† Capitulo 7 †

228 178 18
                                    

Chego a casa, vejo o meu irmão Diego sentado no sofá com Jeremy, Paul e outro rapaz.

Diego: Parabéns!

Lucy: Obrigada.

Jeremy levanta-se e caminha na minha direção. Tira-me o cabelo da frente dos olhos, e beija-me a bochecha.

Jeremy: Parabéns. - sussurra-me no ouvido.

Com este gesto, ainda consegui sorrir. Retribui-lhe o beijo na bochecha e subi para o meu quarto.

Em cima da cama, vejo uma caixa de papelão. Dei uns passos em direção á cama mas de súbito ouço um coração a bater e a respiração de alguém. Parei por uns segundos. Até que dei por mim a abrir a caixa.

Um magnífico animal, com umas asas de morcego e dentes como os meus, olha-me com uns olhos brilhantes. Retiro-o da caixa e coloco-o no meu colo, dando-lhe mimos sem parar. Dou outra olhada para a caixa e vejo um papel.

Pego nele e leio:

" Espero que tenhas gostado da prenda. É um animal. Mas não um animal qualquer. Ele vai olhar por ti nos momentos que mais precisares. O nome dele é Hermes. Podes até dar-lhe um subnome que tu queiras, mas não lhe tires o nome de batismo.

O teu adorável mano.

James. "

Sorri calorosamente. Mas não sabia o que ele queria dizer com "ajudar quando mais precisares". O meu mau humor, transformou-se rapidamente num sorriso incapaz de murchar. Ao menos ter um animal é muito melhor do que não ter ninguém.

(...)

Depois de jantar, aproveitei o facto de não estar ninguém por perto para ir para o sótão. O James estava para fora, o Diego tinha saído com os amigos, a Catie tinha ido assistir a uma partida de râguebi com uns amigos, o meu pai foi em jantar de negócios, a minha mãe saiu para meter a conversa em dia com as amigas e o Alex tinha ido á cidade entregar um livro á biblioteca antes que fecha-se.

Peguei em Hermes e sempre a acaricia-lo, levei-o comigo para o sótão.
Sentei-me no chão encostada á parede fria. Soltei Hermes para poder andar.
Este salta para cima da mesa toda empoeirada e de súbito fica a olhar para mim sem se mexer, o que atraí a minha atenção.

Lucy: Que foi Hermes?

Esperava que o silêncio e a minha única voz reina-se naquelas quatro paredes.

Hermes: Estas triste?

Hermes não abriu a boca. Mas pudia ouvi-lo na minha mente.

Lucy: Mas que raio? Como é que fazes isto?

Hermes: Para falar contigo é a melhor via. Só se quiseres que eu me ponha a fazer figuras tristes á tua frente para adivinhares o que estou a tentar dizer.

Lucy: Não isso não. Não iria perceber nada.

Hermes: Estas triste?

Lucy: Um pouco. Mas espera, quem és tu afinal?

Hermes: Meu nome é Hermes. Sou descendente de um morcego. Nasci assim. É um pouco estranho, eu sei. Só consigo comunicar com vampiros. Só a pessoa específica a que sou entregue, é que me compreende e me percebe. Sou como um animal de estimação, embora não goste muito da ideia e do termo a que se refere, e sou como o teu amuleto da sorte. Não é sorte referindo á sorte, é sorte mais especificado para aquele que não te vai deixar e a minha missão é dar-te respostas, ajudar-te, acompanhar-te e ser teu amigo. Só tu é que mandas em mim, não tenho tendência em obedecer aos outros vampiros.

Lucy: Nunca tinha ouvido falar de um animal assim!! Como nasces-te?

Hermes: Quando nascemos, a primeira coisa que vemos é naquilo que nos transformamos mas sempre com alguma coisa igual aos morcegos, claro que só nos transformamos num animal. No meu caso, eu fiquei assim.

Lucy: Que curioso. O meu irmão já te conhecia?

Hermes: Não exatamente.

Lucy: Hum..

Hermes: Que vampira tão curiosa. Mas enfim... Posso falar contigo quando quiseres, afinal de contas a casa está cheia de vampiros.

Lucy: Pois é. Já agora tens idade?

Hermes: Não tenho idade especifica. Sou praticamente como vocês.

Lucy: Tu dormes?

Hermes: Como sou mistura de gato e morcego, a minha metade tem tendência a dormir de dia.

Lucy: Bem, sendo assim podemos ficar a falar toda a noite. Amanhã vou para a escola e deixo-te a dormir. Que me dizes?

Hermes: Digo e repito que és uma vampira muito curiosa. Uma vampira fora do cumum por assim dizer. Mas á tua pergunta eu respondo, sim. Pode ser.

Lucy: Até porque me deito e fecho os olhos, e raramente tenho alguém para falar abertamente.

Hermes: Deixa-me só lembrar-te Lucy, terás a vida toda para falar comigo.

Só de ouvir esta frase, a minha cara mudou para uma mais triste. Como é que as pessoas ficam contentes de viver tanto tempo e quase não fazer nada? Porque me negam os prazeres da vida? Sou uma infeliz. Nem o meu dom sei. Se soubesse pudia tornar as coisas mais divertidas. Até porque todos os vampiros fazem o mesmo, e se divertem. Ao contrário de mim.

Hermes: Também posso ler os teus pensamentos. E pelo que estou a ver tu não estás bem.

Lucy: Porque é que sou diferente?

Hermes: Só o tempo dirá.

Hermes desceu da mesa e aninhou-se nas minhas pernas.

Hermes: Gostas da escola?

Lucy: Nem gosto nem desgosto...

۵ ۵ ۵ ۵ ۵ ۵ ۵ ۵ ۵ ۵

Olá diabretes de sangue.
Mais uma surpresa para Lucy, e elas não vão ficar por aqui.

O que acharam deste capítulo?

Agradeço a vossa leitura e os vossos contínuos comentários.

O próximo capitulo vai despertar curiosidades.

Impossible LoveWhere stories live. Discover now