Prólogo

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Sanatório Stª

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Sanatório Stª. Madalena
Nashville, Tennessee

— Ela não recebe tantas visitas. — a senhorinha de uniforme abre a única porta que tem no quarto. Candice Martin já estava acostumada com a enfermeira que sempre cuidava dela. Mas não com visitas. Mas aquela em especial estava ali por um único motivo.

Candice estava prestes a sair do Sanatório Stª. Madalena depois de dois anos internada na famosa clínica de loucos de Nashville. Seu transtorno mental lhe trouxe graves consequências e lhe levaram até aquele quarto frio e mofado de fim de mundo.

Ela já tinha noção de que algum dia isso iria acontecer. Porém, Candice não se importava, mesmo depois do seu advogado, Steve Roger ter lutado tanto para ganhar a sua liberdade.

A enfermeira já havia preparado tudo, a única mala de Candice estava do lado de fora da porta de seu quarto, ela havia tomado banho e vestido roupas novas depois de muito tempo. Agora ela podia se sentir limpa.

Quando saíram do Sanatório, Candice pôde ver pela primeira vez depois de dois anos o céu azul de Nashville. Aquela não era a sua cidade, mas o céu era o mesmo.

— Estou feliz que esteja em liberdade, Candice. Demorou mais do que esperávamos mas conseguimos. — suspirou o Dr.Steve Roger.

— Não faz diferença. É como se eu ainda estivesse presa... — ela afirmou. Depois olhou para trás para observar pela a última vez os grandes portões de ferro do Sanatório.

— Essa não é a sua casa, Candice. Nunca foi. Isso logo vai passar. É só uma questão de tempo para as coisas voltarem como eram antes.

— Já podemos ir? Agora!

Steve caminha na frente em direção ao seu carro que esta estacionado no estacionamento do Sanatório. Ele abre a porta para que Candice possa entrar.

Durante a viagem de volta a cidade de Candice, Bram Falls, Steve tenta puxar assunto.

— Agora que percebi que você já não está de cabelos longos. Cortou o cabelo, gostei do corte.

Candice não liga para o elogio e apenas puxa uma de suas mechas de seu cabelo escuro para trás da orelha.

— Todo mundo dentro daquele lugar tem o cabelo cortado ou raspado. Não é uma coisa que eu escolhi fazer.

— Sendo ou não sendo, o seu cabelo está ótimo assim.

Ela ficou em silêncio até o próximo sinal abrir.

— Espero que não tenha falado com ninguém que eu sairia hoje.

— Claro que falei! Postei nas redes sociais e o pessoal da escola vai dar uma grande festa na piscina de boas vindas.

Candice lança um olhar de irritação para Steve.

— Está de brincadeira! — Steve sorri para ela. Dando a entender que estava apenas brincando. — Ninguém sabe que eu saio hoje, não é?

— Não. — ele responde sem tirar a atenção da estrada. Candice faz o mesmo enquanto mantém os olhos pelo lado de fora da janela, observando as fileiras de pinheiros do outro lado da rodovia.

— Nem para os meus pais.

— Você me pediu para não avisar e eu respeitei. Mesmo não concordando com isso.

— Obrigada. Foi melhor assim. As coisas só iriam piorar se eles ficassem reunidos na porta da frente de casa me esperando... me encarando enquanto se controlam para fazer um monte de perguntas. — o vento quente de verão sopra os curtos cabelos negros. — Isso é bom... eu já tinha me esquecido de como eu gostava disso.

— Isso se chama liberdade Candice. Liberdade.

— A liberdade é a minha vingança, doutor. É a minha vingança.

VERÃO DE 2005Où les histoires vivent. Découvrez maintenant