☻ Chenille ☻

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- Seu pai? - Perguntei enfurecido. - Por quê?

- E-ele nunca me aceitou... Assim, entende? - Eu não entendia, parecia uma mentira alguém que deveria ter um papel tão importante ser tão repugnante. - Ele quer me levar embora para... Me... Consertar? - Eu quis calar as suas palavras tão inquietas com um beijo em seus lábios, após isso o encarei com o azul de seus olhos verterem lágrimas.

- Ele que deve ser consertado, você é da forma mais bela de seu próprio jeito, você foi feito para ser livre, Lou. - Ele chorava, mas de uma forma tão dolorosa. - Você é perfeito para mim.

Beijei seus viciantes lábios novamente. É tão bom vê-lo sorrir por causa de minhas próprias palavras. Ele parou de me beijar e encarou o chão, sorrindo e dando leves risadas.

- Sim? - Inquiri sorrindo também.

- Quando estou triste eu coloco em minha cama todos os pelúcias... - Hesitou. - Pelúcias são malvados, não?

- Sim, são muito malvados.

- Mas eles são fofinhos. - Ele sempre corava. Tão tímido.

- Sim, eles são.

- Posso... Apresentar eles para você? - Ficou envergonhado, deixando cair sua cabeça lentamente para o lado com um biquinho.

- Claro que pode, princesa.

- Obrigado, amor!

Subimos para o seu quarto, e eu não conseguia tirar a voz daquele terrível homem da minha mente, a situação apenas piorou quando soube que era o pai de Louis e o medo se iniciava.

No quarto do menino, havia literalmente muitos pelúcias sobre sua cama rosa, e eu não descartei a hipótese de que aquilo trazia muito conforto.

- São muitos pelúcias, d-daddy? - Encabulou-se quando me chamou daquela forma, então eu sorri de soslaio e assenti. - Oh, e-eu não queria... Isso me constrang...

- Adoro quando me chama de daddy, bebê. - Ele se sentou sobre a beira da cama, abraçando um dos pelúcias em sua volta.

Louis estava constrangido, era difícil não apreciar suas bochechas rosadas sempre acompanharem suas respostas.

- Precisamos... Precisamos nos acalmar, Haz? - Franzi o cenho confuso. - Digo... Precis... Eu... Podemos fazer... Aquilo? - Eu finalmente entendi o que sua franzina voz queria dizer.

- Você quer fazer amor, hm? - Louis estava nervoso, e apenas assentiu sério. - Não precisa ter vergonha, já fizemos uma vez. - Acariciei seu rosto que se deslizava por vontade própria em minha mão.

Me sentei ao seu lado no colchão e bati contra minhas próprias pernas. - Senta aqui no meu colo. - Ele se conduziu até sentar-se sobre minhas pernas.

✿ NEIGHBOR ✿ L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora