Capítulo Trinta e Dois

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A princesa encarava todas aquelas pinturas nas mãos. Ela estava no quarto principal do reino, o quarto de seus pais. Era o mais grandioso, mais bem decorado e de fato, o melhor quarto do castelo. As cores predominantes eram o rubro e um suave cromo dando o aspecto de soberania no âmbito. Mia tinha ido ali a procura da rainha que prometera estar no seu treinamento de arco e flecha, mas não aparecera. E para provocá-la, a princesa decidiu esperá-la ali. Não tinha permissão para ali estar.

Cansada de esperar, Mia começou impulsivamente a bisbilhotar o quarto dos pais, estive ali raríssima vezes. E por ser desastrada, derrubara uma gaveta emperrada no criado mudo. Ela se apressou para organizar a bagunça que criara com folhas espalhadas pelo chão, durante o tempo que ela as juntava, notou uma pintura muito familiar. O desenho de uma casa de madeira numa tonalidade escura, era simples e aparentemente térrea. Mas o que prendeu minha atenção fora ver várias pinturas de diversos ângulos. Viu em outro desenho de uma pedra brilhante de um toque azulado. Todos aqueles desenhos eram familiares para ela...

– Amélia? O que você está fazendo aqui? – Ela se deparou com os olhos pasmos da rainha.

– Fui eu que desenhei estes desenhos?

A luz do dia a despertou de mais um sonho que nunca se estendia para grandes revelações. Somente detalhes. A luminosidade era suave, fazendo Mia perceber que o dia tinha acabado de surgir. Sua mente diretamente lembrou-lhe de ontem, o quanto Emily estava abalada por supostamente ter pedido seus poderes.

Mais tarde quando ela foi a cozinha, encontrou Soraya sentada sozinha na mesa, lendo os livros que deixara ali na lua anterior.

– Você já leu eles? – perguntou ela depois de um rápido bom dia.

– Apenas o começo. – confessou, aproximando-se da mesa e apanhou uma maçã. – Por acaso caí num sono profundo, de repente.

– Que ótimo que não tenha perdido seu tempo – ela fechou o exemplar mal-humorada. – A coisa mais útil aqui é quando eles falam que em suas crenças seriam capazes de criar uma arma mais poderosas que seus espíritos para os tirar de seus corpos.

– Sério?

– Não perca seu tempo, criança. A única conclusão do livro é provar uma história ridícula que os espíritos não seriam inferiores contra uma arma. Eles estão mais preocupados em querer escrever o quarto a crença deles é incompreendida – a bruxa bufou, erradicando com as esperanças da princesa.

Mia olhou a volta, a casa parecia estar vazia.

– Onde está todo mundo?

– As duas irmãs e seu irmão foram comprar frutas... Já Lucky, ele colocou na cabeça que trará os poderes de Emily de volta.

Ela franziu o cenho.

– Não minto, ele está lá fora usando os amigos como cobaia – a bruxa fez um sinal com os olhos para que ela olhasse pela janela da cozinha. Ainda desconfiada, a princesa foi espiar. Encontrou Berbatov ao lado de Emily, Ari aprumado a alguns metros de distância dos dois, servindo como um alvo e Louis sentado próximo na grama.

– Deve ser a culpa fazendo efeito – ela disse, sem interesse.

Mia fitou Soraya de braços cruzados.

– Acha que ela recuperará os seus poderes?

– Eu não sei.... Não saberia responder se sua magia se esgotou ou se ela está sendo punida por forças maiores.

Mia tornou a observá-los, o ladrão gritava com a bruxa e ela retribuía os gritos.

Uma pergunta subiu pela garganta da princesa e quando teve coragem de soltá-la, percebeu que Soraya não estava mais na cozinha. Gritou por seu nome.

Ceres - Você sabe quem é o Inimigo [LIVRO 1 - COMPLETO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora