ϟ 𝒚𝒐𝒖 𝒘𝒐𝒏'𝒕 𝒈𝒆𝒕 𝒉𝒆𝒓 𝒉𝒆𝒂𝒓𝒕 ⇝ 21

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Por um momento de apreensão, Harry pensou que Hagrid os levaria para a Floresta Proibida; o menino já tivera suficientes experiências desagradáveis ali para a vida inteira. No entanto, o guarda-caça contornou a orla das árvores e cinco minutos depois eles estavam diante de uma espécie de picadeiro. Não havia nada ali.

— Todos se agrupem em volta dessa cerca! — mandou ele. — Isso... procurem garantir uma boa visibilidade... agora, a primeira coisa que vão precisar fazer é abrir os livros...

— Como? — perguntou a voz fria e arrastada de Draco Malfoy.

— Que foi? — perguntou Hagrid.

— Como é que vamos abrir os livros? — repetiu o menino.

Ele retirou da mochila seu exemplar de O livro monstruoso dos monstros, amarrado com um pedaço de corda. Outros alunos fizeram o mesmo, alguns, como Harry, tinham fechado o livro com um cinto; outros os tinham enfiado em sacos justos ou fechado os livros com grampos.

— Será... será que ninguém conseguiu abrir o livro? — perguntou Hagrid, com ar de desapontamento.

Todos os alunos sacudiram negativamente as cabeças.

— Vocês têm que fazer carinho neles — falou o novo professor, como se isso fosse a coisa mais óbvia do mundo. — Olhem aqui...

Ele apanhou o livro de Stella e rasgou a fita adesiva que o prendia. O livro tentou morder, mas Hagrid passou seu gigantesco dedo indicador pela lombada, o livro estremeceu, se abriu e permaneceu quieto em sua mão.

— Ah, mas que bobeira a nossa! — caçoou Draco. — Devíamos ter feito carinho no livro! Como foi que não adivinhamos!

— Eu... eu achei que eles eram engraçados — disse Hagrid, inseguro, para Stella.

— Ah, engraçadíssimos! — comentou Draco. — Uma ideia realmente espirituosa, nos dar livros que tentam arrancar nossa mão.

— Cala a boca, Draco. — advertiu Stella baixinho.

Hagrid parecia arrasado.

— Eu achei uma ideia genial! — Stella incentivou o amigo, que sorriu para a loira.

— Certo, então — continuou Hagrid, que pelo jeito perdera o fio do pensamento — ... então vocês já têm os livros e... e... agora faltam as criaturas mágicas. É. Então vou buscá-las. Esperem um pouco...

Ele se afastou na direção da floresta e desapareceu de vista.

— Nossa, essa escola está indo para o brejo! — falou Draco em voz alta. — Esse pateta dando aulas, meu pai vai ter um acesso quando eu contar...

— Cala a boca, Malfoy — disse Harry.

— Cuidado, Potter, tem um dementador atrás de você...

— Aaaaaaah! — guinchou Lilá Brown, apontando para o lado oposto do picadeiro.

Trotavam em direção aos garotos mais ou menos uma dezena dos bichos mais bizarros que Harry já vira na vida. Tinham os corpos, as pernas traseiras e as caudas de cavalo, mas as pernas dianteiras, as asas e a cabeça de uma coisa que lembrava águias gigantescas, com bicos cruéis cinza-metálico e enormes olhos laranja vivo. As garras das pernas dianteiras tinham uns quinze centímetros de comprimento e um aspecto letal. Cada um dos bichos trazia uma grossa coleira de couro ao pescoço engatada em uma longa corrente, cujas pontas estavam presas nas imensas mãos de Hagrid, que entrou correndo no picadeiro atrás dos bichos.

— Upa! Upa! Aí! — bradou ele, sacudindo as correntes e incitando os bichos na direção da cerca onde se agrupavam os alunos.

Todos recuaram, instintivamente, quando Hagrid chegou bem perto e amarrou os bichos na cerca.

𝗕𝗟𝗢𝗢𝗗𝗬 𝗛𝗘𝗟𝗟, 𝘳𝘰𝘯𝘺 𝘸𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺Where stories live. Discover now