Capítulo 8

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7º dia em Paris

- Você assistiu Meia Noite Em Paris? - Tomate perguntou segurando a mão de Monica em frente a praça Vendôme - Gravaram o filme aqui.

- Tentei assistir, mas acabei dormindo. Muito chato! - Mo resmungou observando o local da filmagem.

- Eu adorei. Como gosto de artes, quadros, pinturas, achei super bacana. - Ele beijou sua mão e escutou o toque de mensagem do celular dela. - Quem está te mandando mensagem na lua-de-mel?

- Você recebe mensagens e eu não reclamo.

- São sobre o trabalho, coisas pessoais. - Ele comentou olhando o chão.

- São coisas pessoais, também. Coisas sobre minha vida, não sobre contrato. - Ela sorriu sem mostrar os dentes a ele. - Estou cansada, que tal sentarmos naquela padaria?

- Pode ser. - Ele lhe deu um selinho.

Os dois sentam numa mesinha na calçada, observam o movimento da rua enquanto pedem café.

- Falou com seu pai? - Tomate perguntou abrindo um jornal impresso.

- Não, nem com minha mãe. Não tenho o que falar com eles. - Ela encarou a xícara quente. - Nunca tive.

- Vocês sempre foram distantes? - Ele a encarou por cima do jornal.

- Adolescentes se distanciam dos pais por conta de revoltas e problemas. - Monica bebeu um gole do café. - Eu só não soube como voltar a ter relacionamento com eles direito, de novo.

- Você odeia seu pai por conta do contrato?

- Esse contrato é um absurdo, uma verdadeira idiotice! - Ele fechou o jornal e pôs o corpo pra frente, a observando.

- Daqui a algum tempo, você estará completamente apaixonada por mim.

- Se você acha.

- Ah, quero falar uma coisa com você. - Ele tomou o resto do café e devolveu a xícara pra garçonete.

- O que?

- Quero que a gente tente engravidar logo nessa viagem. - Monica ficou parada, assimilando aquelas palavras. - Amor?

- Tomate, e-eu não sei. Tá muito cedo, quando esse contrato acabar eu... - Tomate a olhou sério e ela suspirou. - Tudo bem... Mas eu preciso tirar o DIU, assim que eu voltar pro Brasil eu retiro.

- Certo. - Ele beijou sua mão. - Já sei até o nome do nosso filho.

- Você acha que vai colocar um nome no bebê sozinho? - Ela franziu a testa e riu. - Não vou carregar nove meses na barriga uma criança na qual não vou poder nem escolher o nome.

- Pára de ser boba, tenho certeza que vai gostar. - Ele deixou dinheiro em cima da mesa e os dois se levantaram.

- Duvido. - Ela pôs o braço dentro do dele e caminharam pela Place Vendôme. - E qual seria?

- Felipe Júnior. - Monica começou a rir baixo e depois passou a ter crises de riso. - Por favor, se contenha.

- Não consigo! Você só pode estar de brincadeira. - Ela negou com a cabeça voltando a rir baixo. - Nunca irei colocar o nome do meu filho com o seu nome.

- Ah não? E qual seria? - Os dois se olharam e ela desviou o olhar.

- Eu nem engravidei ainda e você já está querendo saber o nome do bebê? Vamos com calma, querido.

Rio de Janeiro

- Você tira o DIU hoje e viaja depois de amanhã? - A mãe Vanda perguntou no consultório médico.

- Sim. Não faço a mínima ideia pra onde vou, a Gio nem me contou. - Mo abriu um sorriso lembrando da viagem que faria com o seu verdadeiro amor.

- Será que é bom tirar o DIU e viajar pra passar dias e noites na rua? - Monica riu e negou.

- Claro que não, mãe. A Giovanna foi ao médico semana passada e tirou algumas dúvidas e me passou. - Vanda assentiu e acompanhou a filha até a sala da médica.

- Boa tarde. - A médica sorriu assim que as duas sentaram. - Então, Monica, você veio tirar o DIU?

- Sim, eu quero tentar engravidar. - Mo olhou pra Vanda que assentiu.

- Eu sei, já está marcado a retirada. Vamos pra sala ao lado, por favor? - Mo assentiu e deixou a bolsa com a mãe.


Quarto da Monica

- A casa que o Tomate mandou construir está nos retoques finais, quando voltarmos da viagem estará pronta. - Monica conversava com Gio por voz no FaceTime.

- Você vai amanhã? Falou com seu maridinho?

- Falei, ele ficou puto, mas fazer o que? Acabei dormindo com ele ontem, aquele traste ridículo. - Gio riu.

- Mas vem cá, ontem foi pra valer? Sem camisinha e sem o DIU? - Gio fez uma careta no outro lado da linha.

- Sim, mas... - Mo se aproximou do celular e falou: - Tomei pílula do dia seguinte.

- Você é maluca. - Gio disse rindo.

- Quero pelo menos viajar sem um bebê na barriga, né?

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