II - Nobody's Home

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She wants to go home, but nobody's home
that's where she lies, broken inside
With no place to go, no place to go
To dry her eyes broken inside

Um mês já havia se passado e, embora a dor estivesse, aos poucos, cicatrizando, ela ainda estava lá pronta para arder assim que alguém mexesse nela.

Mas a vida segue e, aos poucos, os Weasley tentavam voltar com a sua. Os jornais pararam de falar no assunto e, embora o caso ainda não tivesse nenhuma solução, todos ainda estavam esperançosos quanto a justiça poder ser feita.

Harry Potter passou a ajudar o filho mais novo nas investigações. Ambos estavam dando o seu sangue por aquele caso e, embora chegassem tarde da noite todos os dias, eram recebidos com carinho por Gina, que apesar de preocupada com a obsessão deles, entendia de certa maneira pelo que eles passavam. Mas ela não estava sentada de pernas cruzadas, pelo contrário, tinha sua própria batalha para lutar: Lily, como era de se esperar, estava em depressão profunda.

A menina, outrora tão bem disposta, estava definhando no quarto, querendo se culpar de algo que não deveria. Rose vinha visita-la uma vez por semana, mas se nem os gritos de Dominique pareciam surtir efeito, ela pouco, ou nada, conseguia fazer pela prima.

Mas se os Potter estavam com problemas, na casa dos Weasley, as coisas estavam ainda piores. Hermione saiu do quarto dois dias depois do enterro do filho e, desde então, ela e Ronald estavam brigando como cão e gato.

Rose se mostrava preocupada porque seus pais nunca tinham brigado daquela maneira. Não eram mais um casal discutindo a relação, eram um homem e uma mulher com os corações partidos descontando todas as suas frustrações um no outro.

Ela não ousava mais intervir, porque da última vez que o fizera, recebeu uma resposta grosseira de Ron que a fez encher os olhos de lágrimas:

- Cale a sua maldita boca, Rose! Você não entende nada de relacionamentos! Não conseguiu segurar nem o pai da sua filha!

Hermione, como era de se esperar, correu ao socorro de sua filha e ambos discutiram ainda mais, obrigando Rose a sair de casa por algumas horas junto com Summer naquele dia.

Seus pais brigavam tanto que, agora, ela até estranhava o silêncio que havia naquela casa.

Os dois tinham saído: ela para hospital – porque, segundo ela, trabalhar a acalmava – e ele para o ministério, em busca de mais informações sobre as investigações.

A casa estava silenciosa, do jeito que ela gostava.

Rose estava na cozinha, decorando alguns de seus famosos cupcakes, enquanto Sunny a observava atentamente em cima de uma cadeira. A menina, que estava com os cabelos ruivos presos em duas tranças no alto da cabeça e usava um avental branco com detalhes rosa igual ao da mãe, tinha os olhos brilhando em curiosidade. E, é claro, gula.

- Mãe, você vai me deixar comer um desses, não vai? – Questionou à mãe.

Rose largou o saco de confeitar, pegando alguns pedaços de chocolate sobre a bancada e os distribuindo cuidadosamente sobre a cobertura branca do bolinho.

- Vou sim, mas apenas um. – Alertou Rose. – O restante nós vamos levar para Victoire e o pequeno Remus, combinado?

Sunny concordou sem pestanejar. Ela havia se encantado com o pequeno bebê de pele rosada e tufos de cabelo turquesa que Victoire, agora, carregava nos braços para cima e para baixo.

Rose também havia se encantado, mas precisava admitir que estava um pouco invejosa de Victoire. Não era por mal, mas ela daria tudo para ter vivido o seu momento da forma como a prima o está fazendo. Quer dizer, Rose precisou suportar toda a gravidez sem quase ninguém para apoiá-la, enquanto Victoire tinha a Teddy. E, é claro, não era julgada pelo seu pai por ter engravidado antes de estar casada – embora Bill tenha dado um jeito de convencê-los a oficializar a união algumas semanas depois da descoberta.

Sweet Child O'Mine (Rose e Scorpius)Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora