⋆.˚ ☾⭒.˚ Disfarces ⋆.˚ ☾⭒.˚

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Dentro da cabana:

- Por que me trouxe pra cá?

- Queria que os guardas te pegassem? - Euihyan se calou sem resposta - Relaxa aí, eles não podem entrar aqui sem uma permissão. Mas e aí, oue pretendia fazer pra sair sem sequer o rei ter autorizado?

  – E-eu não sei, eu.. achei que conseguiria sair.. – O príncipe falou desanimado.

  – Então quer dizer que você nem sabia que precisava de autorização? – o homem parecia chocado – Mas de que caverna você veio? Qualquer tipo de pessoa sabe disso..

  – Isso não importa agora tá legal. Eu preciso sair daqui – Euihyan estava entrando em desespero só de pensar que o rei poderia pega-lo a qualquer momento.

  – Se a vossa alteza me deixar terminar eu diria que consigo te tirar do reino de uma forma digamos.. não tão legal, se é que me entende.

  Por um segundo Euihyan pensou ter ouvido errado, era possível que ele soubesse? Apenas os membros da guarda real já haviam visto o rosto do príncipe. Ele era como um segredo que o rei guardava desde o nascimento e seria revelado apenas no dia da coroação (que Euihyan esperava não acontecer).

  – Me chamou do que? – o medo era evidente em seus olhos, com uma mao segurou a pequena adaga que estava em sua cintura (por um segundo se esquecera dela por causa da adrenalina).

  – Bem, como vc adora dar chiliques achei que fosse da realeza, mas foi só uma brincadeira. Afinal, não sei o seu nome.

  Aliviado, mas não o bastante para dar confiança demais ao que ele dizia.

  – Umm.. Mingu Euihyan. – O sobrenome que importava afinal –É, esse é meu nome.

  Ele pareceu analisar por um instante.

  – Interessante. Yeo Taeju. – ele estendeu a mão como forma de cumprimento e Euihyan a apertou em resposta.

  Taeju.. Será que era seu nome verdadeiro?

  Nao podia exigir muita coisa não é mesmo? Mas não estava ali para criar laços de confiança ou algo do tipo, apenas  precisava ir embora o mais rápido possível.

  – Tudo bem Sr. Yeo, como é essa forma não tão legal que você diz?

  – Me chamou de que??

  – Mas que.. Para de mudar de assunto! Nao é o seu nome? Yeo?

  – Sim, mas senhor????? – ele parecia realmente ofendido – Quantos anos você acha que eu tenho???

  Euihyan fingiu pensar por um momento.

  – Não sei.. talvez 35. – disse obviamente tirando sarro, não havia como aquele rosto ter trinta e cinco anos.

  – 35!? EU TENHO CARA DE 35???

  Euihyan estava rindo. E não era pouco.

  – Ah! É engraçado pra vc não é Senhor Mingu! Deve ser muito bom tirar sarro da minha cara!

  – Ora, olha só quem está dando chilique agora. Eu apenas estava me referindo a você de forma respeitosa.

  Por um segundo Taeju pensou que o sorriso de Euihyan era lindíssimo, mas não deixou esse sentimento tomar muito espaço.

  – Tá, tanto faz! – disse ele esvoaçando os braços – Resumindo, você vai precisar de um disfarce já que os guardas já viram o seu rosto, uma rota segura, que eu já conheço, e o mais importante é claro: O dinheiro.

  – Dinheiro..? – Euihyan deu uma risada nervosa – É mesmo né.

  – Não vai me dizer que não tem dinheiro. – Com o silêncio iminente do outro, presumiu que era verdade. Taeju não estava acreditando. – Tudo bem, eu não vou surtar. Só me responde – Euihyan se preparou para ser xingado – como você pretendia sair do reino e morar lá fora sem a porra de um centavo no bolso?!

  – Olha eu.. – Foi interrompido

  – Pense bem no que vai me responder! – ele ponderou apontando para o rosto do príncipe.

  – Desculpe! Eu nao tenho muito mais de 25.000 won*. Eu não pensei bem. Foi um ato de desespero!

*100 reais*

  – Ah! Eu percebi!

  Um silêncio constrangedor ocupou o cômodo preenchido por móveis de madeira e um cheiro fraco de Chocomenta amargo (o cheiro de seu feromônio Euihyan supôs). Taeju, massageando o cepto disse:

  – Ok, eu te ajudo. Mas vai ter que me pagar de um jeito ou de outro. É sério eu te caço até no inferno se for preciso.

  – Obrigada.

  O príncipe não estava acostumado a agradecer ou pedir desculpas, não cresceu com esse hábito, afinal quando a realeza alguma vez esteve errada? Ou quando teve que dizer obrigado sendo que seus subordinados apenas seguiam ordens? Mas com Taeju havia experimentado as duas coisas. Que estranho.

  Assim, eles foram adiante. Taeju arquitetou tudo. Primeiro: eles foram a uma loja de roupas e perucas; era bem normal por ali já que as pessoas perdiam seus cabelos atoa por causa das condições precárias de algumas áreas. Eles precisavam agilizar as partes que exigiam que eles saíssem em público por que o rei ainda não tinha emitido o atestado de desaparecimento de Euihyan, provavelmente para não causar alarde no povo ao saber que seu próximo rei estava sumido. Mas como as coisas eram no castelo, já já alguém vacaria as informações e o caos se implantaria no lugar (Euihyan esperava estar bem longe quando isso acontecesse).

  – Mas que..? Ugh! – Euihyan gemeu no fundo do provador.

  – Do que está reclamando dessa vez??

  – Essa roupa está apertada. – disse puxando a blusa e o shorts grudados ao corpo para baixo.

  – Eu duvido, tenho certeza que peguei o tamanho certo.

  – Venha ver se tem tanta certeza!

  Sem paciência, Taeju cruzou infinidades de cabites e araras de roupas até o provador. Assim que entrou se deparou com uma cena tanto quanto interessante aos olhos dele. Euihyan tinha um corpo magro, pálido e alto (1,79), um corpo modelo, bem sexy também, tudo isso bem apertado em um shorts (se é que dava pea chamar aquilo de shorts) curto e uma blusa que quase não chegava no umbigo, deixando amostra sua barriga lisa e, convenhamos, bem chamativa. Ele era literalmente seu tipo.

  – Eita. – seus olhos analisaram cada pedaço do corpo de Euihyan antes de pousar de volta em seu rosto. O mesmo pareceu não perceber.

  – Continua duvidando? Lhe disse que estava apertado. Pega outra. – A ordem repentina fez Taeju sair do transe.

  – Calma aí. Eu dou as ordens aqui ok? Seja educado pelo menos. Até parece que não foi criado direito.

  Foi meio que um tapa na cara

  – É talvez eu não tenha sido, mas oque você tem haver com isso – Com essa fala levou a mão ao pulso e Taeju pôde perceber umas pequenas marcas em seu braço.

  – Tá, vou pegar outro tamanho – Não parecem ser de cortes, que estranho.

  Com isso, terminaram as "compras" e foram voltando para a cabana para planejar o passo dois: A Rota de Fuga.


Continua... ⋆.˚ ☾⭒.˚

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⋆.˚ ☾⭒.˚ 𝑺𝒐𝒃 𝒂 𝑳𝒖𝒂 𝒅𝒐 𝑹𝒆𝒊𝒏𝒐  ⋆.˚ ☾⭒.˚Donde viven las historias. Descúbrelo ahora