Vigésimo oitavo dia

13.2K 530 20
                                    

Todo ser humano tem dois lados.
Assim como todas as coisas tem seu devido oposto, as pessoas também tem um lado oposto de si mesmo. Seus dois lados da mesma moeda.

Essas pessoas, de acordo com sua vivência, da influência das pessoas que a cercam e do que aprendem podem então escolher qual lado o define, qual o justifica.

Para essas pessoas, as noções de certo e errado são relativas. Então elas não se preocupam com a opinião dos demais acerca da escolha do seu lado, e das atitudes relativas ao que acham certo ou errado.

Aonde quero chegar com esse pensamento é, que desses dois lados, muitas dessas pessoas escolhem o bom, o seu lado que pratica o bem, o que é altruísta e sensível. Na mesma proporção outras pessoas escolhem o lado mal, o que pratica a maldade, o sadismo e o despeito.

E não há razão pelo qual as pessoas escolhem lados diferentes. Porque não se pode dizer que apenas um lado seja o certo. Que apenas em um desses lados há pensamentos e ações corretas. Uma vez que novamente as noções de certo e errado são relativas.

A muito eu abraçei o meu lado do bem, o lado que não ofereçe perigo, o lado mais fácil para ser sincera. É um lado lindo com certeza, cercado de bons sentimentos, um lado colorido e satisfatório.

Mas recentemente conheci alguém que abraçou o lado oposto, que respira e transpira o mal. Que está tão possuído por ele que receio nunca ter conhecido o bem.

Mas como dizer a ele que não, que não é esse o lado que deveria escolher, que não é esse o lado que faz bem tanto aos outros quanto a si mesmo. Como saber o que o faz bem?
Como dizer a ele que este é o lado errado?

Afinal, o que é certo e errado?

A menina do cativeiroOnde as histórias ganham vida. Descobre agora