XXIV - ♡ Bônus Ryan ♡

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Os raios de sol entraram pela cortina do meu quarto de hotel como que me saudando. O dia estava bem bonito e eu, bastante animado para o almoço de hoje.

Levantei, fiz minhas higienes e coloquei uma bermuda e tênis. Joguei a camisa no ombro, peguei uma garrafa de água e fui correr um pouco na praia.

Na volta, passei no mercado e comprei pão, ovos e algumas frutas.

Fiz ovos mexidos e comi com pão enquanto lia o jornal daquela manhã. Nada de novo nas notícias apenas um artigo sobre a biotecnologia na medicina.

Terminei comendo metade de um mamão e limpei toda a bagunça.

Ainda era bem cedo, liguei a televisão no quarto e decidi limpar meus equipamentos médicos, o que ocupou um bom tempo meu.

Quando terminei já era por volta de 11 horas.
Tomei um banho demorado e me vesti com uma calça bege com uma camisa preta. Olhei no espelho desaprovando o resultado. Era tão comum usar cores claras todos os dias que uma peça de roupa preta parece não combinar mais comigo.

Troquei por uma branca mesmo e um sapatênis, joguei um pouco de perfume importado e arrumei o cabelo meio bagunçado. Eu havia perdido meu lado vaidoso, não tinha mais vontade de estar sempre atraente, mas essa garota merece!

Guardei celular, chaves e carteira no bolso e sai, antes do meio dia eu já estava na casa dela.

- Bom dia anjo! - falei assim que ela atendeu meu telefonema. - Já estou em frente da sua casa.

Ela disse que já estava saindo e eu fiquei esperando olhando o movimento dos carros.

Pensei no que diria a ela, como reagiria. Parte de mim queria fazer o pedido de namoro de novo e outra parte, a racional, ficava me lembrando de que ela precisa de um tempo para colocar sua vida em ordem e pensar.

Mergulhei tão fundo nos meus pensamentos que não a vi se aproximar, abraçando minha cintura.

- Bom dia doutor!

Ela estava maravilhosa em um vestido florido. Bela como um anjo.

Sei que trocamos algumas palavras na calçada em frente a casa e no carro antes de chegar ao restaurante, mas não lembro de nada. Eu só conseguia olhar para ela e seus lábios dançando enquanto falava.

Conversamos mais ainda e aquietamos quando nossos pratos chegaram.

O clima foi ficando pesado e eu não sabia o por quê ou o que fazer. Ela estava inquieta e eu também estava ficando.

Ela pediu minha ajuda com um detetive e eu lembrei de um velho amigo. Tenho certeza de que ele fará este favor com dedicação e um bom preço. Resolver essa situação dela se tornou uma obrigação para mim.

Continuamos conversando e eu falei do apartamento. Ou da falta dele.

E logo o assunto acabou e o clima pesou novamente. Sou só eu ou ela também está sentindo esse calor misturado com frio na barriga? Estou parecendo um adolescente!

- Ryan tenho que te falar uma coisa. - ela quebrou o silêncio

- Fale meu anjo.

- Acho que estou pronta para dar mais um passo.

Dar mais um passo? Ela está falando de internar o pai dela?

- Como assim?

- Eu aceito namorar com você Ryan!

Eu quase engasguei. Toda a mistura de adrenalina, espontaneidade e felicidade serviram para paralizar meu corpo.

Fiquei sem reação por milésimos de segundos que pareceram muito para a Myrella me olhando esperando alguma resposta minha.

Puxei-a para mim e a beijei.
Beijei fervorosamente como se não houvesse amanhã sem me preocupar com as pessoas olhando ou o gosto de camarão na minha boca.

Ela estava ali comigo e havia aceitado ser minha.
Com uma única frase eu me tornei o homem mais feliz da vida!

- Calma Ryan! - disse quanto me afastei para respirarmos

- Eu te amo anjo!

- Eu também te amo Ryan!

- Eu quero.. quero sair para comemorar!

- Comemorar Ryan? Não precisa disso tudo.

- Lógico que precisa! Quero aproveitar e mostrar ao mundo que você é minha. Ah ja sei ! - tive uma súbita ideia - Vou te levar na festa da associação dos médicos amanhã!

- O quê?

- É só uma festa meu amor. Você estará maravilhosa como sempre e eu te apresentarei aos figurões da medicina como minha deusa!

Ela ficou muito vermelha, mas eu não parei.

- Meu anjinho!

- Se eu disser que vou, você para de me bajular?

- Huuun não! E sabe por quê?

- Porque você gosta de me irritar?

- Não. Porque você fica mais linda ainda vermelinha!

Ela bufou e fez cara feia. Não pensei duas vezes e a beijei de novo.

Saimos do restaurante e andamos até a praça. Comprei um sorvete de casquinha e assisti-a se lambuzar.

Eu estava realmente feliz. Mais que isso só se meus filhos estivessem aqui curtindo junto.

A tardinha Myrella disse que precisava ir na sede do centro de apoio que ela fundou com uns amigos e insistiu que eu fosse junto.

Conheci o lugar, que achei grande, organizado e bonito. Também fui apresentado a algumas pessoas e umas crianças.

Achei incrível conhecer o projeto G.A.S.A e esse lado da Myrella. Quanto mais a conheço, mais me encanto.
Ela é bonita, inteligente, encantadora e solidária. É realmente a pessoa que eu quero ao meu lado o resto da minha vida.

Poderia ter passado todo o dia com ela, mas um agente imobiliário me ligou e eu tive que ir embora.

Despedi-me dela prometendo ligar antes de dormir e fui encontrar-me com o corretor.

Visitamos dois apartamentos que me agradaram e concordei em pensar e entrar em contato.

Na verdade o que me faltou nessas casas, foi uma pessoa. Seria incrível acordar todos os dias com ela ao meu lado.

Voltando para o hotel, decidi passar no shopping e comprar-lhe um presente.

Exiji um embrulho lindo com um grande laço vermelho e paguei a entrega.

Espero que ela goste!

Do shopping fui direto para o hotel.
Na ducha, sentindo a água quente escorrer pelo meu corpo, rebobinei todo meu dia.

Havia sido perfeito.
E descobri que a Dama das minhas Noites também dominou meu dia e minha mente.

Dama de VermelhoWhere stories live. Discover now