CAPÍTULO 4

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**** Queridas concubinas de Nahan, aqui vai o capítulo 4, está meio curtinho, mas durante a semana eu posto o restante, nosso rei aguarda comentários e se o capítulo merecer, não esqueçam das estrelinhas, beijos mil Misha Anderson*****



                                                                                          BIANCA


Nahan acabou de deixar o meu quarto, eu me olho no espelho, ainda perdida pelas sensações que eu experimentei pela primeira vez. Eu já toquei o meu corpo algumas vezes, muito poucas para ser realmente sincera, mas nunca foi assim, tão intenso quanto agora. Procuro respostas e não consigo me entender: Nahan me sequestrou, me arrancou do seio de minha família, por causa de sua vingança pessoal, os sentimentos que eu deveria sentir por ele seriam ódio, raiva, repulsa; não esse desejo, essa necessidade visceral de tê-lo, de que ele me faça sua.

Sempre fui uma garota podada sexualmente e emocionalmente, as convicções religiosas rígidas da minha família sempre me fizeram acreditar que a busca pelo prazer era algo feio, vulgar, sujo.

Mas, quando estou nos braços de Nahan me sinto tão bonita, desejada, completa. Culpo-me e me envergonho, o que eu sinto por ele, com ele, é errado, só pode ser errado...

Termino de me vestir e quando estou prestes a sair do quarto, ouço batidas na porta. Abro a porta devagar, preocupada de ser ele, se for ele querendo transar comigo, o que eu vou fazer? Coloco a cabeça pra fora e pela fresta uma senhora de aproximadamente uns 60 e poucos anos me encara.

- Bom dia, eu trabalho aqui, me chamo Thurayya, posso falar com você?

Assinto curiosa sobre o que a trouxe aqui e abro a porta, ela entra cumprimentando-me ao estender a mão para apertá-la e eu retribuo a saudação, acompanhando-a até um sofá.

- Eu nem disse o meu nome, muito prazer, eu sou... – Ela interrompe-me, com um ar divertido.

- Bianca. Eu sei quem é você, Rei Nahan falou sobre você.

Falou sobre mim? O que será que ele falou de mim? Será que disse que vai me libertar? De repente o meu peito se enche de esperança e um sentimento estranhíssimo vem junto com a esperança, é uma agonia, um aperto dolorido, ao pensar que nunca mais vou vê-lo.

Eu só posso realmente estar ficando doida.

- Ele disse que vai me libertar?

Thurayya nega com a cabeça e me observa em silêncio, depois de um tempo sem dizer nada, conclui.

- Não. Você vai ficar Bianca, eu vou providenciar mais roupas, sapatos, seus artigos pessoais prediletos, enfim, tudo que precisar é só falar comigo. Tenho que saber as suas medidas.

- Ele disse que não vai me libertar?

Thurayya afirma calada e eu endireito as costas, incomodada por receber esse jato de água fria. Ele não vai me deixar ir embora, vou ter que absorver isso, como eu conseguirei aceitar essa notícia, é que eu não sei.

- Não quer sair um pouco, pegar um sol?

Mesmo com os olhos cheios d'água, pensando em minha família, consigo responder em um sibilo.

- Eu gostaria muito.

Após passar as minhas medidas à Thurayya, ela me convida a visitá-la na cozinha e eu decido aceitar a sua sugestão. Preciso movimentar o corpo, tomar um ar puro, senão vou criar raízes nesse quarto. Visto uma camiseta de meia manga branca, calças jeans, sapatilhas e saio do quarto. Encontro Nahan no corredor e ele vêm em minha direção, evitando me olhar nos olhos.

ADORÁVEL CONCUBINA  - capítulos de degustaçãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora