Capitulo 3

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Alexia

Saímos dos dormitórios e fomos direto para um carro barulhento, pequeno e fedendo há bebida.

-Como é que vai?-Pergunta Vin se apoiando no capô.

-Vai no colo. Não dá pra ir não?-Pergunta Alex contando nos dedos o número de pessoas. Aparentemente são oito, duas na frente e seis atrás. Estou um pouco desconfortável, tem pessoas que eu nunca vi na vida, se for para ir no colo de alguém, ou é no do meu irmão, ou no da Vin, ou no da Ester, fim. Ninguém mais, ninguém menos!-Vem Alexia, eu te levo no meu colo.-Aleluia senhor, o melhor irmão do mundo, mentira! Mas em fim, dá no mesmo.

-Eu levo a Vin no meu, já são quatro, as outras duas vão no colo também.-Vejo Ester já entrando no carro e ficando na ponta, Vin entra e depois eu entro, um garoto entra e fica ao meu lado, ele se senta no colo de uma menina. Espera, esse povo não pensa não? Não seria melhor ele levá-la no colo? Bem, eu só acho que seria melhor, a pobre está sendo esmagada por ele.

-Assim...não seria melhor você levá-la no colo? Por que tipo, acho que você deve ser só um pouquinho pesado para ela.-Falo sem entender muito aquela situação.

-Que nada, já está resolvido, logo logo a gente chega. Não é longe!-Fala a menina quase invisível naquele canto. Estou começando a me arrepender de ter vindo, talvez fosse melhor ficar no quarto assistindo séries, bem mais legal!

-Ok então.-Fala Vin voltando para a janela e soltando uma risada contagiante, logo mais, Alex e Ester começam a rir e então eu vou na onda, a garota parece um pouco sem jeito, mas logo se entrega aquele momento. Seguimos assim, por pelo menos mais cinco minutos e então descemos daquela situação desprezível e insuportável, mas de qualquer forma, engraçada.

-Vamos, a festa é lá dentro!-Fala Alex puxando o braço fino e pálido da Davina.

-Apoio.-Fala Ester se grudando a mim e não me largando mais.

-O que?-Pergunto já prevendo o que ela tem a me dizer.

-Até parece que tu não sabe. Mig, sua louca, estou falando daquele casal revelação. Eu apoio. Você apoia?-Pergunta ela rindo.

-Assim, nada contra. A Vin parece ser uma pessoa muito boa para o Alex, tem alguma coisa nela que se qualifica para um relacionamento, mas não é muito forte, não é muito positivo!-Falo e então seguimos para a entrada, onde um segurança nos barra.

-Identidades por favor.-Pede o segurança. Assim eu pego a minha identidade e a da Ester, entrego-as para ele que as olha com atenção.-Podem entrar!-Uhu, tia Cassie melhor pessoa!

Entramos então em um corredor iluminado por uma luz azul forte e perturbável, uma música ligada ao pop fica tocando ao fundo e então um homem de máscara e terno abre a porta e uma fumaça negra dissipava-se ao longo da caminhada até um quarto xadrez, onde observávamos um casal dormindo ao rock pesado. Outra passagem se mostra a minha esquerda e então outro homem nada incomum ao de antes aparece abrindo uma porta idêntica há de antes, entramos assim em um tipo de balada pequena, o som da música parecia bater nas paredes e voltar penetrando os nossos ouvidos com grosseria. Começo a andar em direção ao palco, onde uma banda masculina se apresentava, um tipo de boyband. Quando encosto nas barras de madeira que formão o palco, paro, então me movimento lentamente de um lado para o outro, a música começa a ficar mais rápida e alta, o vocalista está pulando loucamente e jogando suor de seus cabelos nas pessoas logo abaixo e estou pulando também, não sabia o que eles estavam tocando, mas o som era frenético, quase sonhador e também alucinógeno. Então a música para, o baterista para e os outros membros da banda param, tudo para, a luz ascende e lanternas entram no local, não eram apenas lanternas, eram policiais revistando cada um, algumas pessoas estavam fugindo. Sinto um tremendo alívio, minha tia é boa com isso, toda vez que eu e o meu irmão vamos a algum lugar deste estilo, que não podemos entrar, levamos as nossas identidades falsas. Procuro Ester que estava agora a pouco do meu lado direito, olho ao redor e não a encontro, ela estava com a única bolsa que trouxemos, aonde dentro, estavam as nossas identidades, agora sim eu não podia mais sentir esse alívio, senti na verdade perturbação, comecei a correr, corri até a porta e quando a abri localizei Ester, atirada no chão com uma garrafa de cerveja na mão e...graças a Deus, a bolsa.

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⏰ Last updated: Dec 03, 2015 ⏰

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