𝗕𝗟𝗢𝗢𝗗𝗬 𝗛𝗘𝗟𝗟, 𝘳𝘰𝘯𝘺 𝘸𝘦𝘢𝘴𝘭𝘦𝘺

ϟ 𝒕𝒉𝒆 𝒃𝒓𝒐𝒌𝒆𝒏 𝒉𝒆𝒂𝒓𝒕 ⇝ 12

Stella sabia que não podia chegar muito perto da amiga, pois depois de ter uma briga feia com o irmão, ele deixou bem claro que estava com o pergaminho e pena nas mãos pronto para contar ao pai de qualquer deslize da irmã.

Harry e Rony iam visitá-la toda tarde. Quando o novo período letivo começou, eles lhe levavam os deveres de casa do dia.

— Falaram com a Stella? — Hermione questionou os dois, assim que chegaram à ala hospitalar.

— Ela continua nos evitando, e depois da briga que ela teve com o Malfoy, eu até entendo ela. — Harry disse.

— Pelo menos agora sabemos que ela só está fingindo tudo, e sinceramente, eu não a culpo. — a castanha disse.

— Até quando será que isso vai durar? — Rony perguntou.

— Tomara que não demore. — Hermione murmurou.

— Se tivessem crescido bigodes de gato em mim, eu teria tirado umas férias dos deveres — disse Rony, despejando uma pilha de livros na mesa de cabeceira de Mione, procurando mudar de assunto.

— Pare de ser bobo, Rony, tenho que me manter em dia — disse Mione decidida. Seu estado de ânimo melhorara muito desde que todos os pelos desapareceram do seu rosto, e os olhos estavam voltando lentamente à cor castanha. — Suponho que não encontraram nenhuma pista nova? — acrescentou aos sussurros, de modo que Madame Pomfrey não a escutasse.

— Nada — respondeu Harry, desanimado.

— Eu tinha tanta certeza de que era Draco — disse Rony, pela centésima vez.

[...]

Alguns bons dias passaram, e uma das vantagens de não ter ninguém para conversar, era que a melhor amiga de Stella se tornou a famosa biblioteca. Ela, que antes julgava o exagero de Hermione com os estudos, agora pagou a língua.

Ela sabia que algo terrível estava acontecendo em Hogwarts, e morria de medo de isso afetar sua amiga da Grifinória. Ela havia recebido uma carta de seu pai, já que ela tanto o questionava se ele sabia de algo, e pelo visto, não era o suficiente ela ficar sem amigos, porque Lúcio ainda a tratava como uma sujeira na sola de seu sapato.

E foi por causa disso que uma revolta cresceu em seu peito. Ela precisava conversar com Rony, Harry e Hermione. Ela ia pôr um fim nisso.

Stella se levantou, pegou sua mochila e guardou todos os seus livros dentro dela, e com pressa, saiu da biblioteca. Decidida a encontrar seus amigos e pôr um fim nessa palhaçada. Mas quando estava andando no corredor da ala hospitalar, viu uma das piores cenas da sua vida.

Hermione estava sendo levitada no ar pela Professora McGonagall, ela estava petrificada, e tinha em uma de suas mãos um lindo espelho de prata, que por coincidência, fora a loira que deu de presente para ela.

— Mione! — a garota exclamou, correndo em direção a ela.

— Senhorita Malfoy, ela não pode receber visitas agora. — a professora de transfiguração disse, colocando a castanha na maca com ajuda da Madame Pomfrey.

— O que aconteceu com ela? — Stella tinha lágrimas nos olhos.

— Ela foi petrificada assim como os outros... — a mais velha tinha um certo pesar na voz. — Pensando bem, Srta. Malfoy, pode ficar com ela, tenho que avisar aos outros que a situação está piorando.

E saiu apressada, e Madame Pomfrey ficou se lamentando, e saiu para falar com a professora de Herbologia sobre a poção das mandrágoras.

— Ah, meu Deus, Mione. — a loira começou a chorar, e segurou a mão da amiga, que estava gelada e firme, como uma rocha.

Ela não conseguia suportar ver sua melhor amiga assim, e só de imaginar que a última conversa das duas fora literalmente ela ignorando Hermione, algo em seu peito se partiu.

[...]

Os times entraram em campo sob aplausos estrondosos. Olívio Wood decolou para um voo de aquecimento em volta das balizas; Madame Hooch lançou as bolas.

Harry ia montar a vassoura quando viu a Professora McGonagall vir decidida em sua direção, quase correndo, com um enorme megafone púrpura na mão.

O coração de Harry sofreu um baque violento.

— O jogo foi cancelado — a Professora McGonagall anunciou pelo megafone, dirigindo-se ao estádio.

Ouviram-se vaias e gritos. Olívio Wood, arrasado, pousou e correu para a professora sem desmontar da vassoura.

— Mas, professora! — gritou. — Temos que jogar, a taça, Grifinória...

McGonagall não lhe deu atenção e continuou a falar pelo megafone:

— Todos os alunos devem se dirigir às salas comunais de suas casas, onde os diretores das casas darão maiores informações. O mais rápido que puderem, por favor!

Então, baixou o megafone e chamou Harry.

— Potter, acho que é melhor você vir comigo...

Imaginando como é que ela poderia suspeitar dele desta vez, Harry viu Rony se separar da multidão que reclamava; correu para os dois que já estavam a caminho do castelo. Para surpresa de Harry, a professora não fez objeção.

— É, talvez seja melhor você vir também, Weasley...

Alguns alunos que caminhavam perto deles reclamavam do cancelamento do jogo; outros pareciam preocupados.

Harry e Rony acompanharam a Professora McGonagall de volta à escola e subiram a escadaria de mármore. Mas não foram levados à sala de ninguém desta vez.

— Vai ser um pouco chocante para vocês — disse a Professora McGonagall, num tom surpreendentemente gentil quando se aproximavam da enfermaria. — Houve mais um ataque... mais um ataque duplo.

As entranhas de Harry deram uma terrível cambalhota. A professora abriu a porta e ele e Rony entraram.

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