As máscaras estão caindo

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Jack me coloca na cadeira de rodas, enquanto me leva para a sala onde dormiremos. Ele me pega no colo e me coloca em cima de um colchão.

-Eu preciso pedir desculpas não estou sendo eu mesmo ultimamente. - diz ele em pé.

-Jack você foi torturado, eu não pediria mais de você. - digo, tentando encontrar o seu olhar.

-Eu me sinto perdido, nada é como era antes, você mudou, todos mudaram, eu também mudei. A questão é o que você sente pelo Adam? - pergunta Jack sentando na ponta do colchão. Olho confusa para ele, e um pouco surpresa.

-Acha que eu não percebi, no metrô, logo que chegamos no CCD, ou mesmo na casa vermelha, as paredes eram muito finas, ouvi a conversa de voceis. - continua Jack com um olhar incompreensível.

- Eu não sei o que dizer - respondo, ele me olha furioso.

-Você não sabe o que dizer? - grita ele - Jessa eu fui torturado por você, enquanto você estava beijando o Adam, eu não sabia nem o seu nome e ele sabe. Eu te salvei inúmeras vezes, eu nunca te pedi nada, mas você não poderia ter esperado nem por um mês se quer, porra!!!! - Jack se aproxima e da um tapa na minha cara. Coloco a mão em minha bochecha, que lateja com uma dor agonizante, mas não, a dor não vem só de lá, vem do coração também.

Encaro seus olhos verdes por alguns segundos, ele olha para si como se fosse um monstro, Jack se arrepende do que fez, lágrimas começam a se derramar de meus olhos. Eu queria que minhas pernas funcionassem, para fugir e não precisar enfrentar esse momento. Escuto o barulho dos sapatos de Adam correndo pelos corredores, quando ele chega na sala onde estamos, e nos encara por um breve momento, ele vai para cima de Jack, mas o impeço, levanto - me do colchão e o seguro. Meus pés voltam a andar e isso nos destrai por um tempo, da verdadeira crise. Até que Adam me encara com um sorriso e vê a mancha vermelha que surgiu em meu rosto, e seu sorriso desaparece.

-Eu vou te matar por ter tocado nela. - diz Adam, chegando mais perto, Jack se levanta e prepara - se para luta.

Jack pega a gola de Adam, e o levanta, eu não pensei que ele fosse tão forte, e em seguida joga o corpo de Adam contra a parede de vidro, fazendo-a se quebrar, Adam cai em outro cômodo, e os vidros cortaram toda a sua pele. Jack vai andando até ele devagar, tira uma faca grande do coldre e a encosta em sua garganta. Pego sua pistola do coldre, e miro em direção ao seu rosto deixando ele surpreso.

- Você vai atirar em mim? - pergunta Jack sombrio.

-Eu não te reconheço mais Jack - digo com o dedo a poucos centímetros do gatilho.

As princesas e o cientista se aproximam assustados com a cena.

-Você nunca apontaria uma arma para ele, você nunca me bateria, você não é o Jack que eu conheço. Isako? - pergunto para ele, seus olhos ficam escurecidos de repente, e algo vem em minha mente, esse não é o Jack, e se ele já estivesse morrido, e se Isako estivesse assumido lugar no seu corpo.

Seus olhos verdes, se tornam negros, a mesma cor dos olhos de Isako. Aperto o gatilho, sinto a pressão forte da arma sobre minhas mãos, caio no chão enquanto observo a bala atravessar o olho de Jack. Seu corpo pesado colidi com o de Adam, e ele morre. Adam tira o corpo de Jack de cima dele, e se levanta olhando de Jack para mim, não demonstro nenhuma expressão, ou nenhum remorso. Viro - me para Pietro que nos observa de um canto distante da sala.

-Você estava errado. - digo a ele, referindo - me ao que ele disse no terraço do mercado, não era Jack quem me ajudaria a achar o antídoto.

-Porque você o matou? - pergunta Pocahontas se aproximando. Saio de minha bolha de pensamento e encaro seus olhos.

-O Jack já estava morto. - digo.

-Não você o matou - responde Pocahontas brava.

-Eu não o matei. Desde que encontramos Jack, não era ele, era Isako no corpo dele. Ele já estava morto, então ele usou o corpo do próprio filho como fonte para espionar a gente. - digo juntando todas as peças do quebra cabeça.

-Como pode ter tanta certeza? - pergunta Rapunzel.

-Jess tem razão, desde que cuidei dos ferimentos de Jack, eu avisei a ela que ele havia mudado, não é só isso que prova. No metrô quando Jack soltou a mão de Jessa ele sabia que ela não iria conseguir acompanha-lo, e ele estava ferido, sua costela estava quebrada, e ele correu tão rápido quanto qualquer um, isso não é humano, até mesmo com o sangue de Jessa, ele não faria coisas desse tipo, caso contrário conseguiria sair da casa pegando fogo a tempo. Outras atitudes como a briga e o tapa, isso prova que não é ele. - diz Adam, com um bom argumento.

-Tanto é que não existe um CCD aqui - digo, fazendo os olhares serem vinculados ao Joseph.

-Tem razão, eu já vim a essa cidade várias vezes, todos sabem que só em Atlanta existe um CCD, o que faz aqui Joseph, ou devo dizer Isako? - pergunta Adam astuto.

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