Capítulo XX

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Giulliana

Na madrugada de quinta para sexta o telefone tocou, Maria tinha entrado em trabalho de parto.

Fomos para o hospital, e Lilliana nasceu às 5h da manhã, pesando 3Kg e medindo 50cm.

Neste momento eu estou sentada ao seu lado, esperando alguém trazer Lilliana, Maria ja tinha descansado um pouco. Lorenzo se ofereceu para ficar no meu lugar mas eu neguei. Alguns minutos depois trouxeram aquele embrulho rosa. Lilliana era branquinha e loira igual à mãe. Mas pensando bem, Lucca também era loiro.

-Ei bambina.-Maria conversava com ela.-Você é tão linda, do jeitinho que eu imaginei.

Ezio chutou e eu sorri, ele também seria perfeito. Sai para comer alguma coisa, pois estava à bastante tempo em jejum. Eu comprei um doce e chá gelado, comi tranquilamente, e subi para o quarto novamente.

No começo do corredor ja conseguia ouvir gritos e um choro fino de bebê. Quando notei que era do quarto de Maria corri para abrir a porta.

-Saia daqui! Você não vai vê-la! Muito menos participar da vida dela! Vai embora Lucca!-Maria gritou protegendo o rostinho de Lilliana.

Droga.

-Vocês estão loucos? Isto aqui é um hospital, e você.-Apontei para Lucca.-Não tem mais nada para fazer aqui, vai embora.

-Mas é a minha filha!

-Ela deixou de ser, no dia que você me expulsou da sua sala.-Maria disse amargamente.

Ele saiu cabisbaixo e eu fui até ela, Lilliana ainda choramingava, eu acariciei sua cabecinha por alguns minutos e ela parou.

-Eu não queria acorda-lá.-Maria comentou cabisbaixa enquanto a colocava no berço ao seu lado.

-Ela é muito linda.-Eu murmurei.

Passei o resto do dia com ela, mas de noite eu fui para casa descansar. Me deitei na minha cama quentinha depois de um banho relaxante, suspirei e fechei os olhos, quando estava quase dormindo Ezio chutou com força, eu gemi e me virei, outro chute veio em seguida e eu bufei frustada.

-Da pra se acalmar?-Disse irritada.

Me levantei e passei a mão pelos cabelos, peguei meu celular e chequei as mensagens.

"Tive que viajar, nos vemos depois de amanhã, bjs.
-L"

Ele tinha ido viajar, parece que Ezio não teria o carinho do papai tão cedo, me deitei na cama novamente e liguei a TV, fiquei assistindo filmes até dormir.

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Ja haviam se passado três dias que Lilliana havia nascido, fui buscar as duas no hospital, Maria estava feliz mas eu sentia que havia algo errado.

Ela colocou Lilliana na cadeirinha e sentou no banco de trás.

-Eu acho que vou embora da Italia.-Maria soltou a bomba, eu respirei fundo e disse lentamente.

-Rue François Copée, 143.

-O que?

-Eu reservo sua passagem, é a rua do meu apartamento em Paris.

-Giullia eu não posso aceitar.

-Aceite por ela.-Eu disse manobrando o carro.-Você não teria para onde ir, e sabe que Lucca não vai parar de ir atras de vocês.

Maria olhou para as mãos e suspirou.

-Tudo bem...

---

Maria iria esperar Lilliana fazer 3 meses de vida para viajar, era mais seguro para a saúde da pequena. Eu iria buscar Lorenzo no aeroporto, mas estava com uma dor de cabeça particularmente dolorosa.

Então fiquei em casa na cama, com todas as luzes apagadas. Na hora do almoço ouvi um som no andar de baixo e constatei que Lorenzo havia chegado.

Continuei deitada tentando dormir, pois não estava com fome. Ouvi passos na escada e abri os olhos, não conseguiria dormir com esse barulho todo.

Me levantei e fui até a porta e a abri.

-Puta merda!-Fechei ela rapidamente e a tranquei.

Como ele entrou?

Disquei rapidamente o número de Angelo.

-Pronto.

-James esta aqui, acho que ele arrombou a porta.

-Fique calma, estou saindo de casa, lembre-se do que eu te ensinei.

-Eu tenho um taco de beisebol no armário.

-Ok, fique atenta e não saia de onde está.

Desliguei o telefone e fui até o armário, por mim, dava um fim nesse filho da puta, mas não estou em condições.

Peguei o taco e me escondi atrás da porta.

-Darling, aonde você está? Eu mudei, eu juro.

-Psicopata.-Eu murmurei.

-Nós podemos voltar, eu estou arrependido. Eu sei que está com saudade de mim, de como eu te faço gritar na cama.-Senti um frio na barriga e bufei.

-Se você entrar, eu te mato, gritar? Você nem sabia dar prazer pra mim, sabe quem faz melhor?-Ouvi uma espécie de rugido.-Lorenzo.-Eu disse pausadamente.

-Eu vou acabar com a sua raça! Você é minha! Minha! Só minha!-Ele começou a chutar a porta, e eu me encolhi.

Foi uma péssima ideia provoca-lo. Apertei com força o taco em minhas mãos. A porta foi ao chão e eu comecei a respirar rapidamente.

Ele entrou no quarto e não me viu de primeira, mas quando se virou e me viu, eu o acertei com força na cabeça.

Eu estava respirando rapidamente enquanto via seu corpo estirado no chão, ouvi alguém correndo, meus olhos estavam fechados, abri-os lentamente e me deparei com Lorenzo vendo James jogado no chão boquiaberto.

-Ruiva, você fez isso?

-S-Sim...-Eu sussurrei, minha dor de cabeça voltou e eu me senti meio tonta. Ele me beijou e me abraçou.-Só me tira daqui...-Eu murmurei antes de minhas pálpebras ficarem pesadas e meu corpo ficando pesado.

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