Capítulo 2

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One Direction entrará em hiatus após lançar seu novo album. É um vídeo de apenas um minuto e eles estão todos sorrindo ao ponto de ser doloroso, fazendo sinal positivo com as mãos e prometendo "Nós estaremos de volta em breve". A existência de uma turnê no ano que vem é ainda desconhecida.

"Vocês deveriam ir, sabe," Louis fala com a cabeça descançando no colo de Harry. Eles estão todos sentados com as pernas cruzadas no tapete em frente a Louis e Harry. "Fazer a turnê. Fazer música. Mais música."

Eles todos chegaram a decisão que não, eles não fariam nada disso.

"Não sem você," Harry diz roucamente, a voz mortalmente baixa. "Nunca sem você."

Louis sente vontade de chorar, porque eles não podem acabar a One Direction desse jeito por causa dele. Eles, supostamente, deveriam sair com um explosão, não um suspiro. Eles não podem apenas cancelar a turnê, pois muitas pessoas estão esperando por isso e eles estão esperando por isso e, oh Deus, as pessoas ficarão tão bravas e ele não pode aguentar a ideia de deixar tantas pessoas para baixo.

"A banda não precisa morrer quando eu o fizer," Louis sussura, fungando e limpando o nariz com a manga da sua camisa. Logo após isso, Niall está pulando sobre Louis com seus braços em torno dele, pressionando seu rosto nas costas do garoto.

"Você é a banda," Niall insiste, sorrindo um pouco. "Nos somos irmãos. Um time, e não tocaremos sem você."


...


As dores de cabeça estão ficando piores.

Apesar disso, Louis sorri tentando não notar. Depois da entrevista com Ellen, ele colapsa nos braços de Harry no backstage, com a dor praticamente o imobilizando. Ele cai no sono no colo de Harry no caminho para o hotel.

Ele chora essa noite quando suas mãos estão tremendo tão fortemente que ele não consegue nem pressionar a droga do botão do elevador. Louis é acostumado a consertar coisas, remendá-las e então fazê-las novas e, merda, ele não pode consertar isso.

Louis passa todo o seu tempo na América contemplando as paisagens de onde quer que ele vá, memorizando rostos e lugares, porque ele sabe que provavelmente nunca mais voltará.

Apesa de tudo, ele sentirá saudades disso.


...


É domingo de tarde, granizo está caindo de forma constante fora da janela, e eles ainda estão na cama. Louis senta com as pernas cruzadas no colchão, trançando e destrançando o cabelo de Harry, dedos deslizando por seus cachos escuros. Bruce está enrolado ao seu lado, batendo a cauda contra sua pele.

Harry colocou para tocar um dos seus terríveis album de bandas indies no rádio sobre a cômoda. É meio que legal.

Soltando o cabelo de Harry por um momento, Louis pressiona seu rosto na parte de trás do pescoço do namorado, corado de calor mesmo nesse tempo frio de Novembro.

"O que acha sobre crianças?" ele pergunta após um longo tempo. Harry endireita a sua postura um pouco, e Louis sorri tristemente. Não é como se ele esperasse nada menos.

"Lou," ele mumura, virando-se um pouco e Louis já pode ver como seus olhos estão vidrados. "Não."

E normalmente Louis apenas desistiria da conversa, sussurando "Me desculpa" várias vezes contra a pele de Harry e deixando vários beijos no seu pescoço antes de voltar a brincar com seu cabelo, mas ao invés disso ele apenas senta em suas mãos que tremem, morde seus lábios e tenta de novo. "Mas... você sabe, se nós tivessemos. Crianças, eu digo. Nomes. Eu sei que nós discutiríamos eles, mas eu preciso saber. E, qual você colocaria de cabeça para baixo e qual eu corromperia e levaria para tomar sorvete após o chá. Por favor, Harry. Eu preciso. É estúpido, mas," Louis pausa, mexendo com as mangas do seu - de Harry - suéter, enquanto tentava avaliar a expressão do maior. "Eu só sinto que isso é algo que eu quero saber, antes. Você sabe." Sua voz não é mais alta que um sussuro na última palavra, mas ele ainda está orgulhoso.

hoping this cold blue water scrubs me clean and spits me out again (PORTUGUÊS)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora