PRONTINHO PRA VOCÊS! ATT DUPLA!
Enjoy!
-x-
SORRY
Acordei na grama. Vi que Emma, Taylor e Luke estavam ali. Ainda estava de noite. O baile ainda acontecia.
-Mickey? Você está bem? - Tay perguntou e eu apenas assenti com a cabeça. - Vou ligar para Karen.
-Não. Não faça isso, por favor, T. - implorei. Não queria que minha mãe soubesse de nada disso.
-Estivemos em uma clínica psiquiátrica. Podemos aguentar muito mais do que vocês imaginam. - ouvi Luke dizer e congelei. Não tinha me tocado até aquele momento.
-Será que eu e Luke poderíamos conversar rapidamente, anh, a sós?
-Claro, M. Como preferir. Vou ver se trago uma água para você. - Taylor disse, e levantou-se junto com Emma, que se manteve calada.
-Michael, nós nã...
-Luke, como foi que você nos encontrou? - eu não sabia lidar com aquela conversa.
-Bem, eu estava procurando o bar quando ouvi um de seus gritos. Reconheci sua voz na hora.
-Ah, sim. Obrigado. - ficar em silêncio nesse tipo de situação devia ser considerado crime.
-Então, conte-me como está sua vida. - oh-o, território desconhecido.
-Bem, eu estou cursando psicologia e morando com minha mãe, Karen. Depois que conheci Emma minha vida passou a se resumir em festa, álcool e sexo, mas então conheci Taylor e é isso. Mas nós não namoramos... Ainda. No geral, estou bem.
-x-
Ouvir o quão bem a vida de Michael estava foi como um soco no estômago de Luke. Não é como se ele quisesse que Michael sofresse, é só que não imaginava que ele estivesse tão melhor que ele mesmo. Sua segunda reação foi reparar o quão trouxa foi ao perder sua vida sentindo pena de si e falta do garoto ao seu lado. Ao que parecia, Clifford não havia sentido coisa alguma.
-E a sua vida? - Luke pensou em mentir, contar uma outra história onde ele não parecia um completo trouxa. Não valeria a pena.
-Eu moro sozinho mesmo, trabalho como vendedor em uma Gap e recentemente comecei a trabalhar como recepcionista em uma clínica. Conheci Calum no trabalho e é isso. No geral, estou indo.
Michael apenas concordou, levemente preocupado ao lembrar-se da sua ida à clínica. Ao pensar nisso naquele momento, sentiu-se infantil em relação a reação que teve ao encontrar Luke na recepção.
-Eu sei que me reconheceu quando foi à clínica. - Luke soltou, incerto. - Não precisa se desculpar. Só... Por quê? - o loiro deixou transparecer um pouco da dor que sentiu naquele dia.
-Eu entrei em desespero. Eu não te via havia muito tempo e não sabia como agir.
O silêncio tomou conta novamente enquanto ambos tentavam lidar internamente com a situação. Toda a culpa que Michael sentia estava vindo à tona com tudo e se sentia a pior pessoa do mundo. Toda a saudade que Luke sentia estava sendo lentamente substituída por uma vontade enorme de ir embora para nunca mais voltar. Michael nem sentira sua falta, enquanto ele se martirizava todos os dias.
-Você sentiu minha falta?
-Como assim? - Michael não queria responder aquela pergunta.
-Você sentiu minha falta, Clifford? Enquanto eu chorava em casa, você sentiu falta de mim? Enquanto eu sofria, você sentiu falta da nossa amizade? Só me responde isso, por favor.
{Play na música}
-É tarde demais para pedir desculpas? - perguntou, com a culpa atingindo seu auge.
-Você me magoou muito, me decepcionou.
-É, eu sei que eu decepcionei, mas é tarde demais para pedir desculpas? - perguntou mais uma vez. - Você pode ir e ficar com raiva de toda a minha honestidade, sabe que eu tento mas não me dou muito bem com desculpas. Eu espero que meu tempo não acabe, porque eu só preciso de uma última chance pro perdão. Eu sei que eu cometi erros talvez uma ou duas vezes. E por um ou duas vezes, eu quero dizer uma ou duas centenas de vezes... Então me deixe redimir-me essa noite, só preciso que me dê uma segunda chance. É tarde demais para pedir desculpas? Porque eu sinto sua falta. É tarde demais para pedir desculpas? É, eu sei que eu te decepcionei, mas será que é tarde demais para pedir desculpas? Me desculpe.
Após todo esse monólogo de Michael, o outro estava confuso. Seria tudo tão mais fácil se ele simplesmente perdoasse. Michael estava ali, na sua frente, dizendo tudo que sempre quis ouvir, mas agora, não compreendia. Seu coração dizia para perdoá-lo, tê-lo de volta em sua vida, como quis durante esse tempo todo. Porém, sua mente dizia o contrário, ficava o lembrando de tudo o que sofreu, o quão triste ficou. Chegou a pensar que teria uma recaída, que o levariam de volta para a clínica. Não podia deixar que fosse tão fácil assim para o de cabelo tingido.
-Michael, é complicado, tenho muito a considerar.
-Eu vou assumir a culpa sozinho se você quiser, mas sabe que não tem um inocente nesse jogo. Eu vou e depois você, falando a verdade. Podemos ambos dizer as palavras e esquecer isso?
-Por favor, não. - Luke suplicou.
-É tarde demais para pedir desculpas?
-Michael... - o loiro olhava cansado para o outro. Casado de tudo, cansado dessa história, cansado de Clifford.
-Eu sei que te magoei, mas é tarde demais para pedir desculpas, Luke Hemmings?
-Michael, pare. Por favor.
-É tarde demais para pedir des...
-É SIM, MICHAEL! É BEM TARDE! - não conseguiu se controlar, e resolveu falar tudo que estava engasgado. - ENQUANTO VOCÊ APROVEITAVA SUA BOA VIDA, COM UMA AMIGA MARAVILHOSA, EM FESTAS, ARRANJANDO A PORRA DE UMA NAMORADA, EU ESTAVA MAL! EU SOFRI, SERÁ QUE NÃO VÊ ISSO?! VOCÊ ME FEZ... ME FAZ MAL! CHEGA DISSO, EU CANSEI! - acalmou-se. - Passar bem. Não que eu me importe.
Michael ficou sem palavras. Nunca imaginara que tinha causado tamanho efeito na vida do outro. Se sentia culpado e sua consciência pesava demais naquele momento, ele estava necessitado de uma válvula de escape. Sua mente estava ocupada demais processando os acontecimentos daquela noite (Killian, Emma, Luke) para conseguir pensar em algo decente, então Michael ficou ali, em pé, parado, olhando para o nada. Enquanto isso, a festa rolava naturalmente no salão.
-Com licença, pessoal. - o som do DJ fora cortado e uma voz conhecida por todos começou a falar. - Bom, eu sei que todos vocês já me conhecem, não é?
-Cala a boca, Makayla! Deixa a música rolar! - algum aluno gritou do fundo do salão.
-Calma, garotão! Eu só queria divulgar para vocês uma informação. - a jovem retirou o microfone do pedestal e começou a andar pelo pequeno palanque. - O reitor me entregou hoje a lista dos finalistas do concurso de Rei e Rainha do baile anual. Bom, primeiro as damas: Euzinha Makayla Carter, obviamente; Emma Swan, era de se esperar; e por último, Ta... NÃO! Deve ter havido algum engano. O nome no cartão diz Taylor Swift. - Carter fez uma breve pausa para se recompor. - Os homens: Ashton Irwin;Gabriel Mann; Michael Clifford. Interessante. - a mesma deu uma risadinha, antes de devolver o microfone ao pedestal e a música voltar a tocar.
Michael sentou-se, depois de sair de seu transe, e começou a refletir. Com toda essa confusão entre ele e Luke, quase se esqueceu da complicação com Killian. Aquele cara é horrível, pensou, preciso falar com Emma. Aliás, esse era outro problema que ele precisava lidar com, desde que a loira viu os dois juntos, não deu uma palavra. Sentia que devia levantar-se e ir até ela, mas seu último pensamento não o permitiu fazê-lo. Luke. Foi tudo tão rápido que Michael mal teve tempo de digerir. Ele voltou, o salvou de um psicopata e... fugiu. Se sentia culpado porém, acima de tudo, se sentia fraco. Extremamente fraco. Incapaz de lidar com a bagunça que estava sua mente, voltou para dentro, andando vagarosamente, sem realmente prestar atenção naquilo que estava fazendo.
Encontrou Emma dançando com mais algumas meninas da faculdade, e até Makayla estava lá. Não conseguia entender o porquê de a loira estar com aquela garota... Caminhou silenciosamente até o grupo de garotas e chamou por Emma:
-Hey, Emma.
-O que você quer agora, Clifford? Peça para a sua namoradinha. Aliás, talvez eu devesse roubá-la de você da mesma forma que fez comigo, o que acha?
-Do que você está falando!? Eu não roubei ninguém de você! - Michael estava magoado pois a outra estava o culpando por tudo.
-Você acha mesmo que Killian teria feito aquilo se você não ficasse dando motivos? - ele não entendia como ela conseguia pensar desse jeito. - Vai lá, com a sua protegidinha!
-Emma! Você consegue ouvir as coisas que você está dizendo?!
-Hey, Michael, volta para a sua loser! Não é porque você quer destruir a sua reputação saindo com aquela esquisita, que a Emma tem que fazer o mesmo. - Makayla entrometeu-se. - Eu e você poderíamos fazer coisas tão melhores do que você e ela... Agora deixa a gente em paz. E não esquece de dizer pra ela que ela tem um péssimo gosto pra roupas do século XXI. - dito isso, todas elas viraram as costas e foram para um outro canto, Emma foi atrás.
Michael procurou Taylor pelo salão e não a encontrou em lugar nenhum. Imaginou que talvez ela tivesse ido embora, mas não tinha um motivo para que ela fizesse isso... Pensou em perguntar a Emma se ela sabia de algo, mas ir até aquele grupinho de piranhas novamente estava fora de cogitação. Mickey não acreditava que Swan estava fazendo isso com ele, e ainda por cima por causa de Killian.
Chegou a perguntar ao segurança que estava na porta se ela tinha ido embora, mas o mesmo disse que ela não havia passado por ali. Ok, agora ele estava realmente preocupado. Onde raios ele se metera?, o de cabelo tingido se perguntava. Andou por todo o salão mais uma vez, e Taylor não estava em lugar nenhum. Procurou no jardim e no estacionamento, ligando para a garota inúmeras vezes. Até que Makayla passou por ele e sussurrou: "Tente no banheiro feminino."
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The Only Exception
FanfictionQuando eu era jovem Eu vi meu pai chorar E amaldiçoar o vento Ele partiu seu próprio coração E eu assisti Enquanto ele tentava o recompor E a minha mãe jurou que Ela nunca mais se deixaria esquecer E foi nesse dia que eu prometi Que eu nunc...
