... e cantarolamos sem pejo, confiando nossos corpos nas chances foliãs cantadas, marcadas por apitos embriagados entre tantos sorrisos que guardei comigo e que compartilhei contigo.
Saltitantes e bambos, seguimos pelas ruelas sem nome naquele bloco em que abafei a tristeza como quem cala a incerteza no rufar dos tambores, batidas de percussão.
E sabíamos todas as melodias de cor. Elas irrequietas, elas todas bocas. Todas, não poucas, ganhavam vida nos sopros de alma dentro e fora dos instrumentos de metal banhado.
Fomos marchinhas, fomos escarnes, fomos o esquecimento ingênuo da rotina. Agora, somos uma quarta cinza em que a esperança do próximo bloco não morre, mas ganha cor para a próxima fantasia.
(Marco de Moraes)