Capítulo 5 : Confronto

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Capítulo 5

Confronto

"O pensamento é o ensaio da ação."

(Sigmund Freud)

— Daqui a pouco estarei aí, deixe reservado.

"Quem é...", pensei. A verdade é que eu não sabia nada sobre a atrevida à minha frente, seus olhos carregavam um olhar incisivo, mas suas palavras tornaram-se firmes. Ela acabara de invadir minha sala com uma pretensão que jamais havia visto.

A jovem impetuosa foi seguida por duas mulheres e um homem, a mulher mais velha lhe era familiar, coordenava o instituto, mas... seu pensamento foi interrompido:

— Por favor, Sr. Pipermen, precisamos de alguns minutos de seu tempo, apenas isso — implorou a garota.

Luísa entrou no escritório se justificando pelo erro.

— Senhor, quer que eu comunique a segurança?

Enquanto aproximei-me da mulher mais velha e estendi a mão para um aperto respondi:

— Não é necessário — cumprimentei a todos, deixando a atrevida por último.

Se estivéssemos sozinhos ensinaria uma lição àquela menina. Ela retribuiu meu aperto, com firmeza, sustentando meu olhar.

— Sentem-se, tenho alguns minutos antes que o helicóptero chegue.

Elas obedeceram.

— Boa tarde, Sr. Pipermen, perdoe-nos, mais uma vez, pelo atraso. Sou a Bárbara Daut, esta é a Laura Campos, Ana Karvat e Dênis Coelho. Tivemos resultados excelentes com a fosfoetanolamina e...

Eu já conhecia o projeto, fontes confiáveis haviam me passado tudo o que eu precisava saber sobre a substância sintética capaz de curar o câncer em aproximadamente oitenta por cento dos casos, sei também que ela recusou propostas de vender os direitos sobre o medicamento.

— Vamos ser diretos, já tem um preço estipulado sobre o quanto quer para abrir mão desta pesquisa? Assumiremos a partir daqui, apenas se assinar o termo de confidencialidade — interrompi colocando as cartas na mesa.

— Como assim, assumirem tudo? O que me garante que não engavetarão apenas o projeto; ou se vierem a produzir, coloquem no mercado com preços exorbitantes — explodiu a senhora mais velha.

— Estes são os termos, inegociáveis — respondi olhando no Rolex. — Agora, se me dão licença, tenho outro compromisso e não tolero atrasos.

Senti seus olhares me seguindo enquanto saía da sala. Luísa me aguardava na porta do elevador, segurando uma caixa dourada. Ela abriu um largo sorriso ao me ver. A imagem da noite anterior me veio à mente, o striptease seguido por sexo animal. Tenho certeza de que ela pensou no mesmo. Sua cabecinha feminina já deve estar imaginando que nos casaremos no domingo.

— Seu belo traseiro e a trepada de ontem não garantirão seu emprego, não erre novamente — sussurrei enquanto apanhei a caixa e entrei no elevador.

Luísa arregalou os olhos e mordeu os grossos lábios. As portas estavam prestes a se fechar e novamente a garota insistente o surpreendeu, entrando no elevador no último instante.

Garota insistente! Vamos ver o quão persuasiva você pode ser! Ela me encarava, com certo enfrentamento, mas podia notar que segurava sua respiração tentando manter o controle, suas mãos na frente do corpo, os braços cruzados na altura do peito. "Está se consolando, meu anjo?", pensei.

— E então? É isso? — indagou tentando soar firme.

Exibi um sorriso, até que estava me divertindo com a situação, minha vontade era arrancar sua roupa ali mesmo e a foder com força. Continuei em silêncio, o elevador abriu as portas. Estávamos no terraço e o helicóptero já havia pousado.

CEO: As Regras Do Jogo Vol 1 (Degustação)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora