-Lindo, tem dois quartos, uma suíte, sala, cozinha, banheiro e área de serviço-Digo.

-Grande, porem apropriado-Fanny diz.

-Estou pensando, meu quarto vermelho, da Thalita rosa, cozinha preta, sala branca mesmo, área de serviço verde, banheiro azul e minha suíte vermelha também - Sugiro. –O que você acha Amor?

-Ta bom, ótimo-Ele deposita um beijo rápido em mim.

-Vou me arrumar para ir para a faculdade - Digo.

-Hoje eu não vou, estou morto, mais que morto - Rafael diz.

-Ok-Digo.

Tomo um banho e me arrumo e boto uma calça jeans e uma blusa larga, logo em cima um casaco largo, boto tênis, passo um batom vermelho e maquiagem básica, passo perfume e pego minha bolsa.

-Estou indo - Digo.

-Toma cuidado-Minha mãe diz.

Sigo com o carro pela cidade chuvosa, ligo o radio para me distrair um pouco, chego à faculdade rápido, a chuva forte molha meu cabelo rapidamente, maldita hora em que eu não trouxe guarda-chuva.

-Pega ai, Maia-Pedro me oferece um guarda chuva.

-Obrigada-Digo sorrindo.

-Qual e o sexo? Como está o bebê? –Ele pergunta.

-E menina, e está ótimo - Digo sorrindo.

-Que ótimo, parabéns! –Ele me abraça.

Olho por cima do ombro dele e meu sorriso desaparece, Jefferson esta com a loira em seu colo, ela o beija e ele não para de me olhar.

O pessoal me cumprimenta e me da parabéns, depois fomos cada um para sua sala, meu novo professor Marcus, deu inicio a aula, depois de um tempo de aula fomos liberados para o intervalo, saio do prédio dois, pronta para ir ficar com o pessoal, mas sou puxada e encostada na parede.

-Qual e o sexo? –Ele pergunta.

-Some todo esse tempo, e volta cheio de moral? –Dou uma risada sarcástica.

-Tive que resolver uns problemas do passado-Ele diz.

-Problemas...?

-Não e nada de mais, está precisando de alguma coisa?

-Claro, que você suma e nunca mais volte-Digo irônica.

-Me da uma chance?

-Eu já te dei, você vacilou agora perdeu-Digo e saio de perto dele.

Sou puxada de novo.

-Perdi não-Ele me beija.

O beijo que eu senti saudades, o beijo que eu necessitava, suas mãos apertam minha cintura e minha mão vai ao seu ombro, eu paro o beijo e ele me olha.

-Volta para mim? –Ele pede.

Sorrio confiante e digo:

-Não.

Saio andando mais rápido possível, vou para o banheiro e arrumo meu batom, depois vou comer alguma coisa com o pessoal.

-Quantos meses, Paty? –Mandy pergunta.

-Quatro - Digo bebericando meu suco.

-Paty, eu queria falar com você voz da Priscila soa atrás de mim.

-Sai daqui - Meus olhos estão lacrimejados. –Como foi capaz de fazer isso comigo?! –Pessoas já olhavam para nós. –Você e uma puta de quinta! Não importa você e invejosa, não agüenta ver a felicidade de ninguém! –Grito. –Nunca mais chega perto, se não eu te mato!

Ela chorava, ela saiu e eu me sentei.

-Ei, calma-Mandy me abraçava.

Eles me consolavam.

-Patrícia, me desculpa... Eu... Eu ainda te amo... –Agora a voz era do Gus.

Olho para ele com os punhos cerrados, e dou um soco na cara dele.

-Traidor! Filho da puta! Idiota-Cuspo as palavras na cara dele.

Alguém me leva para um canto, Jefferson sai e volta com um copo de água.

-Bebe-Ele pede.

Eu bebo, minha mão está tremendo, bebo e consigo ficar mais calma depois.

-Não pode ficar nervosa, isso faz mal ao bebe-Ele diz abaixado perto do meu joelho.

-Eu sei idiota-Digo.

Ele sorri.

-Você está linda-Ele diz.

-Ah, não devia dizer isso para mim, e sim para a loira gostosa-Digo e bebo mais um gole da água.

-Eu nunca a tratei igual eu trato você - Ele diz.

-Já pode começar-Digo.

-Me fala, qual e o sexo? –Ele pergunta.

-Menina-Bebo mais um gole da minha água.

Os olhos dele brilham e seu sorriso se alarga, ele beija rápido o meu lábio e me abraça.

-Você vai ser linda, como a Mamãe-Ele fala com a barriga. -Papai te ama

-Não liga para ele, seu pai esta em casa, com o corpo dolorido-Digo. –Afinal, seu pai nunca me traiu, ou na minha frente pegou a mão de uma mulher, sabendo que eu estou com você dentro de mim - Falo com raiva.

-Desculpa...

-Jefferson! A aula vai começar! –A loira chama ele.

-Estou ocupado, Lauren - Ele responde.

Lauren, esse era o nome dela.

-Pode ir, vou ligar para o Rafael - Digo.

Pego meu telefone e falo com ele, ele está vindo voando.

-Me liga para eu saber como você está-Ele diz.

-Não, obrigada-Digo.

Levanto com a minha bolsa junto e fico esperando Rafael deitada no banco de trás do meu carro.



A dama e o vagabundoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora