CAPÍTULO 05

Mulai dari awal
                                    

- Arthur, não faça essa moça sofrer, ela já perdeu coisas demais nessa vida.

- Não é minha intenção vô. Eu juro. Mas eu gostei tanto de revê-la. – Fui sincero.

- Deixe o garoto Augusto. Ele sabe o que faz. Queria eu que essa menina convencesse meu neto a ficar aqui. – Acho que eu também vó. Respirei fundo.

- Eu só não posso vó. Tenho uma vida me esperando.

- Uma vida que você não quer. – Vovó disse.

- Mas tem meu pai e tudo mais... bem, vou dormir. Amanha levanto cedo para pescar com vovô e não quero estar cansado.

Era melhor cortar o assunto. De nada adiantaria discutir isso se no final eu cederia as vontades do meu pai. Dei um beijo em minha vó e um abraço em um avô, pedi benção e fui me deitar. Cristiane passeou pelos meus pensamentos até que em fim o sono me venceu.

####

Se a embarcação que me trouxe até a ilha, me deixou zonzo e enjoado, imagina o barquinho que estou? Dez vezes menor, parecia apenas um pontinho no meio do oceano. Aguente firme Arthur! Estou me esforçando ao máximo para que o vovô não perceba.

O sol ainda não apareceu, mas a era possível ver seu clarão no horizonte. A lua já estava se despedindo para dar vida ao dia que se iniciava.

Vovô acorda todos os dias cedo para pescar, mas não porque precisa e sim porque gosta. Quem em sã consciência acorda as quatro da madrugada para pescar simplesmente por que gosta? Meu avô. Mas é claro que ele não era bobo e conseguia dinheiro com sua pesca. Ele abastecia a pescaria do João, um velho amigo do meu avô que foi proibido de pescar, pois estava com problemas de coração.

Eu não sou totalmente ruim. Vovô me deu as instruções e com ela consegui pegar alguns peixes que garantiriam o nosso almoço.

Oito da manhã e já estávamos ancorando em Abraão. Passamos na pescaria, fizemos nossa entrega e caminhamos para a casa.

Eu estava parecendo um verdadeiro pescador. Sem contar que estava fedendo a peixe. Precisava de um banho urgentemente.

- Arthur? – Ouço uma voz feminina me chamar e imediatamente meu coração identifica voz que o faz acelerar. Não isso não pode estar acontecendo.

- Oi Cris! – Ela me olhou de cima em baixo, pousando seus olhos em meu abdômen por mais tempo que o permitido. Estava me admirando. Que feio Cris, seja mais discreta. Sorri por dentro. Meu corpo inteiro reagiu àquela olhada. – Tudo bem? – Seu rosto corou quando seus olhos encontraram os meus. Pega em flagrante.

- Sim. Foi pescar com seu Augusto?

- Sim. Foi uma aventura. – Ela sorriu.

- Estou imaginando o riquinho mimado pescando. – Ela zombou.

- Ei! Não sou mimado e a prova disso é estar aqui com esse monte de peixes e fedendo a eles. – Ela chegou mais perto e me cheirou.

- Realmente. Precisa de um banho Tutu. - Ela fez uma careta engraçada.

Nem preciso dizer o quanto minha mente foi ousada, não é? Minha língua coçou e se não fosse por seu Augusto, acho que teria levado um tapa na cara.

- Cris, almoça com a gente hoje. – Meu avô sugeriu, o que me deixou surpreso e feliz.

- É uma boa ideia. Podemos relembrar os velhos tempos. – Me meti na conversa. Queria muito a presença dela lá em casa.

- E comer a comida deliciosa da dona Celina? Essa eu não perco de forma alguma!

Meu coração se encheu de alegria, mas que foi dissipada no momento em que meu telefone tocou e vi o rosto sorridente de Thalita na tela. Ignorei a ligação, mais uma vez.

- Não vai atender? – Ela perguntou e meu avô me encarou.

- Não. Não era nada importante.

E não era mesmo. Thalita nunca foi, de fato, importante para mim. Era alguém por quem eu nutria um carinho, mas nunca a amei. A gente até se dava bem, principalmente na cama, mas nunca houve nada além de carinho.

Cristiane me olhou completamente desconfiada, mas o que eu poderia fazer? Atender e dizer: "Oi amor, que saudades", quando na verdade tudo o que eu mais quero é viver minha vida sem que interfiram? Ainda mais agora, reencontrando Cris? Não obrigado, era melhor ignorar mesmo. Sei que uma hora terei que atender, mas vou deixar isso para outra hora.

- Meio dia, está bom para você? – Vovô perguntou.

- Sim, claro.

- Então, até mais. – Seu Augusto se despediu.

- Até. E Arthur, vê se toma um banho, seu cheiro está horrível.

- Deixa comigo.

Dei uma piscadela, virei as costas para fazer exatamente o que ela sugeriu, assim que chegasse em casa.

#####

Como será esse almoço, hein?! Será que sai o primeiro beijo do casal?

Comentem, comentem, comentem!!

Beijos da Mari!

Recanto do Amor - DEGUSTAÇÃOTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang