Sangue Alfa Livro I - Iniciação (SOMENTE Degustação. )

Capítulo 4

Consagrada.

Ele não se moveu, ficou parado ali apenas observando-a, mas sabia que ela já iria demonstrar sua loba escondida por anos. - Peter Kabresh! Seu maldito! Anunciou entre os dentes, enquanto soltava-se de seu pai e andava até ele. - Você é um alfa? Ou melhor você é um lobo? Sabia o que estava acontecendo comigo? Ia embora da cidade?

- Sim, sim, sim e não! A voz era rouca e ele encarava mais Robert do que dava atenção ao que ela dizia, não havia uma forma de mudar o passado, quanto mais ele falasse seria pior, nunca teve jeito com as palavras.

Um tapa foi dado contra a face do homem, e o mesmo simplesmente moveu o rosto e voltou ao mesmo sorriso irônico de antes.

Seus olhos incharam e as lágrimas desceram uma em seguida da outra. - Eu não queria acreditar, mesmo sem ter um motivo concreto eu preferia achar que era mentira tudo que ele me disse sobre você! De alguma forma, meu amor queria superar isso, ir com você para onde fosse e deixar tudo para trás, ser sua! As mãos secavam as lágrimas com rapidez, mas as mesmas não paravam de cair ainda mais rápidas que suas mãos as secavam.

Não podia suportar aquilo, aquela loba era dele, sua primeira vez tinha sido com ele, não somente a amou como também a marcou, não fazia ideia que ela era a filha do alfa, mas agora tudo que ele dissesse iria parecer uma mentira.

Apenas a trouxe até seu peito, sempre foi mais alto que ela, seus rosto se acomodou e as lágrimas molharam a camisa dele.

- Você é minha escolhida, e eu sou seu! Você tem minha proteção, eu nasci pra você, eu cresci com você e se for preciso eu morrerei pra ter você. Não iria abrir mão dela, e sabia que diante de sua vulnerabilidade seria o único momento que ele poderia conseguir o perdão dela.

- Suas palavras são lindas, mas suas atitudes não correspondem a elas! Afastou-se voltando ao seu pai, e apoiando-se nele.

O homem de cabelos grisalhos a pegou entre os braços, como se a protegesse do homem a frente, de um lobo de uma matilha rival, que queria levar sua filha para longe, para um lugar desconhecido! E ele nunca iria permitir.

- Meisy Hebsley, você não sabe a importância destas palavras pra mim, nunca as diria a outra mulher, ou a outra loba! Se você for embora, eu não irei atrás de você, compreende isto?

O pai de Mey soltou-se dela, andando em direção ao homem em sua frente e rosnou para o mesmo. - Não ameace minha filha! Dizia em um tom profundo e aterrorizador, dominador.

- Eu não disse nada que você já não soubesse Robert! Sentiu meu cheiro nela, ela sempre será minha! Minha companheira e vocês nunca terão uma alfa, mas onde quer que ela esteja, eu sempre terei minha companheira! Outro sorriso foi dado e ele passou por ambos em direção a sua casa, entrando na mesma e batendo a porta em seguida com fúria aparente.

- É verdade? O medo estava estampado no rosto de Meisy, ela pertencia a ele? E o que isso significava exatamente entre os lobos?

O pai a levou dali, andando alguns metros, para que a mesma pudesse respirar, andando os lobos sempre se acalmam, era o lema dele e de todos os alfas antes dele e Meisy sabia disto de forma natural, sem precisar de nenhum ensinamento especifico.

- Sim, Zy! O antigo apelido foi dito com tanta ternura por seu pai, que pela primeira vez em muito tempo, a fez sorrir.

- E o que isso quer dizer? O pavor nevoava sua mente novamente!

- Quer dizer que no ritual de iniciação que eu te privei em sua adolescência você vai escolher um lobo, e este lobo vai ter você, seu corpo, sua alma, seu cheiro, e vai trazer você de volta a matilha! Aquilo doeria, ver sua filha com um homem bruto, que não a amasse e simplesmente a possuía.