Capítulo 32

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- Preparado para a primeira missão? - Monica ligou pra Bruno e escutou sua risada.

- Pode mandar, madame.

- Nossa! Madame? - Ela riu. - Ok, eu pensei que o dia seria fácil hoje, mas está uma bagunça. Preciso que compre meu almoço. Sabe o cartão que deixei com você? Hora de começar a usar ele.

- Certo, e onde eu compro seu almoço? - Ele abriu a porta do carro e o ligou.

- Surpreenda-me. Igual aquele dia da sobremesa.

Bruno apareceu com seu almoço quarenta minutos depois. Olívia anunciou seu nome a Monica e ele entrou em seguida.

- Preciso de uma relação do que a senhorita é alérgica, eu posso errar. - Ela riu e se deparou com inúmeros sushi. - Espero que goste.

- Eu amo sushi! Só que nunca imaginei almoçar sushi. É uma boa ideia. Obrigada. - Ela sorriu.

- Também trouxa torta de brigadeiro. Lembra? - Ele entregou uma nova sacola, da mesma doceria que havia comprado antes.

- Eu tenho o melhor motorista/funcionário/amigo do mundo. Está servido? - Ela perguntou apontando o sushi.

- Não, agradeço. Eu almocei no restaurante. - Monica assentiu e escutou o telefone tocar. Olívia anunciou o nome de Ota.

- Oi, meu amor. - Ota falou fechando a porta. - Desculpa! Não sabia que estava em reunião.

- Não estou. Bruno, este é Otaviano, Ota, este é o Bruno, o que eu falei. - Ota assentiu e os dois apertaram as mãos. - Ele foi comprar meu almoço.

- Não deu nem tempo de sair pra almoçar? - Ota disse pegando um sushi.

- Não, aqui está uma bagunça.

- Com licença. - Bruno falou se afastando.

- Ah, obrigada pela torta. - Monica piscou pra ele e Bruno sorriu, fechando a porta. - Como foi a reunião?

- Não sabia que era tão amiga dos funcionários. Dando até piscadinha. - Monica riu do ciúme do amado e foi trancar a porta.

- Bruno é uma ótima pessoa, não precisa se preocupar. - Monica viu Ota sentar em sua cadeira e sentou, de lado, em seu colo. - Não sabia que ele trabalhava pro Felipe na época, ele se mostrou ser um ótimo motorista.

- Exato, motorista. Não amigo pra ficar piscando. - Monica riu e lhe deu um selinho. - Se bem que ele trabalha bem, trouxa um sushi delicioso.

- Eu sei escolher bem os meus funcionários. - Monica comeu um sushi e deu um pra Ota. - E a sua reunião?

- Ah, está tudo certo. Depois de amanhã gravo o primeiro programa de entrevista. - Ela sorriu e lhe abraçou. - O primeiro entrevistado vai ser Cauã Reymond.

- Sério? Ele é um gato. Eu poderia ir ver a gravação, mas tenho que trabalhar.

- E tem um namorado. - Ela riu com a boca cheia de sushi. - Ah, falando em trabalho, daqui a alguns meses vou ter um programa sobre locais brasileiros.

- Como assim?

- Parece que a emissora quer um programa mostrando os lugares do Brasil, tipo praia e campo, que são ótimos pro turismo, mas desconhecidos. - Ele comeu mais um sushi e a olhou.

- É um bom programa, mas não quero que viaje o Brasil inteiro por dias e me deixe. - Ela fez um bico e ele riu de boca cheia. - Vai lá pra casa hoje?

- Não posso, tenho que elaborar perguntas pra fazer pro Cauã. - Monica tomou um gole do suco e o olhou. - Que foi?

- Eu posso elaborar as perguntas enquanto você cuida dos meninos. - Ela deu de ombros e comeu o último sushi.

- Perguntas de que tipo?

- Ele está solteiro. De que tipo de mulher que gosta. Se gosta de brinquedos sex... - Ota tapou a boca dela e lhe roubou um beijão.

- Por isso que nunca vou deixá-la frequentar o Projac. - Ela riu e abraçou seu pescoço.

Ota ficou mais alguns minutinhos e logo foi embora para deixar a amada trabalhar. Os dias se passaram.

Felipe sumiu da vida de Monica.

Otaviano e Monica estavam felizes com os filhos.

Bruno trabalhava para Monica e tinha feito uma amizade bem forte com a patroa.

Ota tinha um pouco de ciúme da relação deles, mas confiava pois sabia que Monica o amava.

Dez meses depois

- Eu preciso ir pra Los Angeles. - Monica disse arrumando uma mala.

- Meu Deus, como assim? O Pedro e o Lucas vão com você? - Ota disse andando pelo corredor atrás de Lucas, que engatinhava.

- Não dá, eu vou por conta de negócios. Lembra que eu coloquei a bolsa de valores... - Ota estalou a língua e pegou Lucas no colo, que iniciava um choro.

- Ô meu filho, cuidado com a parede! - Ota entrou no quarto e viu Pedro engatinhando para o banheiro da mãe. - Amor, olha o Pedro.

- Não tem como eu olhar, amor! - Ela fechou a mala e pegou uma bolsa de mão. - Meu voo sai daqui a uma hora e meia!

- Como eu vou cuidar deles dois e ainda trabalhar? - Ele fechou a porta do banheiro enquanto acalmava Lucas.

- Eles ficam com a Maria no período da manhã e metade da tarde. Eu chego às 16h, acho que ela não aguenta ficar muito tempo com eles. - Ota estalou a língua e passou a mão no cabelo.

- Olha, você tem que se acostumar. Quando começar o seu programa pelo Brasil, eu vou ter que ficar com os dois. E não precisa chorar tanto, eu vou ficar três dias.

- Olhe, três dias ok? Quero quinta-feira você dentro do avião voltando! - Monica riu e lhe deu um selinho. - Nada de festinha.

O CasamentoWhere stories live. Discover now