Capítulo sete

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Passei a tarde inteira em casa, sozinha como de costume. Mamãe chegou às sete da noite, e levantei-me do sofá para ir abrir a porta para ela. Assim que abri, vi mamãe descer de um carro lindo, conversível, preto com detalhes cromados, e bancos de couro bege. Fiquei pasma com aquele carro. Era simplesmente lindo. Corri para perto dela que estava toda sorridente.

-Mãe, que carro lindo.- digo, com os olhos brilhando.

-Obrigada filha, tenho ótimas notícias para nós duas.- ela diz extremamente animada.

-O que mãe? Conta logo, já tô morrendo de curiosidade.

-Bem, eu recebi uma promoção no trabalho, dê parabéns para a nova diretora de marketing da empresa.- ela diz com um grande sorriso no rosto.

-Sério mãe? Que maravilha, parabéns!- digo feliz, e abraço-a.

-E, bom, eu recebi uma gratificação bem grande, e como eu estava juntando dinheiro para isso, tá aqui seu presente de aniversário atrasado.- ela diz animada, estendendo a mão em minha direção, dando-me as chaves do carro.

Eu mal podia acreditar, ela estava dando-me o conversível novinho como presente de aniversário. Eu não conseguia conter minha felicidade, e abracei-a dando gritinhos de alegria.
Peguei as chaves de sua mão, sentei no banco macio, coloquei a chave e segurei o volante, o carro cheirava a novo.

-Mãe, cadê seu carro?- pergunto preocupada vendo que ela havia chegado nesse e deu-me ele.

-Vendi, e comprei outro melhor, tô esperando entregarem. Enquanto isso, por que não dá uma volta no seu carro novo filha?- ela diz sorrindo.

-Nem precisa pedir.- respondo, ligando o carro e saindo devagar.

Mamãe é o máximo, não poderia ter mãe melhor que ela. Faz tudo para agradar-me, e dá-me bronca quando mereço. Criou-me muito bem sem papai do lado. Ela é meu pai e minha mãe.
Com esses pensamentos eu sigo pela rua deserta, dirigindo nem rápido, e nem devagar. Só curtindo a brisa que balança meus cabelos.

Diminuo a velocidade e olho para o bolso de meu short a procura de meu celular. Droga, eu havia esquecido ele em cima do sofá, se alguém ligasse eu não atenderia.
Levanto o olhar, dou um grito assustada e freio o carro bruscamente, fazendo um barulho de pneu sendo arrastado no chão e sinto uma batida fraca.
Vejo que alguém caiu no asfalto em frente a meu carro. Abro a porta e saio do carro correndo para socorrer a pessoa. Meu coração quase para com o que vi. A pessoa jogada era nada mais nada menos que sr Fontaine. "Oh meu Deus, matei meu professor", penso desesperada.

-Minha nossa, você se machucou?- pergunto ajoelhando-me ao seu lado.

-Não, você que me machucou.- ele diz irônico, levantando-se do chão, e por um momento quase esqueci que tinha o atropelado e segurei-me para ficar quieta.

-Quer que eu te leve no hospital?- falo preocupada, em pé na sua frente.

-Não, mas se me levar em casa eu agradeço.- ele diz ignorante.

-Nossa, alguém não teve um bom dia.- falo irônica.

-Acabei de ser atropelado por uma aluna, queria o que? Que eu estivesse sorrindo?- ele diz sem olhar no meu rosto.

-Entra no carro.- falo com raiva, sentando no banco e ligando o carro.

Ele senta no banco do passageiro sem falar nada e nem olhar para mim. Estou muito irritada com esse babaca, mas fico calada para evitar levar mais patada desse imbecil. Dirijo rumo a casa dele, que não está muito longe.

-Acho melhor você não dirigir mais.- ele tira o silêncio.

-Muito engraçado.- falo irritada.

-Você não presta atenção não? Não me viu atravessando a rua?

-Eu me distraí por um instante, e você apareceu na frente do carro. Devia te acelerado e não freiado.- digo irritada.

-Garota não faz isso.

-Isso o quê? Vai querer controlar minha boca agora?- agora eu que estou bufando de raiva e não ele.

-Essa tua rebeldia me deixa maluco.- ele diz olhando para mim, mas eu não desvio o olhar da estrada.

-Babaca.- falo baixinho.

-Para o carro.- ele diz.

-Mas nós já estamos chegando.

-Para o carro!- ele diz mais alto.

Eu paro o carro com raiva e apoio às mãos no volante. De repente ele agarra minha cintura e puxa - me para cima dele, de modo que fico sentada em seu colo com o rosto muito próximo ao dele. Ele segura minha nuca e beija minha boca desesperadamente. Eu tento afastar - me, mas acabo entregando-me ao Beijo, e correspondo da mesma forma, mas saio de cima dele, e volto para meu lugar.

-Vamos pra sua casa.- digo, e ele sorri malicioso.

Dirigi até sua casa, e parei em frente ao portão, ele abriu a porta e desceu.

-Tá aí sua carona, tenho que ir agora.- digo, acelerando o carro e voltando para casa.

-Espera um pouco.- ele grita, mas já estou longe e não olho para trás.

Deixei ele sozinho em sua casa antes que eu fizesse besteira. Não que eu não queira, mas além de não poder, minha mãe iria brigar se eu chegasse tarde em casa.

Cheguei em casa, estacionei meu carro novo e entrei em casa. Jantei com a mamãe, subi direto para o quarto e tomei um banho demorado. Esse cara está deixando - me louca com essas mudanças de humor. De manhã veio com aquela conversa, e percebi que ele estava com ciúme do Luis, mas aí agora pouco no carro tratou - me muito mal, e depois agarrou - me e beijou - me. Essas mudanças de humor repentinas irritam - me muito.
Quero vê o que ele fará da próxima vez, e sinceramente, estou quase cedendo. Ele é encantador e safado ao mesmo tempo, e isso me atrai demais. Estou ficando maluca. Que babaca idiota ele é! E eu também sou por esta ficando apaixonada. Sério, estou ficando apaixonada. Sou mulher o suficiente para admitir isso, mas fazer o que, é a vida. Não pode-se controlar os sentimentos. Droga!

O tarado do meu professor.Where stories live. Discover now