Parte 01 de 03

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©Essa história foi escrita por Kaline Bogard sem fins lucrativos, feito de fã para fãs. Cópia parcial ou total, assim como o uso do enredo, está terminantemente proibido. Plágio é crime.

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Quarta-feira, 09 de março

Quando Daiki entrou na cozinha, trouxe consigo o cheiro marcante da colônia pós barba. Um aroma que fatalmente mexia com Taiga em vários sentidos. Apesar disso, ele manteve-se encostado no balcão ao lado da pia, quieto, saboreando uma caneca grande cheia de café, habito que adquirira na época que morara nos Estados Unidos e não perdera até os dias de hoje.

Estou atrasado! — Aomine disse enquanto sentava-se a mesa e pegava uma tchawan para se servir com o tradicional e reforçado café da manhã japonês — Cadê meu beijo de bom dia?

Kagami só ergueu uma sobrancelha em resposta, antes de dar outro gole no café. Não evitou largar a alfinetada:

Você sempre se atrasa. Por que seria diferente hoje?

Porque hoje eu preciso pegar um vôo para Tohoku — Daiki respondeu — E você me deixou atrasar porque está bicudo com a minha viagem.

— Eu não sou seu despertador, Daiki. Não entendo como podem considerar dar um cargo de detetive para alguém tão irresponsável! O Japão não vai ser mais o mesmo... E não tô bicudo com nada!

Apesar da resposta azeda, Aomine não perdeu a esportiva. Sabia que a provocação não era a sério, pois já tinham comemorado um bocado quando soube que seria promovido. Depois da faculdade, entrara para a policia. Gostava da função, das atribuições. Nunca pensou que teria a oportunidade de subir na escala tão rápido, já que tinha apenas vinte e seis anos. Depois de toda a preparação necessária, ele e o parceiro iriam para a região de Tohoku, mais especificamente em Sendai, para trocar informações sobre um caso que começara lá, com uma máfia local, embora ganhasse proporções nacionais com conseqüências também em Tokyo.

Kagami estava muito feliz por seu namorado, ou namorido, como Alex gostava de chamá-los; só não gostava da parte que dizia respeito a essas viagens, que seriam cada vez mais constantes. E aos perigos que um detetive enfrentava no seu dia-a-dia.

— Heei, hei. É só por três dias, Bakagami — usou o apelido dos tempos de Colegial — Você sobrevive sem mim até o final de semana.

— Não é isso, Daiki. Mas essa história de você sair por aí atrás de bandidos perigosos me deixa preocupado. Preferia quando era só um oficial.

— Como se você entrando em prédios em chama não me deixasse preocupado também — devolveu na mesma moeda, terminando de comer.

Taiga não respondeu. Sabia que a profissão de bombeiro era tão arriscada quanto a de policial. Não tinha direito de reclamar, mas estava fora de seu alcance controlar a preocupação. Amava aquele aho demais para simplesmente relaxar.

— Se cuida — acabou rendendo-se e fazendo Daiki rir.

— Claro. Me dá uma carona — pediu enquanto se levantava, e nem tirava os vasilhames sujos da mesa. Era um folgado desde que Taiga o conhecia.

Kagami virou o último gole de café e concordou com um aceno de cabeça. Também estava na sua hora. Deixaria o amante no aeroporto antes de seguir para a Brigada. Dividiram a pia do banheiro, escovando os dentes juntos. A certo ponto, Aomine olhou para o outro rapaz através do espelho, analisando o rosto preocupado.

— Eu vou ficar bem, Bakagami. Não é como se fosse correr atrás de bandidos. Só vamos fazer uma conferencia para trocar informações sobre o caso.

I Won't Give Up (AoKaga)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن