I Won't Give Up On Us

A chegada em New York

P.O.V VIC ON :

Segurei as malas juntas a mim e respirei fundo, eu passaria cinco dias em Nova Iorque. Sozinha. Desci as escadas e pude ver mamãe com os olhos cheios de lágrimas me fazendo rir.

Eu : mãe, são só dois dias -disse a abraçando-
Mãe : mas quando você entrar para a faculdade eu não vou te ver por um bom tempo...
Eu : se eu passar, vamos com calma.

Me despedi de meus pais e entrei no carro com meus irmãos. Eu tinha me despedido dos meninos ontem porque como devem saber eu não gosto de despedidas, elas são muito tristes. Descemos no aeroporto em silêncio, eu estava feliz e ao mesmo tempo triste, é complicado.
Vi Cam sentado batendo os pés, ele mantinha uma expressão preocupada mas sorriu assim que me viu. Eu corri para seus braços o abraçando como nunca antes e o dando um beijo intenso para que não esquecesse de seus lábios durante esses cinco dias.

Cam : eu vou sentir a sua falta meu bem.
Eu : oh Cam -sorri- Eu te amo idiota.
Cam : eu também te amo -colou as nossas testas e me deu um selinho demorado-

"Última chamada para o vôo 192 com destino a Nova Iorque"
Abracei os meus irmãos e mais uma vez Cameron, eu sentiria falta dele, e não era tanto tempo!
Caminhei até o meu portão de embarque e entrei no avião me sentando ao lado de uma senhora, a mesma notou que eu tinha os meus olhos vermelhos e disse :

Xx : meu nome é Marta, qual é o seu?
Eu : Victoria.
Marta : por que está chorando, Victoria?
Eu : é que eu tenho um teste em NY e vou ficar longe dos meus amigos e da minha família por alguns dias..
Marta : eu ficaria triste também, mas suponho que esse tal teste seja importante e a sua família e seus amigos devem estar orgulhosos de você. -sorri-
Eu : eu espero que sim -olhei para a janela ao meu lado e vi Cameron abanando as mãos e sorrindo-
Marta : é o seu irmão?
Eu : meu namorado -disse colocando as mãos na janela e sorrindo para ele-
Marta : ele deve estar muito orgulhoso de você jovem Victoria, eu posso sentir que o amor de vocês é verdadeiro -sorri-

(...)

As minhas costas doíam um pouco mas não era nada, digamos que, grave. Entrei no apartamento que ficaria esses dias e me permiti jogar as malas em qualquer lugar e ir tomar um banho.
Eu juro que nunca havia refletido tanto na vida, a água batia nas minhas costas e parecia que atraia cada vez mais pensamentos e pensamentos e o banho se prolongava. Eu tinha certeza de que se mudasse para cá tudo mudaria, eu não veria mais os meninos, não veria mais meus pais nem meus irmãos, não veria mais o Cameron...
Fiquei pensando se nosso amor conseguiria resistir, eu não estaria no outro lado do mundo mais a distância é longa, sabemos. Tenho medo de perdê-lo, tenho medo de que ele ache outro alguém e me apague de vez da sua vida.
Porque se isso vier a acontecer, eu não sei mais o que eu faço da vida.