- Brasil? - Senti alguém encostar em mim e acabei acordando no susto - M-Mãe a senhora está bem - Levanto minha cabeça e esfregou minhas pálpebras antes de olhar, era Brasília.

- Oi Brasília - Disse bocejando - Desculpa, eu tive um sonho meio estranho, e real até demais...

- Deve ser os remédios, os efeitos colaterais se encaixam um pouco - Ela fala pegando uma caixa de remédios do meu lado.

- Inclusive, até quanto tempo eu vou ter que tomar esse remédio? - Passo a mão pelos cabelos - Não sei se eu confio mais na ONU pra tomar todos eles - Disse um pouco irritada.

- É só por um tempo, mas infelizmente a senhora tem a obrigação de tomá-los - A voz dela é de preocupação.

- Porra, eu sei que eu sou Obrigada Brasília! E eu sou obrigada a fazer um monte de merda, daqui a pouco vão enfiar uma seringa no meu pescoço e eu vou votar a matar meu próprio povo denovo! - Me levantei com agressividade da cadeira que estava sentada. Acabei me exaltando e me descontrolando novamente.

Notei a expressão da capital em minha frente, era de pavor e pânico, depois de tudo que ela passou quando eu não estava no controle do meu corpo, eu não queria que ela passasse por aquilo denovo.

- Brasília, desculpa eu não queria ter me exaltado - Dei a volta na mesa e me aproximei para um abraço, ela deu um paço para trás exitando, mas logo deixou que eu a abraçasse - Desculpa, desculpa, desculpa mesmo eu fui uma imbecil - Ela pareceu meio rígida no começo do abraço, mas aos longo das minhas palavras relaxou.

- Por favor mãe, toma os remédios até a senhora estar cem por cento, ou até eles acabarem, eu sei que a senhora não confia muito neles mas pelo menos eles te deixam consciente - Ela afunda mais o abraço.

- Tudo bem, eu vou... Eu vou tomar eles até o fim, pelo menos assim eu não machuco mais nenhum de vocês - Acabei me lembrando das coisas horríveis que eu fiz meus estados passarem quando eu estava daquele jeito - Me desculpa - Sinto meus olhos marejarem.

- Tudo bem mãe, eu já te desculpei - Ela separa o abraço e me olha com um sorriso.

- Não, eu quis dizer desculpa por tudo, tudo que eu fiz nesses últimos anos - Acabo derramando as lágrimas que eu tentava segurar.

- Mãe, eu sei que aquilo não foi culpa da senhora, eu sei que a senhora nunca faria isso com a gente se estivesse normal - Ela tenta me olhar nos olhos - Apesar daquilo não ter sido culpa sua, foi você que estava lá, e eu, como eu posso dizer... Eu ainda... As coisas estão voltando ao normal agora, eu só preciso me acostumar com isso - Ela desvia o olhar para vários cantos da sala - Mas eu deixo claro que eu sei que a senhora nunca iria querer isso, e sim eu te perdoo, apesar de saber que a culpa não foi sua - Ela abre um sorriso descontraído.

- Obrigada Brasília, eu juro que eu não vou deixar isso acontecer com vocês denovo.

- Obrigada Brasília, eu juro que eu não vou deixar isso acontecer com vocês denovo

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⏰ Last updated: Sep 16 ⏰

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