhor. — Evan usou um tom de respeito e de concordância com o mafioso.

HENRICO - Série:Homens da Máfia - Livro 02Where stories live. Discover now