- Enterro? -Ele ergue as sobrancelhas. - Já ouvi isso antes. Mas não tem um motivo exato, eu apenas gosto de cores escuras. Não consigo me imaginar com 'roupas de adolescentes' ou algo do tipo.

- Bem... na verdade, eu também não. - Sorrio, encarando minhas mãos. 

- É? - Ele senta ao meu lado. 

- Sim. Por estranho que pareça, já me acostumei com você, quero dizer, com a sua presença.  - O encaro. 

- Que bom, porque eu pretendo ficar por aqui. - Harry pisca para mim. Por que eu senti algo "diferente" nisso?

  Antes que possa responder, minha mãe aparece na porta, nos olhando com curiosidade. Logo Harry levanta-se, como se não quisesse que ela pensasse outra coisa, porém eu continuo onde estava.

- Vejo que já está tudo certo aqui! - Ela exclama. - Obrigado senhor Styles, e desculpe pelo incômodo. 

- Não tem problema, sempre que precisar, pode chamar. - Harry fala gentilmente. 


(...Duas semanas depois...)


As últimas semanas foram mais calmas que o esperado, não recebi nenhuma mensagem estranha ou algo do tipo, tirei nota máxima com o texto que fiz sobre os gêmeos e tudo está bem por aqui. Agora estou no quarto revisando algumas matérias para as provas finais e logo estarei de férias. 

  Ouço batidas na porta e logo ela é aberta, revelando minha mãe com o semblante um tanto preocupado. 

-  Que houve? - Pergunto. 

- Nada demais, só que tem uma garota chamando lá embaixo, acho que o nome dela é Talyta, e quer falar com você. - Assim que ela termina, em um pulo já estou de pé, talvez Talyta traga notícias de Luke. 

  Sem ao menos dar uma explicação, corro para fora do quarto, em seguida desço as escadas e abro a porta, encontrando minha mais nova amiga parada ao pé da porta.

- Talyta? - Falo, indo ao seu encontro. 

- Oi. - Ela sussurra, me abraçando em seguida. 

- Está tudo bem? - Pergunto, me afastando . 

- Comigo sim, mas eu estou precupada com o Luke. Nas últimas duas semanas ele anda agindo estranho, está mais largado que o normal, anda bebendo. Você sabe o que pode ter acontecido? - Suas pequenas mãos entre as minhas estavam trêmulas, demostrando o quão preocupada ela estava. 

- Acho que sim. - Abaixo a cabeça. - Nós meio que brigamos há não muito tempo atrás. 

- Então vem comigo, por favor, talvez ele te escute. - Ela praticamente implora.

- Eu não sei...

- Por favor. Eu não sei porque vocês brigaram, mas faça isso, por mim. - Ele me encara com seus olhos tão penetrantes que ficava praticamente impossível dizer não. É além disso, a culpa de Luke estar assim, é minha.

- Tudo bem. - Suspiro. -  Deixa só eu me trocar, é rápido. 

  Assim que ela assente, volto para dentro e encontro minha mãe no sofá, assistindo TV com Thomas. Ela pergunta o que Talyta queria, porém dou apenas uma desculpa qualquer e vou direto para o quarto. Ao chegar, visto uma calça jeans preta, uma camiseta branca, com uma botina preta e uma camisa xadrez. Após amarrar meus cabelos, vou em direção à janela para fecha-lá,  e então vejo Harry acenando para mim. Retribuo o ato e fecho as cortinas. 

     Após falar para minha mãe que iria ajudar uma amiga, sigo com Talyta em direção ao apartamento de Luke e cada vez que chegavamos mais perto, a tenção ia almentando. Talvez ele não queirá me ver, talvez eu não devesse ter vindo, talvez, talvez.

- Tudo bem, agora é com você. Estarei a aqui fora se precisar. - Talyta fala, uma vez que estamos em frente ao apartamento de Luke.

  Bato na porta uma, duas, três vezes, mas ninguém atende. Perco as esperanças e decido girar a maçaneta, que, para minha surpresa, abre! 

  O apartamento continuava igual ao que me lembrava,  porém com muito mais lixo e garrafa de bebidas pelo chão. Luke sempre me pareceu tão forte e seguro, como pode uma recusa de namoro deixa-lo assim?

  Caminho com cuidado até o quarto e abro a porta, porém a cena que vem a seguir é chocante. Luke estava caído no chão, havia bebida derramada pelo quarto, sua roupa estava suja e havia sangue em seu nariz. Ele não cuidou dos ferimentos feitos por Harry, então os cortes estavam roxos e inchados. Ele estava tão mal e naquele instante eu pude sentir que ele precisava de mim.





Não Abra A Porta Para Estranhos [H.S]Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt