Capítulo seis

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Ao fim da aula despedi-me das meninas e caminhei em direção ao restaurante. Como minha mãe trabalhava muito, e seu horário de almoço era muito curto, ela almoçava em seu trabalho mesmo, e eu preparava algo para mim em casa, ou ia para o restaurante. Cheguei la e Luiz já estava à minha espera.

-Bom dia Millena.- disse, esboçando um sorriso encantador, levantando e puxando uma cadeira para mim

-Bom dia Luiz, como vai?- respondo sorridente, sentando-me.

-Agora estou bem melhor- ele disse sorrindo.

Esse homem realmente é muito bonito, não é surpresa que eu tenha ficado de olho nele todo esse tempo, o seu sorriso é o que mais chama atenção, pois é muito lindo.

-Você não respondeu minhas mensagens ontem à noite.- ele diz.

-Ah, desculpe, eu estava cansada e acabei dormindo, li suas mensagens só hoje pela manhã.- invento uma desculpa.

-Tudo bem, eu entendo.- ele diz olhando-me nos olhos.

-Então, você mora muito longe daqui?- puxo assunto.

-Não não, na verdade moro na casa ao lado.

-Nossa, sua casa é linda.- digo, lembrando do casarão que as meninas e eu admiramos todas as vezes que viemos aqui.

-Obrigada, fruto de muito trabalho.- ele diz orgulhoso.

-Imagino mesmo.- respondo.

Continuamos conversando animadamente, até que minha atenção volta para a porta do restaurante, quando vejo o gostoso do Sr. Fontaine entrar. Que droga, não tenho sorte mesmo. Ou tenho sorte demais. Nem sei mais o que pensar. Ele entra no restaurante e olha ao redor, até seus Olhos pararem em mim, e logo em seguida em Luiz, e posso vê a raiva em seus olhar. Ele fica parado por alguns segundos, mas logo caminha em direção à uma mesa no lado oposto a nossa. Ele não parava de encarar-me visivelmente irritado, enquanto Luiz tagarelava sem parar. Eu não podia envolver-me com meu professor, queria mas não podia, mas eu sentia uma força, algo como um magnetismo que puxava-me para perto dele, e eu tentava resistir a todo custo.
Estava distraída pensando, até perceber que Luiz falava comigo.

-Millena? Tá tudo bem?- ele pergunta preocupado.

-Ah, Oi, tá tudo bem sim, desculpe, só me distraí um pouco.

-Ah, então tá... Você é um doce de garota, e sinceramente estou encantado.- ele diz sorrindo.

-Posso dizer o mesmo.- digo, deixando que ele coloque a mão por cima da minha, e desviando rapidamente o olhar para o professor que estava bufando.

Então, Luiz, aproxima-se lentamente de mim, beija meus lábios suavemente, eu retribuo, e afasto-me logo em seguida. Olho em direção ao Sr. Fontaine que paga a conta, olha-me por uma última vez visivelmente irado e vai embora apressado.

Depois de um ótimo almoço, e o ocorrido com Luiz e o sr Fontaine, saio do restaurante. Apesar de eu não morar muito longe, eu nunca fui à pé para casa, sempre pego um táxi. Mas o tempo hoje está nublado e frio, eu odeio frio, mas vou enfrentar e ir caminhando para casa, vê se assim refresco a mente.

Caminhei a passos lentos, distraída, e o vento fresco passava por mim fazendo meu cabelo esvoaçar. Olhei as casas da rua que eu nunca havia reparado, e uma delas chamou minha atenção. Era simples mas bonita, um pouco rústica, tinha um belo jardim atrás do muro baixo, e janelas e porta de vidro, com uma varanda pequena. Simples e acolhedora. É assim que quero minha casa, bonita, mas nada exagerado. Adorei aquela casa.
Meu coração saltou com a figura que vi surgir na porta da mesma. O coroa incrível, meu professor do curso, o cara que havia beijado-me e marcado - me, que estava invadindo meus pensamentos a todo instante estava parado, com uma regata azul marinho, um calção preto e um chinelo. Minha nossa, que visão do paraíso. Não sei se ele fica mais bonito de roupa social, ou casual como está. "Meu Deus, você não me ajuda... ou esta dando ajuda demais." pensei.

Assim que ele me viu, saiu da porta e veio em minha direção, eu apressei o passo e tentei fugir, mas ele foi mais rápido, pulou o murinho e parou bem na minha frente. Minha respiração ficou descompassada com a presença dele, e acho que ele percebeu, porque chegou mais perto.

-Com licença, preciso ir pra casa.- digo, tentando escapar, mas ele empata minha fuga.

-Não sem antes me dizer quem é aquele cretino, idiota que estava com você agora pouco.- ele diz, e posso notar que ele está com ciumes.
Eu comemoro interiormente, mas logo repreendo - me pois não gostei do fato dele querer mandar em mim. Nem minha mãe quer mandar tanto em mim, eu é que não vou deixar o babaca do meu professor mandar.

-Primeiro, ele não é cretino e nem idiota, segundo, não é da sua conta Sr. Fontaine, e terceiro, cai fora da minha frente que eu quero ir embora.- digo irritada com esse mandão cretino.

-Não faz isso garota, não seja tão rebelde, ou posso perder o controle.- ele diz, e noto malícia em sua voz.

-Eu faço o que eu quiser. Não tô na escola, não tenho que ti obedecer aqui fora.- digo irritada.

Tenho que confessar, sou uma dinamite ambulante à ponto de explodir. Sou rebelde e irrito - me fácil. Odeio que fiquem tentando mandar em mim, e eu crio confusão se for necessário, gosto de ter o controle sobre mim mesma, e alguém vir tentar obrigar - me a fazer algo que não quero faz eu virar o cavalo do vingador como diz minha mãe.

-Você me deve respeito, tenho o dobro de sua idade.- ele diz.

-Eu respeito quem merece respeito, e você sabendo que tem o dobro da minha idade, não deveria ficar tentando me pegar.

-Você não parece se incomodar com idade, aquele cretino com quem você almoçava no restaurante parece ser mais velho que eu.- ele diz irritado.

-Se ele tem o dobro ou o triplo da minha idade não é da sua conta sr Fontaine, agora me dê licença que eu preciso ir pra casa.- digo firme.
Ele sai da minha frente abrindo caminho para eu passar, e vou andando sem olhar para ele.

-Não pense que gostei daquele Beijo que o idiota te deu, da próxima vez irei tomar minhas providências. Não esqueça senhorita que você está marcada como minha, e cretino nem um deve chegar perto.

-Babaca.- grito sem olhar para trás e mostrando o dedo do meio para ele.

Esse babaca desse meu professor so pode estar ficando maluco. Quem ele pensa que é para querer controlar com quem eu saio ou deixo de sair? E que papo é esse de que sou dele? Se ele pensa que eu vou deixar ele ficar mandando em mim esta muito enganado. Ele não perde por esperar.

O tarado do meu professor.Where stories live. Discover now