✖ Capitulo 15

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Dêem uma olhadela pela história da @xxjustkidding ^^ 

Boa Leitura.

- Ashton, fala comigo! O que se passa? - insisti. Já estava a caminhar ao pé dele, mas o seu ritmo era apressado o que me dificultava a vida, neste preciso momento. Ele ainda não me tinha respondido às perguntas todas que já tinha feito.

- Vou ao hospital.- ele respondeu, passado mais uns minutos, quando parou para atravessar a passadeira.

- O que se passou?- inquiri, puxando a manga da sua camisola para ele se virar para mim e me explicar o que se estava a passar.

- O caminho é longo, não posso falar...- Ashton desculpou-se. Eu sabia que era uma desculpa, notava-se pelo seu tom de voz e a maneira de ele falar. O hospital ficava a 4 ruas de onde estávamos, não era longe nem perto.

Não insisti e apenas continuei a tentar acompanhá-lo. Já começava a ficar cansada e a minha respiração estava bastante ofegante. O frio que se fazia sentir, - visto que já era noite - fazia com que a minha garganta fosse brutamente magoada e de certo modo congelada.

Subitamente, Ashton parou. Parou no meio deu uma rua cheia de pessoas. Ele apenas parou e levou as mãos à cara. Parei também e meti uma mão no seu ombro, dando um passo à frente para o encarar.

- Ela não pode ir agora...- ele murmurou enquanto puxava ligeiramente os seus cabelos. Fiquei confusa com o que ele disse. Ele afastou as mãos da cara e com todas as luzes que estavam a rodear-nos fazia com que se notasse que a sua cara estava húmida.

- Eu não posso fazer nada mas, eu quero fazer algo para melhorar a situação.- Ashton disse aumentando o seu tom, quase que estava a gritar.

Tanto ele como eu, queríamos fazer algo para melhorar a situação; eu para ajudá-lo e ele para fazer algo por alguém que eu ainda não tinha percebido.

- Temos de ir...- ele começou a andar e eu segui-o, observando a sua cara, intercalando com olhares para o chão.

Metros à frente, podíamos avistar o edifício lamentavelmente doentio. Entrámos no estabelecimento de saúde e vi Ashton a caminhar mais à frente, até encontrar alguém que lhe pudesse dar a informação que ele queria.

Para todo o lado que me virava, via doença em todo o lado. Os acompanhantes de quem estava doente, tinham rostos cansados e tristes. Ouvia choro, gritos, palavras técnicas...

Se dizem que o cemitério é o lugar mais triste, estão completamente enganados; o hospital é o poço da tristeza.

Já tinha perdido Ashton de vista, por isso decidi sentar-me nuns bancos que estavam próximos de mim. Fiquei à espera, durante bastante tempo.

A minha vontade era de ir embora, mas se o fizesse estaria a ser um tanto egoísta e má, além disso não ia mostrar qualquer respeito por ele.

Este lugar trazia-me demasiadas memórias más, envolvendo o meu pai, indiretamente.

- Por favor,diga-me que ela vai ficar bem!

Ouvi gritos no fundo do corredor e rapidamente percebi que era Ashton. Ele estava a agarrar o braço de um médico, lavado em lágrimas e claramente irritado.

Levantei-me e fui ter com ele, observando as pessoas a olharem-no e a lamentarem-se.

- Por favor, responda-me! Não a podem deixar morrer, por favor! - ele gritou. O homem de meia idade, encolheu os ombros e deu uma palmadinha no ombro de Ashton dizendo que iriam ver o que se podia fazer.

Ele permaneceu no mesmo lugar, observando o médico a afastar-se.

- Anda...- disse-lhe, num tom baixo, agarrando na sua mão. Dirigimo-nos para os bancos onde eu anteriormente estava sentada. Sentámos-nos e pude observar Ashton a tentar conter as lágrimas.

O meu corpo foi em direção ao seu e os meus braços rodearam-no, formando assim um abraço. Mal o abracei, ele escondeu o rosto na curvatura do pescoço e ''explodiu''.

As minhas mãos percorreram as suas costas fazendo pequenas carícias, mudando às vezes para o seu cabelo encaracolado.

- Isso não pode acontecer...não nesta altura.- ouvi a sua voz abafada e um calor excessivo no meu ombro.

- Calma...respira fundo. Vai ficar tudo bem, se acontecer alguma coisa eu vou estar aqui para te apoiar.

- Ela não pode morrer...

Assim que ele pronunciou esta frase, ele começou novamente a chorar. Pelo seu estado, pude finalmente perceber que se tratava da sua avó. Abracei-o com mais força, tentando reconfortá-lo.

Não tinha qualquer ideia do que falar. Nestas situações, eu nunca sei se hei de falar ou apenas manter-me em silêncio.

- Precisas de descansar, já é tarde.- sussurrei-lhe.

- Não posso, eu tenho que ficar aqui.- Ashton respondeu, desfazendo o abraço.

- Já está tarde, precisas de descansar e de comer qualquer coisa...- fi-lo entender o meu ponto de vista.- Precisas de apanhar um pouco de ar fresco, acalmar-te...

- Mas eu não quero...

- Anda, vamos comer qualquer coisa.- afirmei, levantando-me, ajeitando a minha roupa e cabelo. Ele não se moveu.

- Depois voltamos, prometo.- insisti.

- Tudo bem.- ele suspirou pesadamente, levantando-se e começando a andar lentamente.

Assim que as portas do hospital se abriram automaticamente, uma lufada de ar fresco fez-se sentir. Saímos daquele estabelecimento e fiquei a pensar para onde é que iríamos.

Decidi que era bom irmos até a um café, do outro lado da rua. Ashton deixou-se ficar à entrada do café, sentado nas escadas, enquanto eu fui pedir alguma coisa para comermos.

Este ar depressivo estava a começar a afetar-me; afeta qualquer um que esteja a nossa volta.

Voltei para ao pé do Ashton, com cafés quentes numa mão e sandes dentro de um saco, na outra.

- Aqui tens.- murmurei, sentando-me nos degraus da pequena escada que dava acesso ao café.

Ele aceitou, murmurou um obrigado e deixou-se ficar quieto com o café a aquecer-lhe as mãos e a sandes meio quente a resfriar.

- Ela vai ficar bem, eu sei que sim.- comentei numa espécie de pensamento.

- Ela está realmente mal...- Ashton afirmou tristemente.

- Não podes perder a esperança.

- Isso não me serve de nada; não resolve de nada se ela morrer.

- Eu estou aqui, eu prometi.

- Temporariamente. Tu não queres estar aqui, não vai ser uma promessa que te vai fazer ficar, muito menos sendo eu a razão.- Ashton disse rudemente.

Olhei-o atentamente um tanto chocada com o tom de voz com que ele me falou. Ele levantou-se e caminhou lentamente com a sua pequena refeição nas mãos.

- Vai-te f*der, Ashton.- gritei-lhe. 


#continua

Hello, it's me! 

Ok, então aqui está mais um capitulo, espero que tenham gostado. Comente, votem, essas coisas todas ^^ 

btw o que acham a nova capa???? 

See ya! xx 





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⏰ Last updated: Dec 13, 2015 ⏰

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