Capítulo 1

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PRIMEIRO DIA DE AULA

—Filha, vamos logo você vai se atrasar! —disse minha mãe eufórica,tirando o cobertor de meu rosto.

—Ah, mãe! deixa só mas cinco minutinhos, por favor. —já colocando a cabeça de baixo do cobertor novamente.

—Anda, Katellyn! Não temos muito tempo. —saiu do quarto.

Levantei sem ânimo e me ajoelhei pra orar.

...

Após a oração, fui ao banheiro, lavar meu rosto e tomar um banho antes de ir. Tomei um banho rápido e coloquei um cropped branco florido, uma calça jeans azul e um vans verde clarinho.

Peguei meu skate e desci as escadas correndo.

—Filha, você não tem muito tempo. Sabe que não pode dar mal impressão no primeiro dia, não sabe? —assenti.—Toma esse trocadinho pra você comer algo lá. Sabe que a mamãe não vai poder te leva lá, não é?—assenti revirando os olhos. —Então aqui está o endereço, toma cuidado, pequena.—me deu um beijo na testa.

—Tchau, mãe. —falei.

[...]

Com dificuldade consegui chegar no tal colégio novo.

Todos me olhavam e cochichavam olhando diretamente pra mim.

Novata.

Andei pelo corredor tentando ignorar todo aquele pessoal, porém não me senti nada confortável.
Não dei confiança nenhuma, afinal, isso é típico de quando entra um aluno novo em escolas.
Só foi eu por o pé dentro da minha sala de aula, que novamente, os olhares se voltaram para mim. Procurei por uma carteira que eu pudesse me acomodar e acabei sentando no final da sala, ao lado de uma menina loirinha.
Assim que pus minha mochila nas costas da cadeira a professora entra, com um papel na mão.

—Katellyn Lins? —chamou meu nome.

—Sim?—respondi um pouco nervosa.

—Será que pode vir aqui à frente se apresentar para seus colegas de classe, por favor?

Ainda não entendia o porquê de sempre ter essas apresentações.

—Sim. —me levantei nervosa.

—Seja bem vinda, apresente-se para a classe. —disse ela sorridente.

—Oi, Meu nome é Katellyn Lins e tenho 16 anos —disse sentindo minhas bochechas esquentarem.

[...]

Meus olhos se encontram com uns olhos escuros e nossos olhares são firmes de um para o outro. Era estranho a sensação que sentia sabendo que mesmo eu as vezes desviando o olhar, ele continuava me olhando e dava um frio na barriga por isso.

Seus cabelos eram castanho escuro, assim como seus olhos. Sua pele era branca e sua bochecha tinha um tom mais avermelhado.

Escutei uma risada alta, o que me fez olhar na direção e ver uma garota loira parecer não gosta dessa minha troca de olhares com o menino.

Esse tipo de coisa não me intimida.

O barulho do sinal ecoou e fez com que os alunos saíssem rápido dali.
A menina que estava sentada ao meu lado parou-se na minha frente.

Levantei as sobrancelhas.

—Oi, meu nome é Jenny, prazer.—se apresentou. —Acredito que não conheça a escola e precisa de ajuda com isso.

Sorri para ela que já sabia meu nome.

—Pois é eu preciso sim. —respondo.

— Agora é nosso intervalo, vamos ao refeitório comer alguma coisa, aí te mostro a escola.


—Tudo bem.—falo me levantando.

Peguei minhas coisas e acompanhei a tal Jenny.

Fomos caminhando até o refeitório, quando, um garoto esbarraem mim.

—Ei, olha por onde anda.—disse rude.

Olhei para o rosto dele e reconheci que era o menino que troquei olhares na sala.

—Ah, me desculpe, mas na verdade quem esbarrou em mim foi você. —disse provocando.

—Presta atenção, ceguinha. —debochou

—Esquece isso. —Jenny me puxou.


O idiota ainda foi rindo com os amiguinhos dele.

Mesmo achando ele um pedaço de mal caminho, gostei de provocar o menino, porém fiquei com raiva.

AOS OLHOS DO PAI (EM REVISÃO)Where stories live. Discover now