Capítulo 3 - Desejo

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Anny

Passei os dias procurando algo para fazer nessa casa. Está um tédio ficar sozinha aqui.

Resolvi sair e dar uma volta pelo central park. Fui caminhando até lá. Meu carro ainda não chegou do Brasil.

Estou caminhando à um longo tempo. Estou prestes a desistir. Quando um carro pára ao meu lado. O vidro do suv se abaixou lentamente.

Confesso que estou com medo que seja algum federal me procurando.

- Não acredito. Você por aqui?-Johnny saiu do carro.

- Johnny? O que você faz aqui?

- Eu moro aqui. Estava no Brasil à trabalho. E você? - Não sei se deveria contar o que aconteceu.

-Eu estou estudando aqui por um tempo.

- Que legal. Você está indo aonde?

- Eu queria ir no central park mas já desisti. - Ele gargalhou.

- Vem comigo. Vamos almoçar.

- Deixa pra próxima. - Comecei a caminhar.

- Espera Anny. - Ele pegou na minha mão e me puxou. - Eu estou indo almoçar e você poderia vim. Esta quase na hora do almoço.

Olhei o relógio é já era quase meio dia. Droga! Essa diferença de hora estava me deixando louca.

Resolvi aceitar. Afinal não tenho nada para fazer em casa. Entrei no carro e fomos para um restaurante luxuoso. Pelo visto johnny é mesmo um cara rico como imaginei.

Almoçamos e depois ele me levou até um parque que fica próximo à um lago.

- Eu gosto de vim aqui.

- Esse lugar é realmente lindo.

- Você tem namorado? - Nossa que direto!

- Por que o interesse? - Que pergunta boba. É claro que ele está interessado em você!

- Só quero saber.

- Não tenho. E você? - Ele me encarou e sorriu.

- Eu tinha. Mas peguei ela me traindo com um primo meu.

Nossa eu fiquei chocada com essa declaração. Pobre homem. Tão lindo e educado, passando por isso.Ficamos em silêncio.

- Vou comprar um sorvete. Você quer? - Ele me olhou estranho. - O que foi?

- É que a última vez que tomei um sorvete, eu tinha uns dez anos.

- Nossa. Eu não vivo sem sorvete. Vem comigo.

Peguei na sua mão e fomos até o carrinho de sorvetes que havia ali. Compramos dois.

- Humm. Lembra a minha infância. - Ele parecia uma criança. Sua mão e seu rosto estava um pouco lambuzado.

- Deixa eu te limpar.

Peguei um lenço de papel e limpei a sua boca. Seus lábios são tão vermelhos. Está tão perto de mim que tive vontade de beijá-lo.
Ele sorriu e lambuzou a minha boca com sorvete.

- Você está louco? - Comecei a me limpar.

- Você me limpou. Agora deixa eu fazer o mesmo.

Ele pegou o lenço de papel da minha mão e começou a me limpar.

Meu coração está palpitando rápido. Estou sentindo um desejo por johnny.

Olhei em seu olhos e vi o mesmo desejo. Ele se aproximou de mim,e passou a língua aonde estava lambuzado.

Meu corpo inteiro se arrepiou. Um calor subiu em mim,mesmo o clima estando frio.

Ele sugou os meus lábios e enfiou a língua na minha boca. Fechei os olhos saboreando os seus lábios com gosto de chocolate.

Lembrei de quando lambuzei Kalb com o pudim. E fiz o mesmo. Abri os olhos e empurrei johnny.

- Você está louco?- Me levantei e fui caminhando.

- Espera!-Johnny falou,mas continuei a caminhar.

- Eu estou indo pra casa. -Johnny me puxou pelo braço.

- Me perdoa. Não foi a minha intenção. Eu não estou acostumado a me tratarem bem como você fez.

Meu coração doeu. Eu estou errada. Kalb não me ama,e eu estou aqui diante de um cara legal.

Não vou deixar Kalb me atrapalhar. Chega de sofrer por ele.

Olhei para johnny. Pobre rapaz, foi traído por uma vadia e faz anos que não ficava com alguém.
- Desculpe. Eu não devia ter te empurrado. É que eu acabei de te conhecer.

- Não é verdade. Nos conhecemos no aeroporto no Brasil lembra?

- Mas essa vez não conta. - Ele gargalhou.

- Eu posso te levar em casa?

Fiquei em dúvida se aceito ou não. Resolvi aceitar. Afinal eu tenho que seguir em frente. E a minha casa está muito longe.

Chegamos em casa.

- Você mora sozinha?

- Aham.

- Bom,não vou te perturbar mais. Podemos sair outra vez.

- Quem sabe johnny? - Dei um beijo no seu rosto e abri a porta do carro.

Johnny puxou meu braço e me beijou na boca outra vez. Eu bem que esperava por isso. Tentei abrir o mais devagar possível a porta do carro. E deu certo.

Ele sugou a minha língua. Mordeu os meus lábios e sorriu.

- Te vejo depois.

Sai do carro e entrei em casa antes que eu o convidasse para entrar.

Presa à um mafiosoWhere stories live. Discover now